sábado, janeiro 31, 2009

THE EVIL PINOCCHIO TRAILER

Pinocchio

CASO FREEPORT - vem aí mais entulho, vai tudo na cheia!


E-mails revelam conluio e ‘luvas’


Por Felícia Cabrita

E-mails recebidos pela Freeport ilustram amplamente a corrupção. O Estudo de Impacto Ambiental é o que requer maiores ‘luvas’, designadas por ‘bribery’. Um dos homens-chave português é designado por ‘Pinocchio’. A empresa conhecia por antecipação as decisões políticas

PS envia emails aos militantes a defender SócratesClique para ler o artigo

Cavaco escusa pronunciar-se sobre condições de Sócrates para liderar GovernoClique para ler o artigo

Sócrates não fala com o tio que revela ter «princípio de Parkinson»Clique para ler o artigo

Os E-MAILS recebidos em 2001 e 2002 pelos responsáveis da Freeport no Reino Unido, provenientes de Portugal – designadamente de Charles Smith, sócio da empresa contratada para obter as aprovações necessárias à construção do outlet de Alcochete –, implicam José Sócrates e responsáveis de organismos do Ministério do Ambiente e da Câmara de Alcochete numa negociação quanto aos passos a dar para conseguir que o empreendimento tivesse luz verde.

Estes e-mails revelam ainda uma grande promiscuidade entre os representantes da Freeport e esses dirigentes, bem como um conhecimento antecipado das decisões oficiais e das datas em que seriam tomadas.

Na correspondência trocada, as «bribery» – pagamentos por baixo da mesa ou ‘luvas’, acordados entre os dois lados – são palavras recorrentes.

Alguns excertos dos e-mails trocados:


- «tudo deve estar concluído antes do novo Governo tomar posse»

- «tenho estado sob ordens muito rígidas do ministro para não dizer nada»

- «enviar a taxa em duas partes, uma para o Estudo de Impacto Ambiental e outra para os protocolos. Tenho as pessoas sob controlo graças a essa transferência»

- «para o Estudo de Impacto Ambiental é necessário pagar mais 50K. Não digo para pagar já, faça só a transferência»

Continue a ler esta notícia amanhã na edição impressa

sexta-feira, janeiro 30, 2009

E por cá? Estão à espera de quê mais?

Forte mobilisation dans les rues, mais pas de jeudi noir - Nouvel Obs


Grève générale en Grèce contre le capitalisme et la violence - Nouvel Obs

OCDE

Pseudo-relatório da OCDE

Aldrabice em cima de aldrabices
Porta da Loja

“Há muitas décadas que leio relatórios da OCDE sobre Educação e eu nunca vi uma avaliação sobre um período da nossa democracia com tantos elogios", disse o primeiro-ministro numa reunião de apoio à ministra da Educação, em 26.1.2009, onde lhe teceu rasgados elogios, já no pretérito...

Hoje no Parlamento, interpelado e sem reconhecer o que dissera há dois dias, em público, numa facilidade de justificação impressionante e que lembra outros personagens da vida airada, disse assim:

"Eu nunca disse que o relatório é da OCDE".

É de estofo.
Quanto à ministra propriamente dita e sua equipa, palavras para quê? São artistas da educação, colada com cuspo e vinda do ISCTE.

Ver aqui, a prova da aldrabice


Nada sei sobre mentirosos compulsivos mas imagino que quanto mais mentem mais se envolvem na mentira, chegando a um momento sem retorno. O mentiroso compulsivo, com o uso, vai apurando suas mentiras, chegando mesmo a falar verdade, ainda que fundamentada na mentira anterior e por aí fora. E também me parece que o mentiroso compulsivo começa por se convencer a si próprio que está a falar verdade e que a razão está do seu lado. Só que há mentirosos compulsivos que são espertalhaços, aquela esperteza saloia, cuja espertalhice (misto de esperteza, de sacanice e de tráficos de influência) levada ao extremo, de quando em vez vem ao de cima, como os cócós persistentes e fede. Eis que de repente uma mentira implica outra e outra e outra... e o mentiroso compulsivo fica nu e vem tudo por ali abaixo. Ainda assim o mentiroso compulsivo tenta outro número, está cheio de razão, haverá de arranjar outra mentira ainda maior para afastar o rasto desta, como já vem fazendo: o senhor inginhero parece um dia ter posto o pé na poça, mas ultimamente ele atolou-se num tal lamaçal de mentiras que já ninguém acredita em nada do que diz. Mas, mentiroso compulsivo que é, ele jamais sairá pelo seu pé, muito menos em consciência. Ele aproveitará toda a jogada para a virar contra o jogador, aquele que o acusa de ser mentiroso, para o derrubar. Mestre na arte da mentira, ele saberá retirar os louros de cada mentira para prosseguir mentindo. E mentirá com tanta verdade, com tal descaramento que as pessoas voltarão a votar nele, não porque acreditem, mas porque não resistem a fingir acreditar nas mentiras que vai compondo por serem tão verdadeiras.

Iraque: estátua de louvor

"Isso é um presente para a família de Muntazer al-Zaidi, um herói, cujo gesto ajudou o povo iraquiano a sentir orgulho" (ler aqui)


quinta-feira, janeiro 29, 2009

Eis um problema que nos toca a todos!


Desemprego mundial pode chegar aos 51 milhões em 2009

As previsões sobre o número de desempregados que a Organização Internacional do Trabalho divulgou esta quarta-feira são "preocupantes" e mostram que é preciso agir para combater o desemprego, disse à Lusa Arménio Carlos da Comissão Executiva da CGTP.

A OIT divulgou um relatório em que diz que a crise económica mundial poderá fazer aumentar o desemprego até 51 milhões de pessoas em todo o mundo "se a situação continuar a deteriorar-se", para um total 230 milhões.

A taxa de desemprego mundial deve subir para os 7,1 por cento, no pior cenário, valor que na União Europeia e nas economias avançadas se pode agravar para os 7,9 por cento, segundo a OIT.

Arménio Carlos considera que estes números "são preocupantes e constatam um problema que decorre da crise capitalista" em que o mundo está mergulhado.

Lembrando que "não basta constatar", o responsável da GGTP argumentou que perante o problema do desemprego "é preciso agir".

São necessárias "mudanças políticas" que resolvam os problemas estruturais das economias (o do investimento no sector produtivo, no caso português), segundo Arménio Carlos, e "medidas urgentes" para combater os baixos salários e o trabalho precário.

O sindicalista afirmou ainda que o problema nas economias mundiais e na portuguesa "não é na legislação laboral", pelo que "se justifica a retirada da proposta de revisão laboral" tanto do sector público como privado, já que ela vem fragilizar ainda mais a relação laboral do lado do trabalhador.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1122882




quarta-feira, janeiro 28, 2009

"Crenças, Religiões e Poderes" - Porto

"Crenças, Religiões e Poderes", no dia 29 Janeiro 2009, às 18h30

na Livraria Leitura /Books & Living, do Centro Comercial Cidade do Porto

(junto ao Mercado do Bom Sucesso, a 5 minutos da Faculdade de Letras da UP)

A apresentação estará a cargo do Prof. Doutor Paulo Tunhas, filósofo, da Universidade Fernando Pessoa e da Faculdade de Letras do Porto.

Estarão presentes também, além dos editores e dos coordenadores da obra
, Prof. Doutor Vítor Oliveira Jorge e Prof. Doutor José Maria Costa Macedo, da FLUP, os autores.

A sessão é aberta a todos os interessados.



«Crenças e poder - do dever em não devir»

texto de ALICE VALENTE ALVES



Para quem precise de reciclar...


Somos uma casa que se dedica totalmente á reciclagem de material obsoleto como computadores, monitores, servidores, maquinas fotocopias, ups, todo o tipo de cabos de ligação ou rede , aquecedores, peças de informática soltas avariadas, como motherboards, placas de som. placas de rede, placas gráficas, discos rígidos, fontes de alimentação, etc.

Todos estes materiais são separados por peça e enviados para os vários locais diferentes para reciclagem.

Fazemos recolhas a qualquer hora que seja combinada em Lisboa e arredores, sem qualquer custo para V.exas

Na expectativa que este serviço possa interessar, ficamos aguardar as vossas prezadas noticias.

Sem qualquer outro assunto, Aceitem os mais respeitosos Cumprimentos.

(Por Favor Divulgue Este Serviço Obrigado)

Paula Dias

Campo de Ourique - Lisboa

Telem: 96 015 58 54

E-mail: reciclatudo.lda@clix.pt

terça-feira, janeiro 27, 2009

Prémio DARDOS


O blogue Catarse (Raiva Escondida) atribuiu este magnífico prémio ao Pafúncio:


Com o Prémio Dardos se reconhece o valor que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que em suma demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, entre as suas palavras. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à web. Quem recebe o Prémio Dardos e o aceita deve:

- Escolher 15 outros blogs a quem entregar o Prémio Dardos;

- Linkar o blog pelo qual recebeu;

- Exibir a distinta imagem.

Aqui ficam os meus premiados, sem nenhuma ordem em especial, mas todos muito especiais para mim:


http://ferroadas2.blogspot.com/

http://queconversa.blogspot.com/

http://bilroseberloques.blogspot.com/

http://escoladopresente.blogspot.com/

http://codigo430.blogs.sapo.pt/

http://reidosleittoes.blogspot.com/

http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com

http://braganzamothers.blogspot.com/

http://samuel-cantigueiro.blogspot.com/

http://anacamarra.blogspot.com/

http://somadeletras.blogspot.com/

http://classepolitica.blogspot.com/

http://miblogamucho.blogspot.com/

http://marreta.wordpress.com/


http://agitacao.wordpress.com/




domingo, janeiro 25, 2009

Por que é que a maioria dos professores não gosta de avaliações

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Mensagem da CDEP aos deputados e grupos parlamentares da AR

Mensagem da CDEP aos deputados e grupos parlamentares da AR:

Exmo(a)s. senhore(a)s deputado(a)s e Grupos Parlamentares,

A Comissão de Defesa da Escola Pública (CDEP) envia em anexo a documentação relativa à sua Delegação à Assembleia da República em 2007.

Apelamos a todas as senhoras e senhores deputados, e aos grupos parlamentares, para que hoje a votação na Assembleia da República do Projecto de Lei do CDS-PP AR seja favorável à suspensão imediata da Lei da Avaliação do Desempenho Docente. Esta lei absurda e burocrática, da responsabilidade desta equipa ministerial, foi tornada ainda mais absurda pela versão "simplex" entretanto revogada pelo senhor Presidente da República.


Além do direito que os professores e todos os outros sectores profissionais têm a defender os seus direitos e a sua dignidade, trata-se também de defender a escola pública portuguesa e de reestabelecer a normalidade nas escolas.

A CDEP não partilha da convicção que a luta dos professores é uma luta politicamente oportunista, contra o governo, como alguns governantes e alguns meios de comunicação têm procurado difundir. Esta luta é bem mais do que isso: é uma luta contra as políticas educativas que, mesmo ainda numa fase insipiente, se têm revelado penosas para os profissionais e lesivas para a escola pública democrática e para o futuro das novas gerações.

Estes documentos são prova como esta luta não é de hoje, não se prendendo a campanhas eleitorais nem a agendas políticas. É a luta dos professores e dos educadores em defesa da dignidade e da credibilidade da escola pública portuguesa.

Cada dia que passa é um passo atrás para a criação de condições favoráveis à melhoria do Ensino em Portugal.

Cumprimentos

Pela CDEP

Maria Paula Montez
(encarregada de educação)

VER DOCUMENTOS ENVIADOS AQUI

quinta-feira, janeiro 22, 2009

Garcia Pereira prepara parecer jurídico sobre a legislação do ME

Professores querem travar ME nos tribunais


Um grupo de professores decidiu pedir um parecer jurídico sobre a legislação relacionada com o novo estatuto da carreira docente e avaliação de desempenho.


A ideia, explica Paulo Guinote, um dos promotores da iniciativa, é contestar depois nos tribunais tudo o que consideram ser a "ilegalidade de diversos procedimentos propostos pelo Ministério da Educação (ME) e por alguns órgãos de gestão". Desde eventuais penalizações dos docentes que decidam não entregar os seus objectivos individuais, no âmbito do processo de avaliação em curso, até à questão das quotas e do estatuto de professor titular.

O Expresso sabe que o pedido de parecer foi encomendado ao advogado Garcia Pereira. Este irá agora olhar para todos os decretos, despachos, instruções, circulares e e-mails emanados do ME nos últimos dois anos.

"Em vez da tão temida 'desobediência civil', este grupo pretende promover o respeito pela lei", explica Paulo Guinote no seu blogue 'A Educação do meu Umbigo'.

Os custos serão suportados por todos os que se quiserem associar a esta iniciativa, "independentemente das suas filiações partidárias, sindicais ou organizacionais". Para já, pede-se uma contribuição de 10 euros.

Paulo Guinote garante ter já o apoio expresso de dezenas de docentes, mas espera que "várias centenas" se associem à causa.

(notícia do expresso online)

In Escola do Presente

Encontro com Milton Santos: por uma outra globalização

O pior é que estas coisas são ditas para pessoas que já as sabem!

quarta-feira, janeiro 21, 2009

Oh Almeida vai ...

Oh Almeida vai ...

Armazem de crianças

«O presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap) , Albino Almeida, ameaçou esta segunda-feira recorrer aos tribunais para que sejam convocados serviços mínimos em futuras greves de professores, de forma a evitar que as escolas encerrem.
"A Confap tomará medidas para que serviços como o refeitório e a guarda das crianças continuem a funcionar em futuras greves de professores, nem que para isso tenha de recorrer ao Tribunal Constitucional". As greves de professores tornam-se "atentatórias dos interesses dos alunos e até dos seus direitos mais elementares, como comer no refeitório". O direito dos professores à greve não pode colidir com o direito dos alunos e das suas famílias. Espero que as organizações sindicais tenham a lucidez de não marcar mais nenhuma greve para este ano lectivo porque a escola pública fica seriamente ameaçada se se continuar por este caminho, de realizar uma greve por mês", afirmou.»

Sou pai e juro que este Sr. não me representa. Nunca lhe concedi esse direito nem nunca o faria. Só o andar a lambuzar-se e a babar-se para a Sinistra seria mais que suficiente para justificar esta recusa, mas ainda por cima afirma alarvidades sem qualquer sentido. Já todos compreendemos que aquilo que o está a preocupar não é a existência de uma escola onde as crianças vão aprender, mas sim um armazém para encafuar os filhos durante as horas de trabalho. Culpar os professores em greve, não por os seus filhos não terem aulas pode, mas não deve porque eles só estão a exercer um seu direito, mas culpa-los por a escola estar fechada é ridículo. Não são os professores que abrem ou fecham uma escola. Não são eles que servem refeições nem são vigilantes nem auxiliares nas escolas. Eles dão aulas, ensinam. É essa a sua função e não a de manter escolas abertas, … por enquanto.


Albino: vai-te catar!...

Ó, Albino Almeida, põe-me uns binóculos, e atualiza-te para o real desastre que hoje é a tua querida... "Família"!...

Imagem do KAOS

Para quem me conhece, sabe que sou bem-humorado, detesto preconceitos e sou tolerante, mas, quando embico com um qualquer quisto, ai do quisto!...
Durante meses, ouvi falar desse Albino, mas pensava que era algum treinador de Futebol, e não percebo peva de Futebol, até que me disseram que esse gajo era... Pai, enfim, pais são como os chapéus, há muitos, mas este era um pai especial, meu deus, o que será ser filho de um gajo com ar de agente auxiliar de uma Agência Funerária)..., e é por isso que as crianças crescem cada vez mais infelizes, complexadas, e esmagadas por superegos que nunca chegarão a entender.
Hoje, durante mais uma das greves bem sucedidas, que haverão de levar a Lurdes a afocinhar no chão, "en passant", pela televisão, antes de ir a mais uns saldos do "El Corte Ingles", comecei a prestar mais atenção ao destaque que se dava a essa figura, algo secundarizada, e que é o "pai", ou a "mãe", conforme queiram. Acontece que, muito para lá de tudo o que se possa pensar, ambas essas figuras são o fulcro do atual problema educativo, não querelas entre docentes e uma ministra deplorável, porque o que sucede nas escolas não é mais do que o posludium do que vem herdado de casa.
Para o Senhor Albino, desde já, um comentário à maneira: acho que tem cara de sacristão das arcaicas crendices de Fátima, e os "sacristães" não procriam, ou se procriaram, violaram o voto de castidade.
Pronto, já mordi, passo adiante, e vou debruçar-me sobre aquilo que, exaltadamente, o fariseu clamava deverem ser os "serviços mínimos das escolas".
Portanto, eu vou-lhe retorquir, já que é tão normativo e interveniente, com o que deveriam ser os serviços mínimos da Família, que ele tão quixotescamente pretende representar:
1) Casa casal devia, antes de trazer algum filho ao Mundo, apresentar uma Carta de Procriação, onde tivesse passado, em teste e exame, e que indicasse estar em condições de procriar, para evitarmos as Esmeraldas, as Maddies e as Joanas deste mundo, pobres desgraçadas, filhas da pior ralé humana que a espécie já conheceu.
2) A Escola é um lugar de formação, não um refeitório, pelo que, antes de enviar o seu filho para a aula, se deve assegurar de que vai convenientemente alimentado. Se não pode, informe a instituição, e cada docente deverá ser avisado de que tem defronte de si um pobre ser humano, a quem a crueldade, ou impotência, familiares, ali despejam, para que a "malta se desenrasque". Sr. Albino: Nenhuma criança alguma vez poderá aprender o que seja, se estiver com fome.
3) Sr. Almeida, vá de porta em porta, e impeça as famílias desestruturadas de despejarem os seus filhos na Prateleira de Costas Largas do Ensino: verifique -- essa é a sua função -- se as crianças não são torturadas, violadas e abusadas em casa. Sabe que são atirados para a Escola putos que sabem que a mãe se prostitui, o pai está preso e o padrasto se droga, e o espanca?... O Sr. não sabe, mas o professor sabe, e também quer ser avaliado, por esse tremendo e surdo trabalho social que desempenha e lhe não incumbia. Caso o desconheça, Sr. Almeida, esse pronto-socorrismo social não vem nos parâmetros de "Excelência" da incompetente humana, que tutela a Educação. Nem isso, nem coisas piores, que não me atrevo a pôr aqui, para não maldispor os leitores.
4) Sr. Almeida, faça um levantamento dos livros e recursos culturais que a criança tem, ou não tem, em casa: evite que o docente tenha de lidar com autênticos "meninos-lobo", que nunca viram um livro, cujo único multimédia foram infinitas glorificações dos analfabetos do Futebol, e cujo horizonte existencial e linguístico é o quotidiano "ha dem" da mãe e o "caralho-foda-se", do pai, quando está a olhar para os calções transpirados de
5) Sr. Albino, pergunte, em cada casa, quais são os hábitos de higiene das suas... "Famílias". Garanta que a criança não é ostracizada pelos colegas, por dizerem que tem... mau-cheiro. Pode acontecer que o primeiro banho que tome seja na escola, e a escola não tem recursos para dar banho a todos os que se sentem humilhados, e tem de erguer uma permanente barreira de defesa deles, que também não faz parte dos "excelentes" e das quotas.
6) Sr. Almeida, sabe que há alunos que foram excluídos de todas as instituições, e caem em estranhas escolas-alvo, onde os professores são forçados a desempenhar o tal papel dos psicotutores, de que a Finlândia tanto se orgulha, mas que não são objeto, cá, de qualquer preparação prévia?... E sabe por que é que as pessoas se têm de tornar em tutores e ser pais alternativos?... Porque as famílias, ou não prestam, ou não servem. Peça-lhes avaliação por esse trabalho, e exija serviços mínimos no... Lar.
7) Sr. Albino, sabe que há alunos que utilizam, com a maior familiaridade e frequência, o pior calão e os tratamentos mais violentos?... E sabe de quem é a culpa: da família, onde o tratamento corrente é de "cabrão" para cima, e de "puta" para baixo. Não sabia?... Deve ser por frequentar famílias de rodoma de vidro. A maior parte dos professores deste país frequenta famílias reais, e filhos provindos de famílias reais, que soltam constantes palavrões, porque esse é o romance corrente dos seus ambientes familiares. Vá lá a casa, e peça aos pais, que adorarão ser filiados no seu clube de exceções, serviços mínimos de educação. Se apanhar com um taco na testa, não se espante.
8) Sr. Almeida, sabe que muitas vezes os meninos se voltam para o Professor e o ridicularizam, dizendo, "você não acha que anda a perder o seu tempo aqui, a ganhar uma miséria, quando o meu pai, numa noite de tráfico, tira o que você saca num mês?..." Vá lá a casa e diga a esses pais que o tráfico de droga não é uma atividade socialmente venerável.
9) Sr. Almeida, quando ouvir um pai reclamar que as greves são um escândalo, porque não têm onde deixar os filhos, vá lá a casa e grite-lhes aos ouvidos que o ambiente familiar tem de ter reservas e sistemas de acolhimento, a chamada Estrutura Familiar, porque as escolas não são depósitos de corpos, são espaços de convívio de gente em idade e emotividade frágil, não prateleiras para famílias que se esqueceram da palavra "amor", "respeito" e "educar". Se não conseguir nada, peça para a SUA Ministra colocar como parâmetro de avaliação o "entreter" meninos. Antigamente, essa função era atribuída a palhaços e o único que eu vejo neste processo é, curiosamente... você.
10) Pobre Albino: sempre que você receber na sua sala um aluno de ténis rotos e jeans fora de moda, e o vir ser gozado pelos colegas, vá ter com a família e pergunte por que o vestiu assim. Se se lhe depararem grupos familares a viver abaixo do limiar da pobreza, deixe-os em paz, e dirija-se diretamente a esse Governo Torpe, de quem você faz tão bem o papel de Comissário, como os havia nas ditaduras de Leste e Oeste, e que tornou Portugal num abismo de Muito Ricos e Muito Pobres. É o professor que tem de perder tempos infindáveis a reequilibrar estes grupos potencialmente explosivos, tempo no qual não ensina, protege o desprotegido e que, curiosamente, também não entra para a Aavaliação. Tempo de gente muito mal paga para evitar que a Sociedade expluda logo ali, no limar dos 5, dos 6, dos 10 dos 11, dos 15 e dos 16 anos.
11) Miserável Almeida -- não te importas que eu te trate por tu, pois não?... -- faz assim: sempre que te chegue aos ouvidos que os alunos vão armados para as escolas, faz o teu papel, e vai, de porta em porta, revistá-los, um a um, com detetores de metais, para evitar que tenha o professor de ser ameaçado nas aulas, os colegas assaltados e um clima de "gang" a instalar-se num espaço que a grande tradição sempre viu como algo próximo de um santuário, mas que a incúria das tais famílias que tu descinheces e da destruturação social dos Governos das Donas Lurdes e afins permitiu que se transformasse num mero antro de facadas.
12) Obsoleto Almeida: vai de porta em porta, e pergunta por aquelas famílias que preferem andar a feijão e arroz, para que os meninos possam ter os seus fins-de-semana de álcool, droga e discoteca garantido, para entrarem, segunda de manhã, em tal estado que passam as aulas a dormir, ou com "feedbacks" de pastilhas e LSD, que chegam a nem perceber estar em calsse. Vai à porta dessas famílias e exige-lhes os serviços mínimos de Família. Se não cumprirem, põe-nas, caso a caso, em Tribunal: é um favor que fazes a 140 000 afrontados.
Não vou ao 13, porque o 13 dá azar: isto é só um prolegómeno de tudo o que tinha para te despejar em cima, Albino Almeida, e sabe que, quando eu ataco, é mesmo de fugir. Pensa que até estou a a ser simpático contigo, e que o teu conselho 13 é hoje substituído -- "surprise!..." -- por uma bonita imagem: sou eu, a ver em ti uma barata rastejante e servil, a quem hoje me deu para pôr o calcanhar em cima, para te acabar com tanto sofrimento. Dizem que as baratas podem transmitir maleitas, e eu não queria que os alunos de Portugal, do mais pobre ao mais rico, adoecessem, só pela causa do teu insistente rastejar.
Albino: vai-te catar!...
Muito Boa Noite.


(Pentagrama mata-baratas, no "Arrebenta-SOL", no "A Sinistra Ministra", no "Democracia em Portugal", no "KLANDESTINO", e em "The Braganza Mothers")

terça-feira, janeiro 20, 2009

A Naifa - Monotone

Homenagem a João Aguardela

Ignorância instituída

E são estas "Pérolas" que temos na Assembleia.....

Geografia e Salário Mínimo

Bem nos recordamos que em Novembro último, o salário mínimo nacional foi fixado em €uros 450,00 para o o ano de 2009, face aos actuais €uros 426,00.

Para além do distanciamento social que a maioria dos deputados da Assembleia da República (algo que já sabíamos) também ficamos a saber que não "pescam" nada de geografia.

Deixo-vos esta preciosidade, deprimente.

Frases exemplares


Não são só os professores mas os portugueses todos que têm de escolher entre uma escola promotora de mobilidade social e um país medieval de castas.


Teodoro Vieira

Comentário in http://www.legoergosum.blogspot.com/2008/12/escola-pblica-ou-escola-republicana.html

segunda-feira, janeiro 19, 2009

Este blogue está em greve em solidariedade com a GREVE NACIONAL DOS PROFESSORES

GREVE NACIONAL DOS PROFESSORES - Aceitas isto?

DIA DE LUTO E DE ORGULHO DE SER DOCENTE

19 de JANEIRO


ACEITAS ISTO?

· «[os professores são] arruaceiros, covardes, são como o esparguete (depois de esticados, partem), só são valentes quando estão em grupo!» (Margarida Moreira - DREN, Viana do Castelo, 28/11/2008 )
· «vocês [deputados do PS] estão a dar ouvidos a esses professorzecos» (Valter Lemos, Assembleia da República, 24/01/2008 )
· «quando se dá uma bolacha a um rato, ele a seguir quer um copo de leite!» (Jorge Pedreira, Auditório da Estalagem do Sado, 16/11/2008 )
· "admito que perdi os professores, mas ganhei a opinião pública" (Maria de Lurdes Rodrigues, Junho/2006)

domingo, janeiro 18, 2009

Comunicado aos Pais, Encarregados de Educação e Cidadãos em geral

Cartaz daqui

MENSAGEM AOS PORTUGUESES


Os professores vêm-se na necessidade de proceder a novas formas de luta, depois de terem tentado de todas as maneiras que a suas opiniões fossem tomadas em consideração na elaboração de várias leis que estão a contribuir para que a confusão e o mal-estar se instalem nas nossas escolas: Fizeram-se abaixo-assinados, vigílias e dezenas de manifestações – duas das quais com mais de 100 mil professores –, sendo estas formas de luta desenvolvidas ao fim do dia ou aos sábados para não prejudicar os alunos.

O que querem os professores?

- Querem que as escolas continuem a ser geridas democraticamente. Não querem voltar a ter um reitor à moda antiga; Só dando exemplo diário de democracia é possível formar consequentemente para a democracia.

- Querem ser avaliados por processos justos e que contribuam para o seu aperfeiçoamento profissional.

- Querem ter uma carreira única, digna, em que o mérito seja sempre premiado e não uma carreira dividida artificialmente, onde o mérito só é premiado em alguns casos.

- Querem ser tratados com respeito e que as suas opiniões sejam tidas em consideração na elaboração de diversas leis que o governo – em desprezo pelos que estão há anos no terreno – procura impor, ignorando todos.

- Querem leis que valorizem a sua função e os ajudem a combater a indisciplina e a violência que tem vindo a crescer nas escolas e não a sua constante desautorização e desvalorização por parte do ME.

- Desejam uma escola que ministre um ensino de qualidade, onde os alunos passem de ano a dominar as matérias e não uma escola que não prepara para a vida e que permite a passagem indiferenciadamente, para ficar bem vista nas estatísticas europeias.

- Não estão a reivindicar aumentos salariais – apesar de a crise ser profunda e a classe, desde há oito anos, ter vindo a ver decrescer o seu salário real.

Embora, pelas razões expostas, os professores se vejam obrigados a lutar, irão empenhar-se para garantir a leccionação das matérias previstas.

Os professores desejam salientar que não esquecerão os seus alunos e reiteram que esta luta é de todos – pais, alunos e professores – por uma escola pública de qualidade.

APEDE (Associação de Professores e Educadores em Defesa do Ensino)

CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)

MEP (Movimento Escola Pública)

MUP (Movimento de Mobilização e Unidade dos Professores)

PROmova (Movimento de Valorização dos Professores)


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