quarta-feira, abril 15, 2009

Odor a cadáver


Documentário sobre Maddie fez crescer audiências (cliquem para ler a notícia)


(...)


O documentário terá contribuido para uma das melhores audiências médias da TVI. Contudo, a este facto não terão sido alheios também os números sempre relevantes conseguidos pelas novelas, além da comemoração do segundo aniversário do formato "Tardes da Júlia", culminando naquilo a que, em comunicado, o canal denominou de "combinação feliz de programas".


As pessoas estão interessadas em ver como os crimes que se desenrolam diante dos seus olhos se vão resolver, como vão acabar. As pessoas adoram que uns sejam culpados e que outros sejam inocentes. Estão habituadas a acompanhar as telenovelas, a realidade é apenas mais… real. As pessoas gostam que seja feita justiça, só que daqui a uns poucos de anos já nem se lembram do que isso era. Olhos que não vêem coração que não sente, dizem, mas justiça lhe seja feita!

Por isso sobem as audiências quando aparece o caso Maddie nas televisões e sobe outro canal que passar o caso Casa Pia. As pessoas gostam de casos, habituaram-se. Mas qualquer dia com a repetição quando perceberem que não se vão resolver… vão-se fartar de seguir os enredos.

Eu acho que crimes como os que se passaram na Casa Pia não podem ficar impunes e desaparecer uma criança deixando tantos rastos e ninguém descobrindo é mais do que suspeito, para mais envolvendo o Papa.



2 comentários:

Mariazinha disse...

Pois é!

Uma das maneiras de distrair o povinho é dar-lhes muitas desgraças
muitas novelas,reality shows,futebol e crónicas da vida alheia.Enquanto isso o que é importante fica para os merdosos que puseram no governo.

Beijokas

Pata Negra disse...

Para mim uma criança vale tanto com mil crianças! Essa criança, morta ou viva, tem sido violada repetidamente pelos media. Casa Pia, Freeport, Felgueiras, Isaltino... não me distraiam mais! Há milhares de casos parados pelos tribunais enquanto é construída a falsa ideia de que, importantes, são só dois ou três!
Não é a justiça que está em causa, é o regime que a sustenta!
Um abraço tão próximo, julgo, para nem precisar de estender os braços

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