quarta-feira, abril 22, 2009

«a culpa é dos partidos, pá, essa merda dos partidos é que divide a malta...» (FMI)


O Parlamento Europeu diz a cada cidadão que “a escolha é sua”. Aparentemente, dois terços dos europeus escolhem… abster-se, nas eleições europeias de Junho.

O eurobarómetro sobre a previsão de participação foi publicado oficialmente esta quarta-feira. Desde o início da semana que se conheciam alguns dos resultados saídos deste inquérito europeu. Assim, a abstenção poderá atingir os 66% – o valor mais alto desde as primeiras eleições europeias, realizadas em 1979.

A maioria dos inquiridos afirma não ter qualquer interesse nas eleições europeias e considera que o seu voto não muda nada. A culpa, diz o eurodeputado francês Alain Lamassoure, é do posicionamento dos partidos a nível nacional: “Os partidos políticos têm tendência a levar as eleições europeias para o campo dos interesses nacionais e a formar listas em função da solução dos problemas internos, em vez de compreenderem que se trata de eleger as pessoas que os vão representa no Parlamento Europeu nos próximos cinco anos.”

A maioria dos inquiridos afirma ainda que o Parlamento Europeu não se ocupa do quotidiano dos cidadãos. Para o politólogo Pascal Delwit, algo não bate certo: “É um paradoxo. Hoje votamos para representantes de uma instituição que é mais forte do que era há 30 anos, mas ao mesmo tempo, os cidadãos não sentem isso e, portanto, não se empenham.”

Os polacos são os menos empenhados: apenas 17% tenciona ir às urnas. Depois da Áustria e do Reino Unido, Portugal surge no quarto lugar: apenas 24% dos portugueses tenciona ir votar, no próximo dia 7 de Junho.

E mesmo se a crise e as suas consequências são as principais preocupações dos europeus, apenas um terço dos inquiridos diz ter visto, lido ou ouvido falar de medidas tomadas pelas instituições europeias para fazer face à crise ou ao desemprego, por exemplo.

Eleições Europeias 2009 Cobertura Especial Euronews

(consultem o SITE)

Leiam este artigo sobre a abstenção!

4 comentários:

rendadebilros disse...

Mas a abstenção depois não conta para nada , nem os votos em branco...
Beijos.

Pata Negra disse...

Votarei sempre! Não percebo! Enquanto existirem partidos que não queiram esta europa, eu não percebo! Provavelmente não existe vida para além da paróquia mas existem ventos e poderão existir tempestades que vêm de trás das fronteiras da minha aldeia. Eu gosto da minha aldeia, não quero sair da minha aldeia mas já aconteceu muitas vezes o incêndio vir das aldeias vizinhas!
Voto contra esta europa! Quando ei deixar de votar é porque morri!
Um abraço, sempre com aqueles olhos duma noite em ouvi o FMI (foi há muitos anos e continuamos novos)

Kaotica disse...

Voto ou abstenção, cada um sabe de si: até que ponto não acreditamos nos políticos mas acreditamos no sistema, ou não acreditamos sequer em nada disso. Daí o voto minoritário ou a abstenção. Isso é para decidir em consciência, no momento a sós da votação.

Reparem que não basta acreditar, tem que se acreditar que outros acreditam que é possível mudar de rumo.

Ferroadas disse...

Quanto às eleições europeis o problema não é votar, é para que se vota.

Para manter o status-quo?
Para uns quantos irem ao encontro da reforma dourada?
Para manter uns quantos tachos?
Para os eurodeputados lá enfiarem com os filhos, filhas, esposas, amantes, etc.?

Ou será para construirem uma outra europa?

Nesta hipótese não acredito.

BJS

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