segunda-feira, dezembro 31, 2007

Que pretendo fazer na passagem do ano?

À espera da meia-noite

Juntar-me com outras pessoas numa casa. Fumar o que se quiser, beber o que se puder, comer coisas feitas em casa até fartar, falar mal do governo e do tratado e da união europeia e das grandes potências económicas e de toda a sacanagem sempre que vier a propósito, ouvir música alto, abanar a carola, dar grandes abraços e desejar a todos um bom ano, poder dormir por lá até baixar a taxa de alcoolémia.


Na manhã seguinte será a verdadeira ressaca para saudar o 2008, novinho em folha de calendário. As primeiras impressões podem não ser as melhores. Mas também o 2007 foi um ano tão triste...


A vocês todos que me visitam quero desejar um 2008 excelente, construído à medida dos vossos desejos, com a força necessária para concretizar as vossas melhores utopias. E não se deixem desanimar nem mesmo no amargo dia da ressaca. Vai ser preciso unirmos todas as nossas forças contra a corja. Não lhe podemos dar descanso.

ASUMA v Hidan v Shikamaru

Have a Cigar, Pink Floyd

O último, para o caminho...


S.I.P. (Smoke in peace)


Será que até o Inferno vai ter que fechar?

Momento de descontração e estupidez natural


Fumar ou não fumar, eis a questão



domingo, dezembro 30, 2007

Fumícios à porta das escolas!

Conheço uma escola onde existia uma boa sala de professores que tinha lá dentro um cubículo fechado, com janela para a rua que era a sala dos fumadores. Ninguém incomodava ninguém, quem queria ia até lá fumar o seu cigarrito, sozinho ou em grupo. Acontece que agora já não se pode lá fumar. Já estou a imaginar os professores a fumarem à porta das escolas e a serem olhados de lado por o fazerem. Que belo espectáculo nos preparam para 2008!

Parafraseando...

"Os deputados da Assembleia da República estão abaixo de cão"
(Clara Ferreira Alves n' "O Eixo do Mal", 30/12/2007)
Um livro recomendável
aos fumadores convictos e aos deputados da Assembleia da República!

Mona Vazia/Mona Cheia

Quanto a mim gosto mais da Mona Cheia!

The End [live] - Jim Morrison/The Doors

«E o que parece não querer dizer nada sempre quer dizer qualquer coisa...»

http://www.paula-rosa.com/mixed2007/1.jpg



A passagem das horas

Sentir tudo de todas as maneiras,
Ter todas as opiniões,
Ser sincero contradizendo-se a cada minuto,
Desagradar a si-próprio pela plena liberalidade de espírito,
E amar as coisas como Deus.

Eu, que sou mais irmão de uma árvore que de um operário,
Eu, que sinto mais a dor suposta do mar ao bater na praia
Que a dor real das crianças em quem batem
(Ah, como isto deve ser falso, pobres crianças em quem batem -
E porque é que as minhas sensações se revezam tão depressa?)

Eu, enfim, que sou um diálogo contínuo
Um falar-alto incompreensível, alta-noite na torre,
Quando os sinos oscilam vagamente sem que mão lhes toque
E faz pena saber que há vida que viver amanhã.

Eu, enfim, literalmente eu,
E eu metaforicamente também,
Eu, o poeta sensacionista, enviado do Acaso
Às leis irrepreensíveis da Vida,
Eu, o fumador de cigarros por profissão adequada,
O indivíduo que fuma ópio, que toma absinto, mas que, enfim,
Prefere pensar em fumar ópio a fumá-lo
E acha mais seu olhar para o absinto a beber que bebê-lo...

Eu, este degenerado superior sem arquivos na alma,
Sem personalidade com valor declarado,
Eu, o investigador solene das coisas fúteis,
Era capaz de ir viver na Sibéria só por embirrar com isso
E que acho que não faz mal não ligar importância à pátria
Porque não tenho raiz, como uma árvore, e portanto não tenho raiz...

Eu, que tantas vezes me sinto tão real como uma metáfora,
Como uma frase escrita por um doente no livro da rapariga que encontrou no terraço,
Ou uma partida de xadrez no convés dum transatlântico,
Eu, a ama que empurra os perambulators em todos os jardins públicos,
Eu, o polícia que a olha, parado para trás na álea,
Eu, a criança no carro, que acena à sua inconsciência lúcida com um colar com guizos,
Eu, a paisagem por detrás disto tudo, a paz citadina
Coada através das árvores do jardim público,
Eu, o que os espera a todos em casa,
Eu, o que eles encontram na rua
Eu, o que eles não sabem de si-próprios,
Eu, aquela coisa em que estás pensando e te marca esse sorriso,
Eu, o contraditório, o fictício, o aranzel, a espuma,
O cartaz posto agora, as ancas da francesa, o olhar do padre,
O lugar onde se encontram as duas ruas e os chauffeurs dormem contra os carros,
A cicatriz do sargento mal-encarado,
O sebo na gola do explicador doente que volta para casa,
A chávena que era por onde o pequenito que morreu bebia sempre,
E tem uma falha na asa (e tudo isto cabe num coração de mãe e enche-o)...
Eu, o ditado de francês da pequenita que mexe nas ligas,
Eu, os pés que se tocam por baixo do bridge sob o lustre,
Eu, a carta escondida, o calor do lenço, a sacada com a janela entreaberta,
O portão de serviço onde a criada fala com os desejos do primo,
O sacana do José que prometeu vir e não veio
E a gente tinha uma partida para lhe fazer...
Eu, tudo isto, e além disto o resto do mundo...

Tanta coisa, as portas que se abrem, e a razão porque elas se abrem,
E as coisas que já fizeram as mãos que abrem as portas...
Eu, a infelicidade-nata de todas as expressões,
A impossibilidade de exprimir todos os sentimentos,
Sem que haja uma lápide no cemitério para o irmão de tudo isto,
E o que parece não querer dizer nada sempre quer dizer qualquer coisa...

Sim, eu, o engenheiro naval que sou supersticioso como uma camponesa madrinha,
E uso o monóculo para não parecer igual à ideia real que faço de mim,
Que levo às vezes três horas a vestir-me e nem por isso acho isso natural,
Mas acho-o metafísico e se me batem à porta zango-me,
Não tanto por me interromperem a gravata como por ficar sabendo que há a vida...

Sim, enfim, eu o destinatário das cartas lacradas,
O baú das iniciais gastas,
A intonação das vozes que nunca ouviremos mais -
Deus guarda isso tudo no Mistério, e às vezes sentimo-lo
E a vida pesa de repente e faz muito frio mais perto que o corpo.

A Brígida prima da minha tia,
O general em que elas falavam - general quando elas eram pequenas,
E a vida era guerra civil a todas as esquinas...
Vive le mélodrame où Margot a pleuré!
Caem folhas secas no chão irregularmente,
Mas o facto é que sempre é outono no outono,
E o inverno vem depois fatalmente,
E há só um caminho para a vida, que é a vida...

Esse velho insigniflcante, mas que ainda conheceu os românticos
Esse opúsculo político do tempo das revoluções constitucionais,
E a dor que tudo isso deixa, sem que se saiba a razão
Nem haja para chorar tudo mais razão que senti-lo.
Todos os amantes beijaram-se na minha alma,
Todos os vadios dormiram um momento em cima de mim
Todos os desprezados encostaram-se um momento ao meu ombro,
Atravessaram a rua, ao meu braço todos os velhos e os doentes,
E houve um segredo que me disseram todos os assassinos.

(Aquela cujo sorriso sugere a paz que eu não tenho,
Em cujo baixar-de-olhos há uma paisagem da Holanda,
Com as cabeças femininas coiffées de lin
E todo o esforço quotidiano de um povo pacífico e limpo...
Aquela que é o anel deixado em cima da cómoda,
E a fita entalada com o fechar da gaveta,
Fita cor-de-rosa, não gosto da cor mas da fita entalada,
Assim como não gosto da vida, mas gosto de senti-la...
Dormir como um cão corrido no caminho, ao sol,
Definitivamente para todo o resto do Universo,
E que os carros me passem por cima)
Fui para a cama com todos os sentimentos,
Fui souteneur de todas as emoções,
Pagaram-me bebidas todos os acasos das sensações,
Troquei olhares com todos os motivos de agir,
Estive mão em mão com todos os impulsos para partir,
Febre imensa das horas!
Angústia da forja das emoções!

Raiva, espuma, a imensidão que não cabe no meu lenço,
A cadela a uivar de noite,
O tanque da quinta a passear à roda da minha insónia
O bosque como foi à tarde, quando lá passeamos, a rosa,
A madeixa indiferente, o musgo, os pinheiros,
Toda a raiva de não conter isto tudo, de não deter isto tudo,
Ó fome abstracta das coisas, cio impotente dos momentos,
Orgia intelectual de sentir a vida!

Obter tudo por suficiência divina -
As vésperas, os consentimentos, os avisos,
As coisas belas da vida -
O talento, a virtude, a impunidade,
A tendência para acompanhar os outros a casa,
A situação de passageiro,
A conveniência em embarcar lá para ter lugar,
E falta sempre uma coisa, um copo, uma brisa, uma frase,
E a vida dói quanto mais se goza e quanto mais se inventa.

Poder rir, rir, rir despejadamente,
Rir como um copo entornado,
Absolutamente doido só por sentir,
Absolutamente roto por me roçar contra as coisas,
Ferido na boca por morder coisas,
Com as unhas em sangue por me agarrar a coisas,
E depois dêem-me a cela que quiserem que eu me lembrarei da vida.


Álvaro de Campos

Vórtice temporal

O final do ano aproxima-se.
Não sentem o tempo a passar mais depressa?

A mim acontece-me sempre!

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Nós é que somos os lixados com um "f" muito grande!

«[Engenheiro Sócrates, vamos vê-lo, um dia, primeiro-ministro?]

"Não! Primeiro, porque não tenho o talento e as qualidades que um primeiro-ministro deve ter. Segundo, porque, ser primeiro-ministro é ter uma vida na dependência mais absoluta de tudo sem ter tempo para nada. É uma vida horrível e que eu não desejo"
DNA, Set.2000

Não há dinheiro que pague tamanho sacrifício pela Nação!

Agora são os pais que têm as costas largas?

Exemplo de escola com uma excelente posição no ranking: receita menos professores/mais alunos

No A Sinistra Ministra recomenda-se a leitura do texto completo (site do SPGL) e transcreve-se uma parte deixada como apelo a pais e Encarregados de Educação, que passo a transcrever:

«Violência é não saberem viver em comunidade, é o safanão, o pontapé e a bofetada como resposta habitual, o palavrão (dos pesados…) como linguagem única, a ameaça constante, o nenhum interesse pelo que se passa dentro da sala, a provocação gratuita ("bata-me, vá lá, não me diga que não é capaz de me bater? Ai que medinho que eu tenho de si…", isto ouvi eu de um aluno quando a pobre da professora apenas lhe perguntou por que tinha chegado tarde…)

Violência é a demissão dos pais do seu papel de educadores - e depois queixam-se nas reuniões de que "os professores não ensinam nada".

(...)

Cada vez os pais têm menos tempo para os filhos e, por isso, cada vez mais os filhos são educados pelos colegas e pela televisão (pelos jogos, pelos filmes, etc.). Não têm regras, não conhecem limites, simples palavras como "obrigada", "desculpe", "se faz favor" são-lhes mais estranhas do que um discurso em Chinês - e há quem chame a isto liberdade.

Mas a isto chama-se violência. Aquela que não conta para os estudos "científicos", mas aquela da qual um dia, de repente, rompe a violência a sério.» (Alice Vieira)

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O meu comentário ao excerto da Alice Vieira, como educadora, como mãe e ex-professora provisória só pode ser este:

Tudo isto é a pura das verdades, mas não devem ser os pais indicados como os únicos culpados desta situação: eles próprios estão enredados num sistema que não lhes deixa tempo para educar os filhos. Cada vez mais os horários de trabalho exigem-se flexíveis e pais e professores estão pouco seguros nos empregos. As escolas e os ATL's acolhem as crianças durante muitas horas, impondo-lhes regras sucessivas para os conter e no final do dia todos estão cansados de regras, cansados até para conversar e brincar. Os nossos filhos protegem-se à sua maneira deste modus vivendi, fogem da realidade, alheiam-se, isolam-se e tentam compensar a atenção que não lhes prestam. Dão largas à sua imaginação nas imagens da televisão e nas dos jogos electrónicos. Na escola encontram sinais de violência e se são diferentes são marginalizados do grupo. O espírito do grupo é ser o maior, e não o melhor. O importante é ser “melhor” que os outros, no pior dos sentidos e dominar exibindo-se para “ser popular”, nem que seja pela má-criação. “Ser popular” é tudo o que desejam. Cada criança tenta sobreviver aos próprios grupos, temendo-os. Imaginem uma criança normal, bem-educada, chegar a um trabalho de grupo e um colega dizer-lhe sem mais nem menos: "sai daqui que cheiras a cú", como pode esta criança cooperar com gente assim? A culpa é dos pais? Mas os pais não estão ali para se dar conta, aquilo passa-se na sala de aula, na escola. Os professores também são educadores e medidores, ou se não são, deviam ser. Relegar todas as culpas para os pais é uma atitude tão atroz como a da ministra quando lançou todas as culpas nos professores. Pais e professores só têm a perder estar de costas voltadas.

- mais sobre Bulling

Fumo I - Franchising de futuro

Cape Carteret: Fumadores na loja Smoker's Corner

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Ressaca natalícia...

ou um último cigarro antes da entrada no paraíso eterno!

Salvação Divina

Irmãos Catita: Drogado

Rússia: Festa rija dos filhos de Putin!

Imagem retirada daqui

"No que respeita ao lançamento dos mísseis, devo dizer que se trata de um fogo de artifício agradável, bonito, festivo, por detrás do qual está um grande trabalho de especialistas militares e engenheiros civis. Dê-lhes os meus parabéns. Trata-se de um passo sério para o reforço da capacidade de defesa do país" - declarou hoje Putin num encontro com Anatoli Serdiukov, ministro da Defesa da Rússia.
Moscovo, 26 Dez (Lusa)
Ler tudo aqui

Eu saberia bem como fazer esse tal de Putin participar da festa!



quarta-feira, dezembro 26, 2007

URBI et ORBI

Le diable (Ça va)
Paroles et Musique: Jacques Brel 1953

{Prologue:}

Un jour le Diable vint sur terre, un jour le Diable vint sur terre
pour surveiller ses intérêts, il a tout vu le Diable, il a tout entendu
et après avoir tout vu, après avoir tout entendu, il est retourné chez
lui, là-bas.
Et là-bas on avait fait un grand banquet, à la fin du banquet, il s'est
levé le Diable, il a prononcé un discours et en substance il a dit ceci,
il a dit:

Il y a toujours un peu partout
Des feux illuminant la terre ça va
Les hommes s'amusent comme des fous
Aux dangereux jeux de la guerre ça va
Les trains déraillent avec fracas
Parce que des gars pleins d'idéal
Mettent des bombes sur les voies
Ça fait des morts originales
Ça fait des morts sans confession
Des confessions sans rémission ça va

Rien ne se vend mais tout s'achète
L'honneur et même la sainteté ça va
Les États se muent en cachette
En anonymes sociétés ça va
Les grands s'arrachent les dollars
Venus du pays des enfants
L'Europe répète l'Avare
Dans un décor de mil neuf cent
Ça fait des morts d'inanition
Et l'inanition des nations ça va

Les hommes ils en ont tant vu
Que leurs yeux sont devenus gris ça va
Et l'on ne chante même plus
Dans toutes les rues de Paris ça va
On traite les braves de fous
Et les poètes de nigauds
Mais dans les journaux de partout
Tous les salauds ont leur photo
Ça fait mal aux honnêtes gens
Et rire les malhonnêtes gens.
Ça va ça va ça va ça va

SeBento XVI e a cínica encenação da sua benção "Urbi et Orbi"

Imagem retirada daqui

Este ano a benção papal “Urbi et Orbi” fez uma espécie de levantamento de todos os males que vão pelo mundo (ver aqui). Falou do Dafur e do Afeganistão e do Iraque, das catástrofes humanitárias e bélicas e ainda do perigo que corre o equilíbrio ecológico terrestre devido à “exploração imprudente dos recursos naturais”. Aguardei mais um pouco para ver se depois de referir os males apontava o dedo às causas, mas de capitalismo desenfreado e de globalização nem uma palavra. Na sequência daquele discurso social e humanitário seria de esperar que se apresentassem as soluções, o modo como a humanidade devia proceder: a condenação do consumismo e do lucro desmedido das multinacionais, a acusação aos senhores do mundo cujas políticas económicas exploram desmedidamente os recursos naturais, dos governantes que são causadores das guerras e dos conflitos, de uma globalização que não faz senão gerar maiores desigualdades. Mas não. Cinicamente este Papa, também ele afinal um desses senhores do mundo, vem no final dizer ao rebanho que a solução para tudo isto pode ser divina e que os fiéis devem… orar, pois a salvação do mundo só se poderá obter pela oração! Ou seja, a salvação do mundo não está para a igreja católica na capacidade humana de inverter o sentido de uma marcha acelerada para a destruição da própria humanidade. Essa responsabilidade continua ad eternum a ser relegada para o plano divino enquanto cá na Terra progride o pecado capital. E, como sempre, aos pecadores prescreve-se que rezem mais, que quanto mais pecadora for a humanidade mais orações deverá fazer. Por isso quanto mais crentes formos nessa suposta solução divina menos devemos agir e mais fervorosamente devemos rezar, depositando assim os destinos do mundo na mão de Deus. Na mão de Deus que, dizem, é todo espírito e luz? Que me perdoem os crentes, pois não há maior falsidade que a religião católica!

terça-feira, dezembro 25, 2007

Hoje é dia de Natal


Natal

Hoje é dia de Natal.

O jornal fala dos pobres
em letras grandes e pretas,
traz versos e historietas
e desenhos bonitinhos,
e traz retratos também
dos bodos, bodos e bodos,
em casa de gente bem.

Hoje é dia de Natal.

- Mas quando será de todos?

Sidónio Muralha

Obras Completas do Poeta

Lisboa, Universitária Editora, 2002

domingo, dezembro 23, 2007

Música para os Vossos Ouvidos

Have Yourself a Merry Little Christmas - Diana Krall

sábado, dezembro 22, 2007

Boas Festas aos Amigos e Visitantes do Pafúncio

Posted by Picasa
Produção caseira: Sara, 11 anos

Recolha de Mensagens de Natal de alunos de uma escola do Concelho de Oeiras (Natal de 2007)

Neste Natal eu desejo que todo o mundo tenha paz e amor.
Neste Natal eu desejo que os adultos ensinem as crianças com amor e carinho para que sejam bons cidadãos no futuro. (Joana, 3º. Ano)

Neste Natal eu desejo que todas as pessoas sejam felizes e tenham saúde.
Neste Natal eu desejo que todas as pessoas tenham paz e liberdade. (Valério, 3º. Ano)

Neste Natal eu desejo que todas as pessoas do mundo sejam felizes, tenham paz, amor e alegria.
Neste Natal eu desejo que o Duarte tenha a letra mais bonita. (Bernardo, 3º. Ano)

Neste Natal eu desejo que todas as famílias estejam reunidas e com muita alegria.
Neste Natal eu desejo paz para toda a gente. (João 3º. Ano)

O Natal é o tempo de estar com a família e amigos. É lindo o Natal, o que interessa não são as prendas mas sim o nascimento de Cristo. (Pedro, 5º. Ano)

O Natal traz alegria e solidariedade (Rodrigo, 4º. Ano)

O Natal é para todos. O Natal é para nos ajudarmos uns aos outros. (Rita, 4º. Ano)

O Natal é o dia em que todas as crianças e adultos partilham as suas alegrias.
(Neusa, 5º. Ano)

Neste Natal eu desejo que todas as crianças tenham paz e muito amor.
Neste Natal eu desejo que todas as crianças tenham paz e liberdade e aprendam o que é a responsabilidade. (Henrique, 3º. Ano)

O Natal, para mim é um dia normal, pois eu não o festejo. (Viviana, 5º. Ano)

Eu gosto do Natal porque eu ganho prendas. (José, 5º. Ano)

Este ano, pede ao Pai Natal, alegria, paz e amor para ti e para os que precisam deles. (Mariana, 6º. Ano)

O Natal é uma alegria e um conjunto de harmonia por isso aproveita o máximo este dia que nem toda a gente é feliz neste dia! (Maria Francisca, 6º. Ano)

O Natal não é só prendas porque alguns não têm. (Laura Leonor, 6º ano)

O Natal para uns é só prendas e enquanto para outros não é nada. Aconselho os pais a não darem muitas prendas aos seus filhos e ajudarem mais as pessoas mais necessitadas. Um Bom Natal e um próspero ano novo. ((Juanira Soraya, 6º. Ano)

O Natal é a melhor altura do ano, é a altura em que Jesus faz anos e nós recebemos presentes. O Natal traz-nos muita alegria, é a altura em que partilhamos. (Catarina, 4º. Ano)

Neste Natal eu desejo que: todas as pessoas tenham presépios para enfeitar e alegrar as suas casas.
Neste Natal eu desejo que: todas as pessoas tenham fé, respeito, liberdade, amor, alegria e tolerância uns pelos outros. (José, 3º. Ano)

Um verdadeiro Natal
Só com paz e alegria
Assim se torna especial
E não mais que um dia
(Francisco Xavier, 5º. Ano)

O Natal é a magia de todas as famílias. (Marta, 4º. Ano)

A melhor mensagem de Natal é a que sai em silêncio do nosso coração e aquece com ternura o coração de quem recebe. (Madalena, 5º ano)

O Natal deve ser partilhado para que todos se sintam felizes. (Bernardo, 4º. Ano)

O Natal é apenas o momento em que o tempo pára e oferece às pessoas mais uma oportunidade! (Leonor, 6º. Ano)

Neste Natal eu desejo que os adultos tenham um emprego.
Neste Natal eu desejo que as pessoas passem um bom Natal, com alegria, amor e partilha uns com os outros. (Daniel, 3º. Ano)

Em todos nós deveria brilhar a estrela todos os dias como aquela que brilha no Natal. (Gonçalo, 6º. Ano)

Este Natal vai ser diferente, cada criança vai ter um presente: a esperança de ser feliz!
E eu sou a Andreia e gosto do que fiz. (Andreia, 5º. Ano)

A paz e a generosidade são o verdadeiro significado do Natal. (Ana Maria, 5º. Ano)

O Natal não é só receber prendas ou enfeitar uma árvore, é poder estar com a família e é também o nascimento de Jesus. (Sara, 6º. Ano)

A melhor prenda de Natal era ter a certeza que o Natal chegasse a todos os meninos deste mundo. (André, 6º ano)

Vamos lembrar aos humanos que é Natal! (Ana, 6º. Ano)

É Natal em Portugal! Bom ano novo a todo o povo (Rodrigo, 5º. Ano)

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Extinguir para reinar

ENTRAR

Olá amigos

Conheço há muito tempo a Carmelinda Pereira e o seu partido, o POUS. Pois se há partido que mereça continuar a existir é o dela porque apesar de ser um pequeno partido que muitos até julgam extinto, ele tem sempre estado presente em todos os bons e os maus momentos que a democracia portuguesa tem atravessado desde que apareceu como partido ligado à IV Internacional, em 1979. Pela minha parte nunca me quis filiar em nenhum partido político mas comigo estas coisas funcionam sempre ao contrário pois quanto mais eu vejo a democracia que eu vi nascer no 25 de Abril a esvair-se, quanto eu mais vejo à minha volta as pessoas a tornarem-se apolíticas e indiferentes, mais eu sinto a urgência da união, a necessidade de não deixar fugir o que resta desse legado e a vontade de lutar por recuperar o que já se foi perdendo. Por isso vou filiar-me no POUS porque tenho seguido de perto a sua capacidade de resistência e a luta que tem desenvolvido na tentativa desesperada de unir as forças democráticas que rejeitam estas políticas destrutivas. Nunca me pediram para ser militante e sempre partilharam comigo os seus saberes procurando em diálogo encontrar caminhos que rompam com este rumo que não escolhemos e que não queremos. Por isso temos lutas idênticas numa mesma direcção. Sou pelo direito a dizer "Não ao tratado de Lisboa" e o POUS foi o primeiro partido que reclamou esse direito. Sou contra os métodos de rapinácia e guerras da globalização, como o POUS, rejeito a destruição do bem público e a sua venda aos privados, sou absolutamente contra a flexigurança e a precariedade salarial e condeno as políticas económicas neo-liberais por serem anti-sociais e elitistas. Defendo como o POUS a Escola Pública e abomino o estatuto da carreira docente e o estatuto do aluno e o modo como são dadas as Actividades de Enriquecimento Curricular e os cursos profissionalizantes que hão-de lançar fornadas de jovens no desemprego e contra o facilitismo a que chegou o ensino em Portugal. E acredito com o POUS que só em união é possível dizer: as vossa políticas não nos servem, não foi para isto que o povo votou, cumpram com o que prometeram, defendam o país em vez de o venderem à União Europeia e à Globalização, exigimos uma política verdadeiramente socialista. E também abomino o nome "tratado de Lisboa" e o facto de Portugal ainda hoje ter votado a favor da destruição de grande parte da sua própria vinha em nome da competitividade dos 27! Tal como o POUS acredito numa outra Europa, cooperante e produtiva, em vez de competitiva e destruidora como esta está a ser conduzida. E também sou pela revogação de todos os tratados que não servirem ao país. Por isso divulgo este apelo do POUS e vos peço que ajudem nesta campanha se acharem que não têm nada a perder. Que maior sinal da democracia a lei admitir que haja partidos pequenos? Como poderão a partir de agora surgir novos partidos? Que democracia é esta?
Aproveitem o Natal para meditar um pouco em tudo isto e depois façam o que a vossa consciência vos ditar.

Boas festas a todos e desejos de um Feliz Ano Novo.
Um abraço

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Cimeira do Pai Natal

(...) Cada um que se vá safando como puder, é mesmo assim, não é? Tu fazes como os outros, fazes o que tens a fazer, votas à esquerda moderada nas sindicais, votas no centro moderado nas deputais, e votas na direita moderada nas presidenciais! Que mais querem eles, que lhes ofereças a Europa no Natal?! Era o que faltava! É assim mesmo, julgam que te levam de mercedes, ora toma, para safado, safado e meio, né filho? Nem para a frente nem para trás e eles que tratem do resto, os gatunos, que são pagos para isso, né? Claro! Que se lixem as alternativas, para trabalho já me chega. Entretém-te meu anjinho, entretém-te, que eles são inteligentes, eles ajudam, eles emprestam, eles decidem por ti, decidem tudo por ti, se hás-de construir barcos para a Polónia ou cabeças de alfinete para a Suécia, se hás-de plantar tomate para o Canada ou eucaliptos para o Japão, descansa que eles tratam disso, se hás-de comer bacalhau só nos anos bissextos ou hás-de beber vinho sintético de Alguidares-de-Baixo! Descansa, não penses em mais nada, que até neste país de pelintras se acha normal haver mãos desempregadas e se acha inevitável haver terras por cultivar! (...) entretém-te filho e vai para a cama descansado que há milhares de gajos inteligentes a pensar em tudo neste mesmo instante, enquanto tu adormeces a não pensar em nada, milhares e milhares de tipos inteligentes e poderosos com computadores, redes de policia secreta, telefones, carros de assalto, exércitos inteiros, congressos universitários, eu sei lá! (...)

Telejornalês, a novilíngua

Reparei que agora os nossos jornalistas dizem um "mandado de captura" em vez de um "mandato de captura". Será por serem todos uns paus mandados?

terça-feira, dezembro 18, 2007

Razões do não à ratificação do tratado por via parlamentar


Cara Kaótica,

Os engravatados que defendem a ratificação por via parlamentar, não querem obviamente que a questão seja debatida em praça pública. O problema, é que o parlamento não tem legitimidade para ratificar o tratado, porque o parlamento foi eleito com base num programa eleitoral que previa a consulta popular (referendo) sobre o tratado. Meus amigos, é legítimo afirmar que o povo votou no Partido Socialista porque queria referendar o tratado. Porreiro pá!

Um abraço

Blueminerva

Milton Friedman era um deles

Milton Friedman (um dos teóricos do neoliberalismo) afirma que se há desemprego então deverão reduzir-se os salários. Se esta diminuição dos salários não é capaz de gerar emprego, então é preciso continuar a baixar os salários. Para que os salários possam baixar, devem desaparecer os Sindicatos, já que estes não permitem que haja uma “livre” contratação da mão-de-obra, impedindo que o valor da força de trabalho se fixe pelas leis de mercado. Se os Sindicatos fazem subir o salário, isto leva a reduzir o nível de emprego. Retirado daqui (Ler A cartilha neoliberal)

Contas simples, não é?
-- E a prova dos nove:
Já havia filhos de puta
muito antes da assinatura do Tratado de Lisboa!
Noves fora, nada.
http://classepolitica.blogspot.com/2007/12/blog-post.html

sábado, dezembro 15, 2007

Tratado mais triste que Maastricht

Mais tristeza é o que eu sinto ao ver o povo ser passado para trás. Assistimos impávidos mas pouco serenos a este grave atentado dos governos dos estados europeus exercendo a sua soberba sobre os povos das nações. Somos arredados das malhas que tecem em conferências e cimeiras. Apenas nos chegam imagens fabricadas para não passarem disso mesmo. Muitos preferem distrair-se com a risada fácil das situações caricatas que também se passam. O povo gosta de ver aquelas personagens odientas fazerem figuras tristes diante das câmaras por que não hão-de elas fazer-lhe a vontade e ser levemente ridículas? Saltitantes governantes cometendo gaffes e deslizes, o lado cómico que lhes dá um toque humano de pequenos heróis que se prezumem por ficar numa História que eles próprios vão forjando. Aldrabões mentirosos, perigosos, nada os detem nas determinações muito mais que maquiavélicas. Aliás, Maquiavel posto ao lado na fotografia seria dos mais inofensivos congeminantes. Governates dissimulados na pressa do desespero. O vosso modelo económico é uma farsa, está DESESPERADO, ansioso por cair nas malhas da globalização que o há-de tragar. A globalização é a aranha e a vossa Europa o macho que há-de ser devorado no final da cópula. Vocês já sabem disto e são uns crápulas: querem o poder e encher os bolsos com o nosso trabalho. Encherem as mulas com os nossos produtos tradicionais proibindo o seu consumo ao comum dos mortais. A vossa gula e a vossa falta de esperança num futuro é ameaçadora para o mundo dos nossos filhos, dos nossos netos. Contemplem o mundo devastado e esgotado que o vosso rasto vai deixar. Caminham sonâmbulos na glória de mandar, arrastando-nos na vossa aventura financeira, numa rapinácia à escala global.
Mais um tratado que nos promete a falta de autonomia nas decisões políticas, um lugar subalterno na Europa, a perda de identidade dissimulada, a impossibilidade de assumir uma posição contrária às decisões da UE, a falta de qualquer tipo de segurança no emprego, na saúde, na educação dos nossos filhos. Querem educar os nossos filhos para ser lideres ou escravos (uns poucos lideres para muitos escravos!) e nós não queremos esse sistema de ensino e de profissionalização, nem nascer e morrer à beira de auto-estradas que vão para para lugar nenhum. Não queremos a desertificação que nos propõem nem ser minados pelos vossos produtos impuros e pelas vossas leis absurdas. Convosco todos os criminosos são absolvidos ou estão nos lugares de poder. Bandidos são os que nos roubam o nosso país e falsos caridosos os que nos querem levar a acreditar que estamos todos a ganhar alguma coisa com isso.
Sinto um grande asco por esses senhores do mundo que nos governam cada vez mais de cima. Tenho-lhes horror. São os tratantes que em secretismo e socretinismo aprovam os tratados que o povo não aprova, e que vêm depois mostrar aos olhos do povo as suas cerimónias assinando tratados cuja finalidade o povo desconhece por não poder ser por ele compreendida. Imaginem se o povo pudesse compreender que determinado tratado em nada o favorece, antes pelo contrário. Ousarem chamar a um tratado desses "Tratado de Lisboa" seria já uma afronta, motivo para uma movimentação popular. Um tratado que não se pode compreender porque, se fosse realmente compreendido, o povo saía logo para as ruas a dizer que não o queria. A sua aprovação sem o referendo dos povos europeus, será o derradeiro atentado dos chefes dos estados à democracia, em nome de Lisboa.
Que tramas se podem albergar num texto de 10 kg., intragável? Terá Sócrates alguma vez lido o texto do tratado? E se ele nos disser que leu e que é bom para nós, alguém mais vai acreditar em mais essa peta?

quarta-feira, dezembro 12, 2007

O Texto do Tratado

Leia aqui o texto do chamado "Tratado de Lisboa" só para conferir como é feito deliberadamente para que não possa ser compreendido pelo português médio. Ou como é mais fácil decifrar hieroglifos.

Lynyrd Skynyrd-Free Bird

Dedicado ao Kaos

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Cimeira Europa-Africa

Nem mais!

Cimeira UE-África: Extra Ordinária

Sócrates diz que a Cimeira UE_África foi "verdadeiramente extraordinária".

Desta vez tendemos a concordar: aquilo foi mesmo extra ordinário; e isto porque tinha gente ordinária dos dois lados (UE/África) e porque os acordos comerciais firmados também foram uma negociata verdadeiramente extra ordinária.

Que conclusões tirar?

Fica provada a teoria de que alguns negros são mais inteligentes do que alguns brancos (nós, por exemplo que aceitamos tudo que vem da UE como se fosse uma coisa boa; eles não, alguns viram logo que aqueles negócios não os iam beneficiar em nada, antes pelo contrário).

Comprova-se o facto de que corruptos tantos os há aqui na europa (e portugueses, para nossa vergonha!) como em África (bués!).

Conclui-se que enquanto nos ocupávamos a seguir atentamente os preparativos para este Carnaval (onde a queen foi o Kadhafi!), o ministro do trabalho ia lá por fora assinando uns papéis que pareciam mesmo dar o ok à Flexigurança (criticam eles estes!). Verifica-se que por mais que gritemos aos ouvidos da UE e do governo Sócrates que a Flexigurança não nos serve, mais orelhas mocas eles fazem, aprovando-a à nossa revelia. Foi para isto que a maioria dos portugueses votaram no PS? Será que para a próxima ainda vão voltar a votar? Agora imaginem em vez do Sócrates termos lá o Durão e a Ferreira Leite ou outro igual de calças... alguma coisa certamente mudaria... para pior! Venha o diabo e escolha!

Concluo que já nem a cara de preto quero pintar, quando vejo os nossos compatriotas a pagar a festa para os crápulas europeus fazerem negociatas com os crápulas africanos. 10 milhões de euros, a décima parte da ajuda que podiam realmente dar às desgraçadas populações africanas infectadas com SIDA e moribundas. Se cada um desse uma parte ainda sobrava muito dinheirinho para outras ajudas necessárias. E não posso deixar de sentir muita vergonha por assistir contemporaneamente a este filme, exibido como se fosse a glória nacional do momento. Tenho vergonha, mas não pintaria a minha cara de negro, antes insistiria em os envergonhar publicamente, se fosse os Gato Fedorento ou o Kaos. Pudesse eu mostrar-lhes um espelho assim tão real, tão evidente que o humor logo capta!

domingo, dezembro 09, 2007

A onda da Cimeira UE-África


Concílio de Tratantes

"Porreiro, pá!"

Projecto do chamado "Tratado de Lisboa" (para ler aqui)


Este ano não há presépio...

Lamentamos mas:

- Os Reis Magos lançaram uma OPA sobre a manjedoura e esta foi retirada do estábulo até decisão governamental ;

- Os camelos estão no governo e não no deserto da margem-sul;

- Os cordeirinhos estão tão magros e tão feios que não podem ser exibidos, julgam-se avestruzes e enfiaram a cabeça na areia, não é nada comigo! ;

- A vaca está louca, não se segura nas patas e julga-se ministra da educação (quas, quas quas quas, quas!!!!!);

- O burro está na Escola Básica a dar aulas de substituição, coitado do burro, é sempre o burro quem paga;

- Nossa Senhora e São José foram chamados à Escola Básica para avaliar o burro, coitado do burro outra vez!;

- A estrelinha de Belém perdeu o brilho porque o Menino Jesus do presépio da Maria fez um xixi de repuxo quando viu o presidente chegar comendo bolo-rei ;

- O Menino Jesus está no Politeama em actividades de enriquecimento curricular e o tribunal de Coimbra ordenou a sua entrega imediata ao pai biológico, mas que pai biológico, que porra é essa?!; antes disso passará um tempo na Casa Pia para se testar se há efectivamente pedofilia por lá e se não estará melhor com o pai biológico (terá acompanhamento médico de um dos arguidos do Processo Casa Pia, por estar mais dentro do assunto e em liberdade);

- A ASAE fechou temporariamente o estábulo pela falta da manjedoura e, sobretudo, até serem corrigidas as péssimas condições higiénicas do estábulo, de acordo com as normas da EU, que faz tudo pelo nosso bem, Amen.

Recebido por mail e geneticamente modificado

Connie cantando Somewhere over the Rainbow

O melhor do mundo são as crianças (Fernando Pessoa)

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Três episódios de apropriação para o bom entendedor

Havia uma rua que era de todos mas de repente veio uma empresa e tomou aquilo ali tudo como sendo seu. Caixas automáticas de pagamento se multiplicaram pelas ruas, como cogumelos. As pessoas iam trabalhar todo o dia e todo o dia passavam a alimentar a máquina de moedas. A empresa usava métodos drásticos de bloqueio invertendo as próprias leis da propriedade privada. A propriedade que era pública passou a ter as apertadas leis da privatização: o usufruto da rua deverá ser pago, eis a sua filosofia. A empresa, agora dona da rua, tem o direito de cobrar e bloquear a viatura alheia como um instrumento mal arrumado do lucro certo da empresa. Ao seu serviço a força da lei que se lhe moldou, legitimando essa empresa de poderes para manipular as viaturas dos infractores, o que lhes sai bem mais caro do que a disciplina da moeda na ranhura todo o dia.

Havia um teatro que era de todos. O teatro deixou de ser de todos e passou a ser propriedade de uma empresa privada. Agora, se as pessoas precisam de usar aquele espaço para organizar um evento, têm que lhe pagar. Havia uma comissão que queria organizar um encontro e um presidente que acedeu em pagar o aluguer do teatro para que o encontro lá se realizasse. Eternamente grata a comissão fez o encontro mas sempre fica alguém pensando se terá havido quem pagasse tal flor. Duas palmadas nas costas foi o mais que lhe terá custado. Porque uma empresa privada há-de sempre ficar grata a quem lhe entregou em mãos o tal teatro. Que par de luvas receberá este Natal para repartir com os pobres e com as instituições sem fins lucrativos. Até quando podemos contar com tais beneméritos?

Havia uma biblioteca que recebeu apoios para fazer um lindo projecto de sonho e de magia. Mas o tempo passou e ninguém se resolvia a pegar no projecto. O tempo urgia porque os subsídios que vêm de fora trazem consigo prazos de cumprimento. Coisa estanha por aqui, essa do cumprimento! Mas eis que de repente alguém se lança na aventura voluntário. Mas vinha mesmo a calhar, como caído do céu e sem custos. O projecto ganhou pernas para andar e fez-se com muito trabalho, muitas noites de pouco dormir e de muito dar ao dedo. No fim estava pronto. Passados tempos, o voluntário deu noutra coisa na vida, era chegada a sua vez de organizar a festa e lembrou-se que a cooperação sempre foi a melhor das ideias. Quis trazer aquela gente para fazer a festa, por momento julgou que vivia no mundo das parcerias e das trocas culturais. Mas tudo custava afinal algum dinheiro e ninguém fazia a festa pelos bonitos olhos das crianças, muito menos dentro desse município. Havia que rentabilizar a formação dada e arregaçada por lufadas frescas de dinheiros vindos do exterior. E, cada um por si, nenhum por todos, agora não havia quem não tivesse o seu preço. Acordou-se no negócio e uns pagaram para os outros. Mas no final não foi isso que ficou a doer mas só aquele esquecimento de ninguém ter reconhecido as voluntárias horas extraordinárias. Nem mesmo quem esteve no barco e que o viu ser posto no mar, passar a tormenta e navegar, trazendo riquezas de páginas vindas da boca de memórias longe. Esse apagamento, e os louros aos que nada fizeram, fazem deste episódio mais uma triste história para contar e desencantar...

quinta-feira, dezembro 06, 2007

Razões do NÃO

ESPANHANÃO AO NOVO TRATADO EUROPEU!

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FRANÇA

Paris, 2 et 3 février 2008

Conférence ouvrière européenne “Non au nouveau traité européen”


La proposition de tenir en février prochain une conférence ou­vrière européenne a été lancée fin septembre par les initiateurs de l’appel « Non au nouveau traité européen ». Il s’agit de réunir, sur la base d’une enquête menée dans tous les pays sur les conséquences de la politique de l’Union europé­enne, des militants ouvriers de toutes tendances qui combattent dans leur pays contre la tentative d’imposer aux peuples un « nouveau » traité européen reprenant et aggravant le projet de « Constitution » européenne rejeté il y a deux ans par les travailleurs et les peuples.  Cet appel a d’ores et déjà été signé par 252 militants ouvriers de 16 pays : Allemagne, Belgique, Danemark, Espagne, France, Grande- Bretagne, Hongrie, Italie, Moldavie, Portugal, République tchè­que, Roumanie, Serbie, Suède, Suisse et Turquie. La conférence ouvrière eu­ropéenne se tiendra à Paris les 2 et 3 février 2008. Un bulletin est publié chaque mois sous la forme d’un numéro spécial de notre publication : Informations internationales. Quatre numéros spéciaux sont déjà parus. On peut se les procurer en s’adressant à notre bulletin ou en prenant contact (voir pages 1 et 8 de ce numéro: INFORMATIONS INTERNATIONALES 4 décembre 2007 N° 264)

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Dinamarca

“Nous exigeons un référendum. Nous voulons voter, et nous voulons voter non !”

Interview de Per Sorensen, membre de la direction nationale du Mouvement populaire contre l’Union européenne

Les 18 et 19 octobre 2007, les gouvernements de l’Union européenne ont adopté à Lisbonne un « nouveau traité européen », qui devrait remplacer la « Constitution » euro­péenne. Quelle est ton ap­préciation de ce traité ?

A mon avis, c’est une grande escroquerie. Déjà, avec la prétendue Constitution européenne, on voulait nous berner. Cette « Constitution » était dirigée contre les travailleurs et les peuples. C’est pourquoi les peuples français et hollandais l’ont nettement rejetée par référendum. Au Danemark, le gouvernement avait paniqué à l’époque et il avait annulé le référendum prévu pour le 5 octobre 2005. Ils avaient peur d’un nouveau désaveu, car ici, au Danemark, nous avons une grande tradition de vote non à l’Union européenne, ses traités et directives.

On nous dit aujourd’hui que ce traité de Lisbonne est « nouveau » ? Mais en réalité, il reprend point par point la

« Constitution » européenne pourtant désavouée. C’est toujours la même chose, dans la pure tradition de tous les traités européens.

Justement, les traités de Rome, de Maastricht, d’Amsterdam, de Nice, et les directives européennes sont tous repris dans le « nouveau traité », la subordination à la Banque centrale européenne et à l’OTAN est encore accentuée. Dans ces conditions, peut-on encore parler de la souveraineté des peuples et des nations ?

Au Danemark, nous avons vu ce que l’Union européenne entendait par démocratie. Les députés danois, tous les partis votent les lois au Parlement. Certes, certes, mais environ 80 % des lois danoises sont directement dictées par l’Union européenne. Les députés se contentent d’acquiescer sans discussion et d’apposer leur signature. Où est la démocratie, où est la souveraineté du peuple danois ? C’est pour cela que nous exigeons un référendum et que nous menons campagne sur l’orientation votée par notre conférence nationale : « Nous voulons voter — et nous voulons voter non ! »

Tu es depuis responsable syndical et membre de la commission syndicale du Mouvement populaire contre l’Union européenne. A ton avis, où en est-on concernant l’indépendance des syndicats face aux gouvernements et à l’Union européenne ?

La pression est énorme, et cela va de plus en plus mal pour les syndicats au Danemark.

Même le président de la confédération LO, qui — à mon goût —, dans le passé, n’avait pourtant pas toujours pris les distances nécessaires avec l’Union européenne menace maintenant de tout reconsidérer si l’on touche aux syndicats. On verra bien… J’ai l’impression que la situation est semblable ailleurs. Le problème central, ce sont les directives européennes. Par exemple, au nom de la « liberté de circulation de la main-d’œuvre » dans l’Union européenne, on veut casser nos acquis et nos conventions collectives. Nous ne sommes pas contre la venue des travailleurs d’autres pays, mais il faut appliquer strictement les conventions collectives et les salaires négociés ici, au Danemark. Et il faut strictement contrôler cela. Ce ne sont ni le gouvernement ni les patrons qui vont le faire, au contraire. C’est aux syndicats, qui organisent près de 90 % de travailleurs dans notre pays, qu’il revient d’imposer un contrôle usine par usine, chantier par chantier.

Le Mouvement populaire contre l’Union européenne mène donc campagne pour un référendum contre le « nouveau traité ». Peux-tu nous parler de vos activités ?

Au Danemark nous avons voté six fois contre l’Union européenne. Et dans les entreprises, dans les quartiers, cette volonté est intacte. C’est pour cela que notre conférence nationale, qui se tenait les 27 et 28 octobre à Copenhague, a voté une motion intitulée « Nous voulons voter — et nous voulons voter non ! ». Avec d’autres, nous avons recueilli plus de 100 000 signatures pour exiger un référendum. Lors des élections législatives, le 13 novembre, nous nous sommes adressés aux candidats pour leur dire : « Prononcez-vous pour un référendum, prononcez-vous pour le non ! » Plus de 25 candidats ont répondu positivement. Nous rencontrons un écho très positif dans les stands que nous organisons partout.

La commission syndicale du Mouvement populaire contre l’Union européenne a soutenu l’appel européen contre le « nouveau traité » et participera à la conférence européenne des 2 et 3 février, à Paris.

Quelles sont vos motivations ?

Pour nous, c’est clair : nous avons besoin d’un échange entre syndicalistes dans toute l’Europe, et d’ailleurs pas seulement dans l’Union européenne. L’Europe, ce n’est pas l’Union européenne. Nous devons discuter ensemble : comment construire l’unité pour combattre l’Union européenne et le « nouveau traité » ? A mon avis, il faut se débarrasser de l’Union européenne. Il faut reconquérir la souveraineté et la liberté pour tous les peuples d’Europe. Libérés de l’Union européenne, les peuples d’Europe peuvent organiser une collaboration fraternelle. L’Union européenne, c’est un carcan des peuples, antidémocratique, antipopulaire, anti-ouvrier. Contrairement à ce que disent certains, on ne peut pas remodeler ou réformer l’Union européenne.

Nous serons à la conférence à Paris parce que nous considérons que le mouvement ouvrier doit jouer un rôle central dans cette bataille pour la démocratie et pour la souveraineté des peuples.

Correspondant.



A União faz a Força

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