Músicas dançáveis da minha juventude (6)
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Auto-avaliação do desempenho
Apenas uma pergunta...
É em situações extremas que conhecemos as nossas próprias fraquezas.
Apenas uma pergunta em que te é pedido que respondas com sinceridade, e poderás auto-avaliar os teus princípios morais.
Trata-se de uma situação imaginária, porém deves decidir o que farias.
Estás em plena baixa de Lisboa, no meio do caos causado pelas cheias que
ocorrem em épocas de chuvas mais intensas. Tens a tua máquina fotográfica,
trabalhas para a "Time" e estás a tirar as fotos de maior impacto.
De repente, vês José Sócrates num carro, lutando desesperadamente para não ser arrastado pela corrente, entre destroços e lodo... No entanto, ele acaba por ser arrastado e tens a oportunidade de o resgatar, ou de tirares
a fotografia vencedora do Prémio Pulitzer, que te traria a fama e o reconhecimento mundial por mostrar a morte de tal personagem...
Com base nos teus princípios éticos e morais, responde sinceramente:
.
.
Qual facilitismo, qual quê!
------------------------------
QUESTÃO PROPOSTA:
6 + 7 =
------------------------------
RESULTADO APRESENTADO PELO ALUNO:
6 + 7 = 18
------------------------------
ANÁLISE E AVALIAÇÃO DO PROFESSOR
ANÁLISE:
A grafia do número 6 está absolutamente correcta; O mesmo se pode concluir
quanto ao número 7;
O sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;
Quanto ao resultado, verifica-se que o primeiro algarismo (1) está
correctamente escrito e corresponde de facto ao primeiro algarismo da soma
pedida.
O segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito
simetricamente - repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical!
Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos. A
sua intenção era, portanto, boa.
AVALIAÇÃO:
Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que:
A atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
Os procedimentos estão correctamente encadeados: os elementos estão
dispostos pela ordem precisa.
Nos conceitos, só se enganou (?) num dos seis elementos que formam o
exercício, o que é perfeitamente negligenciável.
Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a
proposta de resolução outros conceitos estudados - as simetrias - realçando
as conexões matemáticas que sempre coexistem em qualquer exercício...
Em consequência, podemos atribuir-lhe um "EXCELENTE" e afirmar que o aluno
"PROGRIDE ADEQUADAMENTE"
(recebido por mail)
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Dia dedicado à educação...
Tenho tanto receio de quem se diz "representante dos pais". Hoje comprei um livro, cujo título vai mal-impressionar muito boa gente: Pais Contra Professores, de Maurice T. Maschino. É muito útil, porque começa logo por definir gente da laia do Albino Almeida, para quem ainda não está advertido contra esta praga de malfeitores que se apossaram de uma estrutura democrática como era a CONFAP: «A escola será doravante um lugar em que são os pais a fazer a lei? Na maioria dos casos, sem dúvida não, mesmo que muitos deles, no ambiente actual, se sintam cada vez mais tentados a intervir ao arrepio de quaisquer normas, e de forma anárquica. O que seria certamente desagradável, e perfeitamente inadmissível, mas não traria grandes danos à instituição, se estas reacções individuais não fossem encorajadas, retomadas e amplificadas por grupos que se arrogam o direito de falar e de agir em nome de todas as famílias. Esta impostura -- de que a maioria dos pais nem sequer suspeita, mas que os poderes públicos encorajam -- contribui em grande medida para desqualificar a escola enquanto lugar de estudo e de aprendizagem de saberes. Na verdade é um abuso de linguagem falar dos pais. E abuso de poder ao pretender manifestar-se em seu nome."
Confesso que mais lá para a tarde só me apetecia ser feliz. Por isso lá fui eu participar num colóquio sob o tema "Educação para a felicidade" e não é que lá fui encontrar uma sala cheia de professores, perdão, professoras, que a quota masculina só se reduzia a um -- será que os homens não acreditam na felicidade? E os professores ainda acreditam ou são levados a acreditar? Pensei: bela acção esta, mesmo a propósito, logo no dia a seguir à entrevista da ministra... vamos lá a contar as boas experiências, ajustemos o foco de mineiro e iluminemos apenas o que bem que queremos ver. Mas não será uma visão tubular, redutora? E o que está mesmo mal? Não nos devemos centrar no que está mal, devemos pensar no que está pior para nos sentirmos felizes com o mal que temos. Aleluia, meu irmão. Até havia umas rezas para o dia a dia ( e contra a ministra, nada?). No final terapia do riso para aliviar tensões e partir para casa bem disposto, expurgado de todo o mal, pronto para enfrentar a burocracia da escola com um sorriso nos lábios (Sorria, está a ser avaliado!). Mas quem disse que queremos nos livrar das tensões agora? Para isso já bastam certas manifestações que só servem para tirar a pressão da panela... Vim embora antes da terapia: agora queremos estar em tensão, reunir toda a tensão para gritar bem alto, unidos, nas manifestações que aí vêm e não deixar que a pressão se escape da panela. Cerrar fileiras e só parar depois da retirada absoluta das políticas educativas mais absurdas que o capitalismo internacional em desespero alguma vez forjou. Não queremos esta ministra porque não queremos estas políticas porque não queremos obedecer aos prazos da união europeia para destruir a escola pública, porque não queremos este sistema. Cumprir é pactuar com a estratégia internacional capitalista de destruir a escola pública. Portugal romper com esse sistema: isso sim me deixaria muito feliz, senhores psicólogos educacionais.
À noite, reunião política, para discutir... política e educação, pois, meus caros amigos, quer queiramos quer não isto anda tudo ligado.
terça-feira, fevereiro 26, 2008
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
domingo, fevereiro 24, 2008
Rifão Quotidiano
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece
Mário-Henrique Leiria
Resposta tardia ao desafio musical das 6 músicas "dançáveis" da minha juventude
Por isso não dá para ficar muito tempo sentada diante de um blogue. Há certos momentos em que parece que se dá uma espécie de contágio e começa tudo a mexer-se. Está a acontecer com os professores, com os pais e pode ser que vá por aí fora e ninguém mais consiga deter o processo.
A partir de hoje, durante seis dias vou postar os videos de algumas das músicas dançáveis dos "bons velhos tempos", assim eu os encontre no YOUTUBE.
E a ideia até me deixou com a vontade aguçada para ir uma noite destas dar um pézinho de dança ao velhos Jamaica, onde ainda se pode dançar as mesmas músicas que por lá se dançavam há... 20 anos atrás (chiça!) e também apreciar uma boa cigarrada sem ser incomodado pelos fundamentalistas da vida saudável (uma maioria de iludidos, daqueles que querem morrer cheios de saúde!).
Toca a mexer!
sábado, fevereiro 23, 2008
23 FEVEREIRO Três eventos, uma mesma atitude: Defender a Escola Pública
- Movimento Professores Revoltados & Professores em Luta Caldas da Rainha (link)
- Grande Reunião Cívica do Movimento Cívico em Defesa da Escola Pública e da Dignidade da Docência Leiria (link)
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Este desafio... é música para os meus ouvidos:
A pedido da Renda de Bilros…
Mas às vezes dou por mim a saber de cor e a cantar as músicas que a minha filha (pré-adolescente) ouve na Rádio Cidade, algumas, muito poucas (aqui para nós: quase nenhumas!). Por isso volto sempre às MINHAS músicas:
Passo o desafio aos autores dos seguintes blogues:
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Inventário Marítimo
Inventário Marítimo
(Letra JP Simões, música Sérgio Costa)
E depois da cheia...
Comecei a ver o programa em estreia da Maria Elisa Depois do Adeus. Era sobre as cheias que ocorreram em Portugal em 1967, 1983 e a outra mais recente, parece que ocorrida em 2006, se não estou em erro. Das de 1983 lembro-me eu bem, guardo a imagem da estação de comboios de Algés repleta de água e da aventura de ter que pernoitar em casa de amigos, vendo os rios de água correndo na direcção do Tejo.
Às tantas Helena Roseta chamou a atenção para a questão de se continuar a construir subterraneamente em Lisboa e do que isso revela em termos da mais completa falta de bom senso. Exactamente o que já várias vezes eu disse a algumas pessoas: é completamente irresponsável construir para baixo em Lisboa, não só devido ao elevado risco sísmico mas também porque Lisboa está sujeita à subida do Tejo e construída sobre cursos de água que deviam poder fluir naturalmente consoante as marés e as subidas e descidas do Tejo, além de já ter sido vítima de um tsunami no terramoto de 1755.
Entretanto as nossas sumidades da arquitectura, engenharia e construção, na sua hybris modernaça, aliada à raçuda esperteza saloia, consideram-se pertencentes à primeira raça de imortais, desafiando as forças da Natureza e ignorando as lições da História.
Uma vez levaram-me ao Parque de Estacionamento do Largo do Camões: cinco andares sempre a descer por ali abaixo em curvas apertadas por entre betão já riscado pelas arranhadelas dos hábeis automobilistas, tal é a estreiteza. Obra certamente inspirada por igual estreiteza de ideias ou então talvez pelas habituais "razões económicas", que geralmente se traduzem em fazer as obras mais baratas para as declarar muito para além do orçamento inicial e, meter o dinheiro ao bolso de toda uma corja de patos bravos, engenheiros, arquitectos, fiscais e outros bandidos que tais. Se um dia há qualquer coisa, nem precisa de ser tão grande como outras que já aconteceram, aquilo em segundos converte-se numa tumba de betão e chapa. Nunca mais lá voltei, nem tenciono. E este é apenas um exemplo.
Não é que tenha medo da morte, embora uma morte macaca dessas não convenha a ninguém. Tenho é muito medo da estupidez que é causa da perda e da desgraça alheia. E a estupidez, no tempo de Salazar como no de Sócrates, continua protegida e reinante no nosso país!
Capitalismo: Perguntas de um Trabalhador que Lê
PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ
Quem construiu a Tebas de sete portas?
Nos livros estão nomes de reis.
Arrastaram eles os blocos de pedra?
E a Babilónia varias vezes destruída--
Quem a reconstruiu tanta vezes? Em que casas
Da Lima dourada moravam os construtores?
Para onde foram os pedreiros, na noite em que
a Muralha da China ficou pronta?
A grande Roma esta cheia de arcos do triunfo
Quem os ergueu? Sobre quem
Triunfaram os Cesares? A decantada Bizâncio
Tinha somente palácios para os seus habitantes? Mesmo
na lendária Atlântida
Os que se afogavam gritaram por seus escravos
Na noite em que o mar a tragou.
O jovem Alexandre conquistou a Índia.
Sozinho?
César bateu os gauleses.
Não levava sequer um cozinheiro?
Filipe da Espanha chorou, quando sua Armada
Naufragou. Ninguém mais chorou?
Frederico II venceu a Guerra dos Sete Anos.
Quem venceu além dele?
Cada página uma vitória.
Quem cozinhava o banquete?
A cada dez anos um grande Homem.
Quem pagava a conta?
Tantas histórias.
Tantas questões.
Bertold Brecht
Dificuldade de Governar
1.
Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.
E também difícil, ao que nos é dito,
Dirigir uma fábrica. Sem o patrão
As paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
Ele nunca chegaria ao campo sem
As palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem,
De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que
Seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.
Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
Não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.
Ou será que
Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
São coisas que custam a aprender?
domingo, fevereiro 17, 2008
Referendar o Tratado na Irlanda vai ser PIM PAM PUM!
«Salvo alguma alteração, que não posso prever de momento, estamos a falar do final de Maio ou até meados de Junho, antes do início da época de férias», disse Ahern à televisão irlandesa RTE.
O primeiro-ministro irlandês, cujo país deverá ser o único dos 27 a referendar o chamado Tratado de Lisboa, disse que marcará a data assim que ficar esclarecido se a consulta será exclusivamente sobre o tratado.
Esta questão tem sido polémica na Irlanda, depois de o governo ter informado que estava a avaliar a possibilidade de referendar o tratado em simultâneo com a primeira de duas consultas populares sobre direitos das crianças.
A hipótese foi rejeitada por várias organizações de defesa dos direitos das crianças e pela própria Provedora da Criança, Emily Logan, que pediram a junção dos dois referendos sobre a infância numa única data e o referendo ao Tratado noutra.
Segundo analistas, a ideia de juntar crianças com Tratado visa aumentar o número de votantes para assegurar uma validação do referendo ao Tratado de Lisboa, num país em que os eleitores rejeitaram em 2001 o Tratado de Nice, actualmente em vigor, num primeiro referendo, vindo a alterar a sua posição numa segunda consulta.
O Tratado reformador da União Europeia (UE), assinado pelos líderes europeus a 13 de Dezembro em Lisboa, deverá ser ratificado por via parlamentar por todos os Estados-membros, à excepção da Irlanda, cuja Constituição impõe o referendo.
Até agora, o Tratado de Lisboa, que visa melhorar o funcionamento da UE e reforçar o seu peso político no mundo, já foi ratificado em cinco países, por via parlamentar: Hungria, Eslovénia, Roménia, Malta e França.
12-02-2008 18:14:00
OS SOCIALICIDAS
«Vai por aí algum alvoroço com as declarações de Manuel Alegre sobre as derivas do PS. O PS já nasceu com derivas: basta atentar nos seus fundadores. Provinham, quase todos, do antifascismo, mas ética e ideologicamente eram diferentes. De católicos "progressistas" a ex-comunistas, até republicanos de traça jacobina, o PS foi, quase, um trâmite freudiano de adolescentes contra os pais. O que os impediu de compreender as mitologias da social-democracia, esta mesma diversamente interpretada e opostamente aplicada nos países escandinavos. Provinham de uma leitura catequista do marxismo, caldeada na experiência da República de Weimar. Quando, no PREC, se gritava: "Partido Socialista, partido marxista!" - a exclamação estava a mais. A interrogação seria mais apropriada. O estribilho ficou mudo, quando Willy Brandt mandou dizer que as estentóricas frases eram estranhas à teologia do "socialismo democrático". Por essa época, Manuel Alegre, numa entrevista que lhe fiz, disse, dramático, que "a social-democracia era a grande gestora do capitalismo". Goste-se ou não dele, a verdade é que nunca foi ambidextro na forma de protestar. Na realidade, há muitíssimo poucos socialistas no PS; no Governo, parece-me que nenhum. Observo aquelas figuras, marcadas por uma espécie de misticismo barroco, e pergunto-me: que tem feito pelo País esta gente de manejos burocráticos e de cerviz dobrada ante o Príncipe? Nada. Pior: tem cometido o mais condenável de todos os crimes - o socialicídio. Não é de agora, o delito. Com José Sócrates, socialista de ocasião, propagandeou-se a "esquerda moderna" como justificação de todas as malfeitorias ideológicas, sociais, morais e éticas. Mas ele resulta de uma génese política malformada. As "tendências" no PS, desenvolvem-se, exclusivamente, com palavras e frases protocolares. E os poucos que pertencem a uma genealogia oposta são marginalizados ou tidos como anacronismos. Há, nesta gente, falta de garra, de honra, de competência, de credibilidade, de integridade, de vergonha. Trabalhadores precários: 1 700 000. População empregada: 5,2 milhões de pessoas. Desempregada: cerca de meio milhão. Dois milhões de portugueses na faixa da pobreza. São conhecidos os vencimentos escandalosos, as mordomias, as pensões de reforma não apenas no "privado" como no "público". O regabofe na sociedade portuguesa é mais do que revoltante. O PS é uma desgraça. O Governo "socialista" uma miséria. E ambos têm de saciar imensos e sôfregos apetites. Manuel Alegre repetiu o que se sabe - e que só o não sabe quem o não quer saber. Afinal, pouco se ambiciona do PS: apenas um bocadinho de socialismo.»
escritor e jornalista
sábado, fevereiro 16, 2008
Des(informação) em Directo: Uma bota e três capachos
Todas as semanas, a SIC Notícias mostra o que vai ser a edição semanal do Expresso. A excelência do jornalismo, em antecipação, com Ricardo Costa, Nicolau Santos e alguns convidados semanais.
Imagem (genericamente modificada) retirada do Kaos (ler texto)
Além disso o Albino veio reafirmar que o que os pais querem é ver resultados: os alunos mesmo maus devem ter a oportunidade do sucesso. Diz o próprio Albino que os professores estão afogados em trabalho e por isso podem muito bem deixar para os pais essa tarefa de avaliar os alunos. É que, segundo o Albino há esta incompatibilidade de os professores verem alunos onde os pais vêm filhos. Por isso é tão importante serem estes a garantirem-lhes o sucesso, participando activamente na avaliação, ou seja, dê lá por onde der os filhos têm é que passar de ano, sejam bons ou maus alunos, para tal bastará que os pais tomem os órgãos de decisão da escola de assalto.
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Euro-marionettes de Bilderberg ou a ditadura do défice
Sarkozy I: Ditador do "Tratado de Lisboa"
PETIÇÃO PELO REFERENDO AO TRATADO DE LISBOA
Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República
A nós, portugueses, foi prometida informação, esclarecimento e possibilidade de escolha. Foi prometido no programa eleitoral do Partido Socialista e solenemente reiterado no Programa de Governo. E o prometido é devido!
Os portugueses têm o direito a conhecer e a escolher o que determina as decisões fundamentais. Aquelas que têm a ver com a política monetária, com implicações no emprego e nas políticas orçamentais, com a protecção ambiental e a identidade marítima do país, com soluções de paz para conflitos internacionais.
Queremos que se cumpra a promessa do referendo e que cada eleitor exerça o seu direito democrático de dizer sim ou não.
Assim, cumprindo os preceitos constantes da Lei Orgânica do Regime do Referendo, Lei 15-A/98 de 3 de Abril, propomos a realização de um referendo sobre algumas das matérias fundamentais do Tratado de Lisboa com as seguintes três perguntas:
1.Concorda que a gestão dos recursos biológicos do mar seja uma competência exclusiva da União Europeia?
2.Concorda que o Parlamento Europeu não possua nenhum mecanismo de tutela sobre o Banco Central Europeu (BCE), de forma a influenciar a condução da sua política monetária?
3.Concorda que os Estados-membros reforcem progressivamente as suas capacidades militares, no âmbito dos compromissos com a NATO?
Assine a petição aqui
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Poemas de Amor Cativantes IV
Estrela da Tarde
Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!
José Carlos Ary dos Santos
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
terça-feira, fevereiro 12, 2008
In memoriam... Valter Lemos por António Barreto
Um naco de prosa
«O Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 44/2004, de 25 de Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, rectificado pela Declaração de Rectificação nº 23/2006, de 7 de Abril, e pelo Decreto-Lei n.º 272/2007, de 26 de Julho, assenta num princípio estruturante que se traduz na flexibilidade de escolha do percurso formativo do aluno e que se consubstancia na possibilidade de organizar de forma diversificada o percurso individual de formação em cada curso e na possibilidade de o aluno reorientar o próprio trajecto formativo entre os diferentes cursos de nível secundário. Assim, o Despacho n.º 14387/2004 (2.ª Série), de 20 de Julho, veio estabelecer um conjunto de orientações sobre o processo de reorientação do percurso escolar do aluno, visando a mudança de curso entre os cursos criados ao abrigo do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, mediante recurso ao regime de permeabilidade ou ao regime de equivalência entre as disciplinas que integram os planos de estudos do curso de origem e as do curso de destino, prevendo que a atribuição de equivalências seria, posteriormente, objecto de regulamentação de acordo com tabela a aprovar por despacho ministerial. Neste sentido, o Despacho n.º 22796/2005 (2.ª Série), de 4 de Novembro, veio concretizar a atribuição de equivalências entre disciplinas dos cursos científico-humanísticos, tecnológicos e artísticos especializados no domínio das artes visuais e dos audiovisuais, do ensino secundário em regime diurno, através da tabela constante do anexo a esse diploma, não tendo, no entanto, abrangido os restantes cursos criados ao abrigo do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março. A existência de constrangimentos na operacionalização do regime de permeabilidade estabelecido pelo Despacho n.º 14387/2004 (2.ª Série), de 20 de Julho, bem como os ajustamentos de natureza curricular efectuados nos cursos científico-humanísticos criados ao abrigo do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, implicaram a necessidade de se proceder ao reajuste do processo de reorientação do percurso escolar do aluno no âmbito dos cursos criados ao abrigo do mencionado Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março. Desta forma, o presente diploma regulamenta o processo de reorientação do percurso formativo dos alunos entre os cursos científico-humanísticos, tecnológicos, artísticos especializados no domínio das artes visuais e dos audiovisuais, incluindo os do ensino recorrente, profissionais e ainda os cursos de educação e formação, quer os cursos conferentes de uma certificação de nível secundário de educação quer os que actualmente constituem uma via de acesso aos primeiros, criados ao abrigo do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 44/2004, de 25 de Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 23/2006, de 7 de Abril, e pelo Decreto-Lei n.º 272/2007, de 26 de Julho, e regulamentados, respectivamente, pelas Portarias n.º 550-D/2004, de 22 de Maio, alterada pela Portaria n.º 259/2006, de 14 de Março, n.º 550-A/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 260/2006, de 14 de Março, n.º 550-B/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 780/2006, de 9 de Agosto, n.º 550-E/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 781/2006, de 9 de Agosto, n.º 550-C/2004, de 21 de Maio, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º 797/2006, de 10 de Agosto, e pelo Despacho Conjunto n.º 453/2004, de 27 de Julho, rectificado pela Rectificação n.º 1673/2004, de 7 de Setembro. Assim, nos termos da alínea c) do artigo 4.º e do artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 44/2004, de 25 de Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 24/2006, de 6 de Fevereiro, rectificado pela Declaração de Rectificação nº 23/2006, de 7 de Abril, e pelo Decreto-Lei n.º 272/2007, de 26 de Julho, determino: (…)»
O que se segue é indiferente. São onze páginas do mesmo teor. Uma linguagem obscura e burocrática, ao serviço da megalomania centralizadora. Uma obsessão normativa e regulamentadora, na origem de um afã legislativo doentio. Notem-se as correcções, alterações e rectificações sucessivas. Medite-se na forma mental, na ideologia e no pensamento que inspiram este despacho. Será fácil compreender as razões pelas quais chegámos onde chegámos. E também por que, assim, nunca sairemos de onde estamos.
"Ilegal" devia ser considerado o Valter Lemos
«Amigos,
Enviei o texto que se segue para o Público e escrevi uma carta para o Expresso. Como não sei se vão publicar, gostaria que divulgassem o texto pelos V. conhecidos. Através da net poderei alertar o máximo número de pessoas para o que se está a passar com a reforma da música.
Rosário, mãe de um aluno da EMCN (Escola de Música do Conservatório Nacional) de Lisboa
TEXTO
Não percebo porque se deseja reformar o que funciona bem. A EMCN de Lisboa tem um Projecto de Escola verdadeiramente fabuloso com excelentes professores e com três regimes de frequência que possibilitam às famílias a melhor escolha consoante as suas necessidades. O ensino integrado pugnado pelo ME vai obrigar o meu filho a abandonar o agrupamento de escolas da sua residência, onde se encontra matriculado desde os seis anos (1º ano do 1º Ciclo).
Por que é que o ME não apoia as boas práticas da EMCN de Lisboa e não as estende ao país? Por que é que o ME não está orgulhoso da EMCN de Lisboa, dos seus professores e dos seus alunos?
A idade para iniciar a aprendizagem de um instrumento depende do tipo de instrumento; assim, nos arcos e piano deve começar-se o mais cedo possível – 4, 5, 6 anos no máximo. Nesta perspectiva e apresentando um projecto inovador, a EMCN de Lisboa levou para a frente as iniciações e a criação de pólos em zonas limítrofes de Lisboa para dar apoio às famílias, que desejavam que os seus filhos pequenos estudassem um instrumento e não tinham possibilidade de os trazer a Lisboa; foi, também, uma forma de alargar o ensino de instrumentos a um público mais vasto. Um governo (que não sei qual foi) apoiou a medida e legislou a existência das iniciações, que o Senhor Secretário de Estado, Valter Lemos, na reunião que teve no passado dia oito do presente mês com os professores, funcionários e pais de alunos da EMCN de Lisboa, designou de ilegal.
Este ME baseia-se na LBSE para querer implementar o regime integrado como o único regime de frequência. Os outros governos anteriores, mesmo socialistas, nunca puseram em prática esta parte da legislação porque penalizaria enormemente os alunos e as suas famílias – há alunos que vêm de Torres Vedras, Alenquer, Barreiro, Setúbal, Amadora, Sintra que só podem frequentar o regime supletivo ou o articulado, que são os que lhes permitem estar na escola/agrupamento da sua residência, levantarem-se a horas decentes, terem aulas e depois, geralmente, da parte da tarde, deslocarem-se para a EMCN de Lisboa, onde têm em dois ou três dias aulas de instrumento, formação musical, coro, expressão dramática, etc. Se este governo apostar no regime integrado estes alunos vão, concerteza, abandonar a música (provavelmente vamos perder futuros "Viana da Mota", "Maria José Falcão", "Maria João Pires", "Pedro Burmester" e muitos outros), porque não há um pai ou mãe que deseje que o seu filho acorde às cinco da madrugada para vir para Lisboa! Será isto uma opção democrática? Será isto a igualdade de oportunidades para todos?
Rosário Rodrigues Leal
(recebido por mail)
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
A Malta das Cantigas
Assim termina este pequeno livro de José Jorge Letria, Zeca Afonso e a Malta das Cantigas, da Terramar (2004), escrito em 2002. Embora tenha apenas 70 e poucas páginas e se leia rapidamente, ele é um "testemunho vivo de um tempo em que Portugal e os Portugueses viviam privados das liberdades fundamentais". José Jorge Letria não só viveu nesse tempo como foi um dos da "malta das cantigas". Aconselho vivamente a sua leitura e a sua divulgação junto das novas gerações, nas escolas e aos nossos filhos pois bem precisados estão de ouvir estas experiências que temos a responsabilidade de lhes transmitir.
Barbara - Le soleil noir
Altas horas, véspera de segunda-feira e eu a ouvir a Barbara... c'est le desespoir!
domingo, fevereiro 10, 2008
Ameaças temíveis. Ai que medo!
"Se tiver que trocar algumas 'estrelas' vou fazê-lo"
Luiz Felipe Scolari (Expresso, 10/02/2008)
Manuel Alegre avisa
"Não me desafiem para coisas que é perigoso desafiarem-me"
(Expresso, 10/02/2008)