PAGAN - Plataforma Anti-guerra, Anti-NATO
Comunicado de imprensa – Um ano depois da acção criminosa de Israel sobre Gaza
Um ano depois da acção criminosa de Israel sobre Gaza
COMUNICADO
No dia 27 de Dezembro cumpre-se um ano sobre a invasão de Gaza por Israel. Apesar de os palestinianos não possuirem forças armadas, Israel utilizou todo o seu poder de fogo para arrasar as infraestruturas civis de Gaza: redes de distribuição de água, electricidade e saneamento, vias de comunicação, escolas, creches, hospitais, muitos milhares de residências e centenas de prédios públicos.
De finais de Dezembro de
A actuação de Israel é um crime de genocídio, prolongado diariamente em toda a Palestina não ocupada, com acções como a expropriação de terras e recursos, destruição de casas, bloqueios à circulação, entre outros.
Este e outros crimes contra o povo palestiniano têm a conivência do presidente dos EUA, país que subsidia Israel com uma média de $3000 milhões todos os anos, e da UE, que lhe dá o apoio político, económico a até militar (foi a França que ajudou Israel na constiuição de um arsenal nuclear, não assumido, de 150 bombas), a mesma UE que, hipocritamente, fornece apoio financeiro para a reconstrução e sobrevivência do povo palestiniano.
O governo português, através da empresa pública EPAL, celebrou com a empresa israelita Mekorot – especializada na rapina do acesso à água dos palestinianos – um acordo que visa elaborar um plano de protecção do sistema de abastecimento de águas da EPAL face a tentativas terroristas. Isto provém da mesma EPAL que diariamente perde parte substancial da água que circula em condutas rotas e sem reparação.
A NATO, peça fulcral do dispositivo militar estratégico ocidental e principal causador de guerra no mundo, tem em Israel um aliado incondicional, um suporte agressivo e incentivador das acções de guerra no Médio Oriente e no Índico que já estão em curso – Afeganistão, Iraque, Paquistão, Somália – e que se poderá estender também ao Irão.
A PAGAN – Plataforma Anti-Guerra e Anti-NATO, envolvida na rede de organizações de 17 países que desenvolve a campanha «No to War, no to NATO», estará presente na concentração de dia 27 de Dezembro junto à embaixada de Israel para recordar à opinião pública portuguesa e mundial o papel que os EUA e os países da UE, incluindo o governo português, na ajuda diplomática, económica e militar que têm dado às acções criminosas do Estado de Israel e de suas forças militares e policiais.
A PAGAN reafirma a sua determinação na defesa do direito do povo da Palestina a viver em paz e segurança, na sua terra, tal como o desejam os restantes povos da região.
Não basta porém declarar a solidariedade com o povo palestiniano oprimido:
- é necessário reforçar a campanha pública de denúncia das políticas militaristas e xenófobas que comandam Israel;
- é necessário exigir a libertação imediata dos milhares de presos políticos palestinianos aprisionados em Israel;
- é necessário o boicote ao Estado de Israel, nos planos comercial, cultural, político e diplomático, com participação de toda a sociedade civil, das associações, dos sindicatos, de colectivos diversos e de todas as organizações políticas internacionalistas,
para que os direitos individuais e colectivos dos palestinianos sejam respeitados.
Lisboa, 22 de Dezembro 2009