domingo, dezembro 27, 2009

Comunicado de imprensa da PAGAN

antinatoportugal@gmail.com

PAGAN - Plataforma Anti-guerra, Anti-NATO

Comunicado de imprensa – Um ano depois da acção criminosa de Israel sobre Gaza

Um ano depois da acção criminosa de Israel sobre Gaza

COMUNICADO

No dia 27 de Dezembro cumpre-se um ano sobre a invasão de Gaza por Israel. Apesar de os palestinianos não possuirem forças armadas, Israel utilizou todo o seu poder de fogo para arrasar as infraestruturas civis de Gaza: redes de distribuição de água, electricidade e saneamento, vias de comunicação, escolas, creches, hospitais, muitos milhares de residências e centenas de prédios públicos.

De finais de Dezembro de 2008 a princípios de Janeiro de 2009, a população de Gaza, uma das áreas de maior densidade populacional do mundo, sofreu um dos maiores ataques militares desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Para além dos ataques militares, Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária neste território.

A actuação de Israel é um crime de genocídio, prolongado diariamente em toda a Palestina não ocupada, com acções como a expropriação de terras e recursos, destruição de casas, bloqueios à circulação, entre outros.

Este e outros crimes contra o povo palestiniano têm a conivência do presidente dos EUA, país que subsidia Israel com uma média de $3000 milhões todos os anos, e da UE, que lhe dá o apoio político, económico a até militar (foi a França que ajudou Israel na constiuição de um arsenal nuclear, não assumido, de 150 bombas), a mesma UE que, hipocritamente, fornece apoio financeiro para a reconstrução e sobrevivência do povo palestiniano.

O governo português, através da empresa pública EPAL, celebrou com a empresa israelita Mekorot – especializada na rapina do acesso à água dos palestinianos – um acordo que visa elaborar um plano de protecção do sistema de abastecimento de águas da EPAL face a tentativas terroristas. Isto provém da mesma EPAL que diariamente perde parte substancial da água que circula em condutas rotas e sem reparação.

A NATO, peça fulcral do dispositivo militar estratégico ocidental e principal causador de guerra no mundo, tem em Israel um aliado incondicional, um suporte agressivo e incentivador das acções de guerra no Médio Oriente e no Índico que já estão em curso – Afeganistão, Iraque, Paquistão, Somália – e que se poderá estender também ao Irão.

A PAGAN – Plataforma Anti-Guerra e Anti-NATO, envolvida na rede de organizações de 17 países que desenvolve a campanha «No to War, no to NATO», estará presente na concentração de dia 27 de Dezembro junto à embaixada de Israel para recordar à opinião pública portuguesa e mundial o papel que os EUA e os países da UE, incluindo o governo português, na ajuda diplomática, económica e militar que têm dado às acções criminosas do Estado de Israel e de suas forças militares e policiais.

A PAGAN reafirma a sua determinação na defesa do direito do povo da Palestina a viver em paz e segurança, na sua terra, tal como o desejam os restantes povos da região.

Não basta porém declarar a solidariedade com o povo palestiniano oprimido:

  • é necessário reforçar a campanha pública de denúncia das políticas militaristas e xenófobas que comandam Israel;
  • é necessário exigir a libertação imediata dos milhares de presos políticos palestinianos aprisionados em Israel;
  • é necessário o boicote ao Estado de Israel, nos planos comercial, cultural, político e diplomático, com participação de toda a sociedade civil, das associações, dos sindicatos, de colectivos diversos e de todas as organizações políticas internacionalistas,

para que os direitos individuais e colectivos dos palestinianos sejam respeitados.

Lisboa, 22 de Dezembro 2009

http://antinatoportugal.wordpress.com/2009/12/22/comunicado-de-imprensa-um-ano-depois-da-accao-criminosa-de-israel-sobre-gaza/

quinta-feira, dezembro 24, 2009

Desejo-vos um Feliz Natal...

Desenho da Daniela, neta de um querido amigo do Pafúncio
que tão gentilmente me enviou este desenho



O Pafúncio deseja a todos quantos ainda vêm aqui bater a esta porta umas

BOAS FESTAS

&

FELIZ ANO NOVO



domingo, novembro 29, 2009

O Pafúncio apoia a PAGAN na causa anti-guerra, anti-NATO


Afinal quem é favorável à guerra? Ninguém é a favor da guerra!

A PAGAN – Plataforma Anti-Guerra, Anti-NATO convida os autores de blogues a visitar o nosso blogue, a fim de conhecerem os objectivos anti-militaristas que movem esta plataforma e a tomarem parte activa nesta campanha, integrando e participando nas acções desenvolvidas.

Caso estejam de acordo com esta causa anti-militarista, podem enviar o vosso contacto e o vosso acordo para o nosso mail

antinatoportugal@gmail.com

ou deixando um comentário neste post com o link do blogue apoiante.

O blogue ANTI-GUERRA, ANTI-NATO passa então a integrar um link para o vosso blogue e este poderá exibir o logo da PAGAN e o nosso link no banner.

Os objectivos programáticos e plano de actividades — serão discutidos na nossa próxima Assembleia, na qual vos convidamos desde já a participar (por favor deixem um comentário caso tenham interesse em estar presentes):

Assembleia PAGAN
1º de Dezembro 2009, com início às 15 h. no Ateneu Libertário de Lisboa,
R. do Salitre, 139 1º Lisboa

Metro: Rato ou Avenida

Saudações anti-militaristas,

PAGAN – Blogue ANTI-GUERRA, ANTINATO

(para mais informações: Contacto: 967636341)


terça-feira, novembro 03, 2009

Ser ou não ser Gripe A, eis a questão que parece pouco importar


Imagem daqui

Tenho o meu filho em casa com gripe. Não sei que gripe ele tem porque a coisa se passou assim, como vou contar para que não se possa pensar que o plano de contingência está a ser bem sucedido, como querem fazer crer.
Ontem, logo de manhã comecei a ouvir no rádio que a pandemia está a chegar às escolas. Que uma escola lá para o Norte teve não sei quantos casos e um senhor do Ministério da Saúde justificando que tal surto se deve à proximidade da Galiza e ao surto que para lá houve nos últimos dias.
Passado pouco ligaram da escola para ir buscar o meu filho que estava na sala de isolamento com dores de cabeça, tosse, tonturas e 37,8º de febre.
Chegada lá fiquei a saber que já desde 6ª. feira que há conhecimento de casos de Gripe A na escola: 4 casos confirmados, inclusive uma professora, e 14 alunos mandados para casa. Mas o que mais me espantou foi saber que as escolas têm indicações do Ministério de Saúde para só encerrarem se chegarem aos 50% dos alunos contaminados!
Levei de imediato o meu filho ao centro médico mas a médica de família nem sequer veio cá abaixo ver o caso, mandou uma outra médica que o auscultou e disse que não havia complicações respiratórias. Nessa altura a febre já ia pelos 38, 8º. Passou o Benuron e mandou para casa vigiar e que já não se está a fazer a análise para saber se é gripe A ou não! Entretanto a médica tanto tinha a máscara posta como não e quando lhe perguntei se eu precisava de colocar uma disse-me que não valia a pena! Os médicos são mesmo bons é a tirar o rabo fora da seringa, não vá alguma coisa correr para o torto e comprometer-lhes o desempenho...
Durante a noite a febre atingiu os 39,8º, mas ele dormiu bem e hoje está um pouco melhor.
Agora pergunto eu: é assim que o Ministério da Saúde vai dar resposta a uma suposta pandemia? Como vai poder saber quantos casos houve realmente, se deixou de fazer a análise? Será esta uma forma de poder manipular os números como lhe der mais jeito? Não se vai poder dizer ao certo se houve pandemia de gripe A, nem se não houve.
Entretanto a linha Saúde 24 vai continuando a dar indicações através de gravações kafkianas que fazem certamente a maior parte das pessoas desistir a meio. E o telefone do centro médico está constantemente impedido. O método parece ser: levem as vossas crianças para casa e tratem delas que nós vamos continuando a apregoar o sucesso dos nossos métodos de controlo da Gripe A. De vez em quando corre mal e lá morre alguém. Mas reparem que os casos de morte por Gripe A nunca são realmente por esse motivo: há sempre um ataque de coração, uma outra doença qualquer, o que me faz cada vez mais pensar que esta gripe, apesar de ter possibilidades de ser muito lucrativa para alguns, não passa de uma gripe normal que se propaga facilmente por não serem criadas condições para não se propagar, além do carnaval da lavagem das mãos e do gel alcoólico, das catadupas de medidas e de recomendações que as escolas fingem tomar e das quais já se está provando que não servem para absolutamente nada! Estamos bem entregues!

quinta-feira, outubro 22, 2009

Estudos Bíblicos: Análise de um excerto de S. Lucas


Baixar a Bíblia em MP3



Ora vejamos:

Se eu quisesse começar hoje a ler a Bíblia, provavelmente fazia uma busca no Goggle e constatava que o texto bíblico não é a primeira coisa que se encontra, mas sim coisas que se dizem sobre o texto bíblico. A tramóia começou logo no tempo de Jesus. Assim que ele se finou começaram outros a dizer o que ele tinha dito. Mas a mim, já que estou longe de poder aceder à palavra de Jesus, quanto mais de Deus, interessa-me mais ler o chamado texto A e de preferência sem consulta prévia dos textos B, que esses já vêm viciados.. Prefiro aqueles textos de que muito se fala mas que poucos se lêem. Por isso procurei seguir o rasto de o que o verdadeiro cristão dos tempos modernos encontra na Net se quiser ler a Bíblia. Esta é a leitura recomendada para o dia de hoje aqui.


(Versão: Português: João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada)


Lucas 3:1 No décimo quinto ano do reinado de Tibério César, sendo Pôncio Pilatos governador da Judéia, Herodes, tetrarca da Galiléia, seu irmão Filipe, tetrarca da região da Ituréia e Traconites, e Lisânias, tetrarca de Abilene,


[Tudo boa gente: Tibério, Pilatos, Herodes e outros Caifás da mesma estirpe, instalados no poder há anos]


Lucas 3:2 sendo sumos sacerdotes Anás e Caifás, veio a palavra de Deus a João, filho de Zacarias, no deserto.


[o jovem foi passear ao deserto e veio de lá com a palavra de Deus. Pois claro: esteve a pensar pela sua cabeça longe daqueles maus agouros]


Lucas 3:3 Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão, pregando batismo de arrependimento para remissão de pecados,


[ele pensou e viu que estava rodeado de tarados, traidores e ladrões, como nós agora quando nos pomos a pensar nestas coisas. Agora imaginem no deserto...]


Lucas 3:4 conforme está escrito no livro das palavras do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.


[o rapaz que ainda era verde veio de lá cheio de bons pensamentos e queria endireitá-los, pô-los no bom caminho]


Lucas 3:5 Todo vale será aterrado, e nivelados todos os montes e outeiros; os caminhos tortuosos serão retificados, e os escabrosos, aplanados;


[queria o bom do rapaz corrigir a arquitectura divina, rectificar e aplanar, ou, em sentido figurado: exercer a justiça para endireitar todos aqueles malandros seus contemporâneos. Oh como o compreendo…]


Lucas 3:6 e toda carne verá a salvação de Deus


[de repente dá-lhe a fome e lembra-se de dizer esta, ainda inspirado pelo sol quente do deserto]


Lucas 3:7 Dizia ele, pois, às multidões que saíam para serem batizadas: Raça de víboras, quem vos induziu a fugir da ira vindoura?


[Entretanto as multidões com medo que a conversa fosse com elas, toca de se baptizar já que assim lhes era prometida a salvação. Mas ele não ficou contente: as multidões que apanhassem com a próxima ira divina, pois também elas eram uma cambada de víboras pecadoras. Sim, a conversa também era com elas!]


Lucas 3:8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão.


[Dizia-lhes: julgam que lhes basta baptizarem-se? Arrependam-se que é muito bonito e não comecem para aí ó pai ó pai porque vocês não passam de uns calhaus com olhos]


Lucas 3:9 E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo


[Já naquela altura o puto andava preocupado com o corte de árvores. Mas como davam para atear o fogo e no deserto à noite fazia frio, fogo com elas. Mas se virmos bem o tipo também já tinha o bichinho do autoritarismo: não dá frutos, abate-se!]


Lucas 3:10 Então, as multidões o interrogavam, dizendo: Que havemos, pois, de fazer?


[Mas ele até tinha alguma razão, como se vê pela pergunta das multidões. Espera aí, grande tanga: como pode uma multidão interrogar? Ah! Já sei: já vi uma a perguntar porque é que a ministra ainda não se foi embora. Mas a multidão pelos vistos sozinha nunca sabe muito bem o que há-de fazer. Já todos se tinham baptizado. Que mais haviam eles de fazer?

O versículo recomendado acabava assim, narrativa em aberto]


No final pensei: mas afinal havia ou não mais do que uma interpretação? Este episódio é edificante? Se eu tivesse que o ensinar aos meus filhos o que lhes diria? Que relações poderia eu fazer para lhes explicar, para eles poderem entender? O que dirão aos filhos dos outros nas catequeses? Como se pode dar a volta a este texto? Que função teria ele no momento em que foi produzido? Para que tipo de sociedade a Bíblia foi escrita? Serão os seus ensinamentos mais preciosos os humanos? Que Deus é este cujo seu próprio criador o teme? Poderá um Deus produzido pela imaginação humana ser um Deus perfeito? Por que tantos se tornaram adoradores desse Deus implacável, personagem de um livro tornado sagrado por uma Igreja historicamente pecadora?



segunda-feira, outubro 19, 2009

FARRA BLOGOSFÉRICA: 30/Outubro


Para os que ainda não se deram conta está a ser organizada a VI FARRA BLOGOSFÉRICA

Será no dia 30/Outubro, pelas 19h no Restaurante

O Púcaro
Praça da Alegria, 38 - r/c
Lisboa

O Sr. Cunha (dono) propôs que se escolhesse um prato único (sujeito a excepções pontuais) que poderá ser um destes:

- Carne de porco assada no forno com batatas de forno;
- Bacalhau à Brás;
- Escalopes de vitela;
- Febras grelhadas

O menu completo: entradas de pão manteiga, etc., o prato, as bebidas, a sobremesa e o café ficam em 12 euros/pessoa (o que for a mais é à parte). Uma semana antes convém estar tudo escolhido para combinar com ele, ou seja até dia 23 devemos chegar a um consenso sobre o prato.

Para inscrições e mais informações/actualizações ir a AS NOTAS DO KAOS

Volto a lembrar que dia 23 fecham as inscrições para o jantar!
APRESSEM-SE!!!


domingo, outubro 18, 2009

Excuse Me Mister

Dedicado a todos os dirigentes que colaboraram no processo de aprovação do Tratado de Lisboa! Os batoteiros não respeitam as próprias regras que criam!!

sábado, outubro 17, 2009

sexta-feira, outubro 16, 2009

Eu de Volvo, tu de eléctrico e ele a pé...



O anúncio da Volvo que ouvi no rádio um destes dias é execrável: a Volvo apresenta dois carros à escolha, dizendo que um é para as pessoas que se preocupam com o ambiente e que o outro modelo é para as pessoas que se preocupam com o seu carro. Como se nos dias que correm fosse lícito que só alguns se preocupem com as questões ambientais enquanto se considera normal que outros (os happy few) se possam dar ao luxo de não querer saber disso para nada e de continuarem a preocupar-se sim com o seu próprio conforto, assegurando a continuidade da postura egoísta própria do sistema capitalista.

Sou uma pessoa bastante liberal (mais libertária do que liberal, pelas más conotações deste último adjectivo) e só em muito poucos casos considero que os Estados devem exercer algum tipo de controle sobre sobre a informação que é facultada às pessoas. Mas neste caso não posso deixar de me indignar pelo conteúdo desta publicidade que promove a consciência ambiental e a falta dela do mesmo modo. Como se se tratasse apenas de uma questão de opção pessoal!

domingo, outubro 11, 2009

Oeiras não pára...

... de eleger corruptos!

sexta-feira, outubro 09, 2009

quinta-feira, outubro 08, 2009

Plataforma Anti-guerra, Anti-NATO (PAGAN)

Visite o blogue da PAGAN

Contacto: antinatoportugal@gmail.com


Várias acções «não violentas» contra a Cimeira de Lisboa de 2010 estão a ser preparadas pelo movimento português anti-Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

As medidas estão integrados na campanha internacional «Não à guerra, não à NATO!».

De acordo com o economista Vítor Lima, um dos participantes na primeira reunião preparatória do movimento, citado pela Lusa, alguns dos seus objectivos «imediatos» são o bloqueio de depósitos de armas nucleares de Aldermaston, na Grã-Bretanha, e o lançamento do Dia Europeu de acções contra a NATO.

A revisão do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, em Abril de 2010, está também na mira do movimento, assinalou Lima.

Realçando o carácter «não-partidário» do movimento, disse que ele não exclui, naturalmente, a adesão de pessoas com filiação partidária e lembrou a adesão do Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA), que também luta pelos mesmos objectivos «cívicos».

Em Outubro, o movimento anti-NATO português tem prevista uma reunião em Berlim com os seus congéneres europeus, para traçar estratégias de actuação.

Justificou o anti-militarismo do movimento «porque, hoje, a NATO é o principal veículo de guerra no mundo. Vai-se estendendo por todo o mundo, salientou.

«Entendo que a NATO deve desaparecer», disse o economista, referindo-se à Aliança de 60 anos hoje constituída por 28 nações, entre as quais Portugal, «com um papel subalterno, destinatário de material (de guerra) que já está obsoleto».

O movimento anti-NATO pretende criar em Portugal uma rede de pessoas e organizações para colaborarem activamente na campanha internacional que irá decorrer sob o lema «Não à guerra, não à NATO!», em antecipação à Cimeira da Aliança que decorre em Lisboa, no final de 2010

FERVE - Solidariedade com os professores precários

FERVE: solidaridade para com as/os professoras/es de inglês e de música, das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC's)

O FERVE - Fartas/os d'Estes Recibos Verdes exprime a sua total solidaridade para com as/os professoras/es de inglês e de música, das Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC's), do Porto.

Estas/es profissionais estão a ser alvo de um vil e inaceitável desrespeito no que concerne à contratação laboral: o seu trabalho está a ser desenvolvido a falsos recibos verdes e a contratação dos seus serviços decorreu numa garagem de reparação automóvel, a AutoBrito, situada em Matosinhos apesar de, obviamente, irem desempenhar a sua actividade em escolas.

Os honorários auferidos são inferiores aos do ano transacto e são extraordinariamente baixos. Tenhamos em conta que estas pessoas trabalham em diversas escolas, o que implica deslocações que, para serem compatíveis com os horários, acarretam a necessidade de utilizar viatura própria. Assim, um/a professor/a que esteja a leccionar 20 horas semanais através das AEC's, no Porto, receberá, na melhor das hipóteses, 385 euros no final do mês. Vejamos:

11 euros/hora x 20 horas semanais = 880 euros brutos por mês aos quais há que descontar:

- 159 euros (Segurança Social)
- 176 euros (IRS)
- 10 euros (seguro de trabalho, assumindo que este é de 120 euros anuais)
- 80 euros (gasolina)
- 70 euros (almoço, assumindo que se almoça por 3,5 euros por dia)

TOTAL líquido no final do mês: 385 euros!!!!

A situação contratual destes/as profissionais é escandalosa e evidenciadora da desresponsabilização governamental face à educação e aos direitos laborais. Estas pessoas trabalham em escolas, providenciando uma actividade educativa que o Ministério da Educação considera ser fulcral. No entanto, encontram-se totalmente desprotegidas do ponto de vista social, profissional e contratual, uma vez que o Ministério da Educação OPTOU por não contratar professores/as através dos concursos nacionais, mas sim sub-delegar esta responsabilidade às Câmaras Municipais que contratam empresas que laboram como agiotas, com beneplácito governamental..

Apresentamos de seguida o comunicado das/os professoras/es das Actividades de Enriquecimento Curricular de música e inglês, no Porto.

Pelo FERVE,

Cristina Andrade

(daqui)

Workshop de Tango

Juan Cantone e Sol Orozco em Lisboa

O Projecto TangoEmancipacion organiza de 10 a 18 de Outubro workshops de Tango para todos os níveis, com os professores e bailarinos argentinos Juan Cantone e Sol Orozco num ambiente de muy buena onda.

Juan e Sol dançam dia 9 de Outubro na Milonga TangoE_Motion,
Casa de Tomar, Rua Flores Lima, nº8, Lisboa (Entre Campos) das 22h30m às 2h.


Paula Granado


domingo, outubro 04, 2009

Irlandeses ressuscitam o Tratado de Lisboa - JN

Irlandeses ressuscitam o Tratado de Lisboa - JN

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Ressuscita-se o que está morto. Isto para quem acredita em milagres! (Ou como fazer batota mudando a cabeça de um povo impondo-lhe uma súbita dura crise!)

sexta-feira, outubro 02, 2009

Pensamentos noctívagos

Ai que vontade de deitar o menino fora com a água do banho!

Imagens Kaos


Sabem: até gostei que o Sócrates tivesse ganho! Demorou vai ser melhor, ou seja, quando o tipo cair vai cair mais estrondosamente. A menos que lhe dêem então a maioria... Será que ainda vou ver os profs a votar no Zé? Mas vá lá nem todos tiveram estômago para votar na Manuela Ferreira Leite! Esses terão votado CDS? Outros votaram Bloco e CDU... mas TODOS vamos ter que levar com mais um governo com um Sócrates à cabeça. Até ao sr. silva custa a engolir...

quinta-feira, outubro 01, 2009

quarta-feira, setembro 30, 2009

Parece que vão suspender os objectivos individuais!

PARIS, França — O secretário-geral da CGT, um dos principais sindicatos franceses, Bernard Thibault, criticou nesta terça-feira a exigência de metas "inalcançáveis" a que estão submetidos os trabalhadores na France Telecom, onde 24 funcionários cometeram suicídio nos últimos meses.

"O que está em evidência na France Telecom, como em muitas empresas, é a forma como se relaciona o trabalho e o funcionário, ao qual se pedem objetivos cada vez mais inalcançáveis", declarou Thibault à imprensa francesa.

"Outra pesada tendência dos últimos anos consiste em individualizar as situações no trabalho e os objetivos, o que faz com que o trabalhador fique cada vez mais sozinho", criticou o sindicalista.

Na segunda-feira, mais um funcionário da gigante francesa das telecomunicações cometeu suicídio, elevando a 24 o número de trabalhadores da empresa que se mataram desde fevereiro de 2008.

O funcionário de 51 anos, que trabalhava em uma central telefônica em Annecy (leste da França), se jogou de um viaduto e explicou em uma carta para a esposa que a atitude era consequência do "ambiente" em seu trabalho.

segunda-feira, setembro 28, 2009

Leo Sayer - The Show Must Go On

the show must go on...

Balanço dos resultados - Legislativas/2009

Cá para mim o Socas vai armar-se em puta-velha-Soares e vai virar-se para a direita e para a esquerda conforme lhe aprouver: coisas realmente importantes para manter o sistema vira-se para a direita e eles deixam passar, amendoins como os casamentos gay vira-se para a esquerda e toca para a frente.

Se agora fossem perguntar ao Soares se o repugnava pactos de governo com o CDS/PP, ele havia de dizer que também não lhe repugnavam nada!

domingo, setembro 20, 2009

Talvez daqui a dois anos a esquerda se entenda...


Caros

O Facebook de repente tornou-se inacessível. De rápido passou a lento, de tal forma que agora parece que os blogues estão muito mais rápidos a abrir do que antes. Sem dúvida ando aqui com problemas técnicos, que me fazem andar como uma enguia à procura de um meio de estar ligada à netoesfera.

Hoje, pela primeira vez de há anos para cá não fui a uma manifestação de professores. Nunca fui de acordo que os movimentos de professores pegassem numa bandeira de "Sou professor, não voto PS". Sempre achei que a Escola Pública se defende por dentro, nas escolas, com os professores a ter uma palavra sobre o Ensino.
Por isso desta vez não pude alinhar, não porque não ache que este governo PS causou muitos danos à escola pública, mas porque apelar a não votar PS, infelizmente significa admitir a vitória do PSD, sendo este o partido de direita mais forte, único capaz de conseguir ser eleito. O PS está neste momento colocado à frente nas sondagens. Se voltar a ganhar vai apertar o cerco aos professores, à escola pública, a todos os trabalhadores. Mas o mesmo irá acontecer se o PSD ganhar e pior ainda com o peso da postura de cariz salazarento, tenebroso, bolorento e bafiento. Não espero nada destas eleições. Apenas desejo que os partidos que se dizem de esquerda tenham juntos uma larga maioria. Tendo a concordar com o professor Marcelo quando diz que o próximo governo não durará mais do que dois anos. Nessa altura é preciso que a esquerda esteja organizada no sentido da governação do país. E não pode ser este ou aquele partido de esquerda. É preciso que entre toda a esquerda se estabeleça uma plataforma de entendimento capaz de propor uma alternativa séria ao sistema capitalista. E isso passa inevitavelmente pela capacidade de diálogo... e olhem que não me refiro aos dirigentes dos partidos que se reclamam de esquerda. Refiro-me às bases, ou, por outras palavras, à intervenção directa e ao envolvimento das pessoas nas questões políticas que as afectam. As decisões têm que ser tomadas por um colectivo consciente e interveniente.

sábado, setembro 19, 2009

CDEP: Unidade em defesa da Escola Pública


http://escolapublica2.blogspot.com

escolapublicablog@gmail.com


Unidade em defesa da

Escola Pública

De acordo com os princípios que fundamentam a CDEP, os membros desta Comissão que estiverem presentes nas acções de mobilização e protesto, realizadas em Lisboa, no dia 19 de Setembro – por iniciativa dos Movimentos APEDE, MUP e PROmova – irão fazê-lo partilhando com os professores e educadores, e todos quantos defendem a Escola Pública, as legítimas exigências que nos unem, entre as quais destacamos:

Colocação por concurso dos docentes e auxiliares da acção educativa necessários às escolas

Restabelecimento da carreira única e de uma avaliação formativa e sem quotas

Abolição da prova e ingresso na carreira

Respeito pelas especificidades das crianças com necessidades educativas especiais

Restabelecimento da gestão democrática das escolas

Restabelecimento do vínculo ao Estado para todos os trabalhadores das escolas e restantes serviços públicos.

Realizando-se esta iniciativa em plena campanha eleitoral para a Assembleia da República, é legítimo que cada indivíduo defenda as posições político-partidárias que correspondem ao seu conceito de organização, ou gestão, da sociedade em que vivemos.

A mesma legitimidade se verifica dentro da CDEP, de acordo com a defesa do livre pensamento, respeitando naturalmente a independência desta Comissão que aposta na defesa de uma Escola pública, laica e gratuita.

No entanto, esta independência não se confunde com neutralidade, já que a defesa desta Escola Publica, de acordo com os ideais da República, não se coaduna com linhas partidárias decorrentes de conceitos político-filosóficos que defendem o ensino confessional, um ensino assente em escolas diferenciadas para ricos e para pobres, bem como a formação de elites.

Esta é a política que fez parte das orientações que Sócrates e Lurdes Rodrigues procuraram pôr em prática, em conjunto com o ataque brutal à vida profissional dos docentes, implementando as directivas e orientações da União Europeia, da Agenda de Lisboa e da Declaração de Bolonha. Uma política que provocou a mobilização histórica dos docentes de todo o país, onde a palavra de ordem principal foi: “Deixem-nos ser professores!”. Uma política que foi a continuação daquela que fizeram Cavaco Silva, Manuela Ferreira Leite e Durão Barroso.

A defesa da Escola Pública anda a par e passo com a defesa de todos os serviços públicos, como essência da democracia, com a defesa do trabalho com direitos, quer no sector público quer no sector privado, e, consequentemente, com a exigência da revogação do Código do Trabalho do governo de Durão Barroso, agravado pela “flexigurança”, da responsabilidade do governo de Sócrates.

A CDEP está convicta que será a mobilização unida dos professores, e de todos os outros sectores dos trabalhadores – em unidade com as suas organizações sindicais – que levará à criação das condições para a formação de um Governo que garanta uma Escola Pública de qualidade, e de todos os outros serviços públicos, bem como a questão central que é a da garantia de um posto de trabalho com direitos para cada cidadão, como o consigna a Constituição da República Portuguesa, nos seus artigos 58º e 59º.

Todos seremos imprescindíveis para a realização deste desígnio. No que cabe ao sector do ensino, a CDEP reitera o seu apoio à realização de uma Conferência Nacional de delegados, eleitos a partir das escolas – sob a responsabilidade das organizações que representam os professores e restantes trabalhadores do sector da Educação – para, democraticamente, ser debatida e aprovada uma “plataforma” com as propostas sobre a Escola que queremos, os caminhos para a construir e o lugar a ocupar por cada um nesse processo.

Lisboa, 18 de Setembro de 2009


(daqui)

quarta-feira, setembro 16, 2009

Aqui há gatos!

Quem paga a campanha eleitoral dos Gatos Fedorentos, seguido das Zitas Seabras do Bloco de Esquerda


um novo partido, em Portugal, que não está sujeito às regras de tetos
de gastos de campanha: chama-se Partido dos Gatos Fedorentos, e tem
como única linha programática manter a estupidez média do Português,
abaixo da média, num nível de estabilidade médio de estupidez estável.É
uma imagem à qual recorro muito, e nem sequer é minha, é da Sociologia,
campo ao qual sou totalmente alheio, a da chamada "Mulher Alibi". A
Mulher Alibi, que muitas vezes é um homem, ou um grupo, é uma voz
individual, ou coletiva, com lugar no palco dos que têm forte
audiência. O seu papel é elementar: trata-se de um dos membros do
Sistema que é subsidiado para fazer o papel de quem está CONTRA o
Sistema. O princípio é aristotélico e catártico: enquanto o pagode se
entretem com as pseudocríticas regurgitadas pela Mulher Alibi, vai
diluindo as tensões que poderia ter, e os instintos de se tornar
agressivo, agarrar numa moca, e ir direto àquelas caras que são o
Sistema. Quando a Mulher Alibi satiriza o Pinto da Costa, o Paulo
Pedroso, o Sócrates ou gentalha afim, a raiva coletiva esvai-se no
espetáculo intermédio e nunca se atreve aos fins finais, cuja magnitude
e extensão vindicativa poderiam ser devastadoras. Os Gatos Fedorentos,
como aquela cadela do Eixo do Mal, a Quadratura das Bestas, em tempos,
o cocainómano Esteves Cardoso e afins desempenhavam o mesmo papel. Um
dia acabarei a engolir o meu próprio veneno, e a perceber que o tempo
perdido pelos meus leitores nas divagações do "Arrebenta" também
poderão ser engavetadas, nalgum investigador das eras futuras, na mesma
gaveta... Sim, não estou livre de ser cronologicamente taxado de Mulher
Alibi, mas deixo essa reflexão para os vossos filhos e netos, e passo
adiante, que não sou futurólogo, nem masoquista.Interessa-me
agora o presente, e saber o que leva a SIC, creio (?), a pagar a um
bando de indivíduos cuja única finalidade é embrutecer ainda mais o
pensamento médio, médio baixo, e baixo, das plateias, a aparecer no
meio de uma campanha eleitoral, para a descarga de justas energias da
massa eleitoral, em plena efervescência.Quem os paga, a quem servem, e qual a sua finalidade?...Para
mim, a resposta é evidente, mas fica aqui lançada como pergunta, para
que, ao contrário de verem os resultados medíocres dessa equipa,
PENSAREM um pouco no que vos cerca, e cesso aqui o assunto, porque o
que realmente me vai consolar, depois do terramoto de 27 de Setembro,
são as virgens púdicas do Bloco de Esquerda que se vão encostar ao
Poder, qualquer que ele seja. Tudo indica irmos ter uma minoritaríssima
Ferreira Leite, que, se continuar a tocar na tecla da independência e
do levantar a cabeça contra os interesses ibéricos talvez se ponha a
jeito para uma votação na qual nunca terá pensado... Não é por acaso,
nem por humor, que bandeiras monárquicas foram içadas em Cascais e no
Porto. Queriam tão só dizer, Português, lembra-te de que houve um tempo
em que começaste, porque quiseste e precisaste, de ser Português, e
esse sonho está agora em risco.Com
Manuela Ferreira Leite, choverão queijos limianos e zitas seabras,
desta vez, a saírem do saco de gatos assanhados a que se usa chamar
Bloco de Esquerda, prontos para defenderem TGVs, Contenções
Orçamentais, e, por que não, a consolidação dos passivos do BPP. Ana
Drago tornar se á confidente do Padre Feytor Pinto, e Fernando Rosas
irá de mão dada com o Padre Melícias saber se o Guterres ainda anda a
mamar leitinho Opus da Vaz Pinto. Vai ser um amor, uma coisa piedosa, e
que nos vai cortar o coração, porque nós gostamos, sempre gostámos, de
pessoas disponíveis para ajudar o vizinho. É a Síndroma do Empresta me
uma colher de açúcar, quando, no fundo, o que o levou a bater à porta
da vizinha era uma sublime ânsia de minete. Eu sei que é feio, mas a
isto chama-re Real Politik, e vai ser o cenário Outono/Inverno, para
Portugal. Na terminologia da minha doméstica, vai ser um salve se quem puder.

segunda-feira, setembro 14, 2009

Visitas surpresa



Hoje consultei as visitas ao blogue e fiquei deveras surpreendida: cerca de 70 visitas diárias... para aí umas 2000 durante um mês...

E eu sempre lá para o Facebook sem cuidar do Pafúncio!

domingo, setembro 13, 2009

«Campanha Eleitoral, no tempo do triste remendo em que Portugal se tornou»


Comentário ao texto imperdível do Arrebenta:


Não sei se este meu comentário vem a propósito ou não.
Realmente as pessoas estão muito polarizadas pelo voto nestas eleições.
Não creio que se joge qualquer coisa decisiva nas nossas vidas, com estas eleições.
As pessoas podem achar que é importante votar, e votar na força política X, Y ou Z, isso não me separa delas.
O que realmente me deixa perplexo é a ausência total, em período de campanha eleitoral, de movimentações sociais. Há uma espécie de pacto das forças sindicais, para deixar a campanha decorrer «com normalidade».
Dá-se a «paz das classes» para assegurar que o espectáculo (com maior ou menor qualidade, isso é secundário) não seja «perturbado».
É sobretudo surpreendente que seja praticamente toda a esquerda a alinhar nisso.
Por outro lado, há pessoas que têm intenções pouco claras, supostamente em defesa de uma «classe» (corporativa) dos professores, a convocar 3 (!) manifs para sábado 19.
Para mim, estas manifs apenas têm como intuito aumentar a visibilidade mediática dos «movimentos» e seus líderes. Quem acha isso bem necessário, a coisa melhor a fazer neste momento, que se mobilize.
Com tristeza, verifico que as forças (supostamente) mais à «esquerda», no sector, como o Movimento Escola Pública e uma tendência sindical dos professores (lista D, salvo erro, nas eleições para o SPGL)alinham.

Para mim, manifestações são sempre um acto simbólico. Podem ter muita força se houver na sua base um propósito claro e proporcionarem uma mobilização em massa. Caso contrário, são eficazes em promover figuras de proa dessas mesmas manifestações, somente, e não do que dizem defender.
A alternativa?
Em vez de confiarmos em representantes para tudo, que tal nos mexermos, discutirmos e decidirmos, todos/as, aquilo que temos de fazer (e depois fazer)? Que tal adoptarmos o princípio de que mandatários, só se nós tivermos a possibilidade de os revocar a qualquer momento, sendo eles obrigados a darem conta, em assembleias, do seu mandato aos que os mandataram?
Que tal fazermos descer do pedestal as figuras mediáticas, os «cabeças de cartaz político», esses ídolos de pé de barro, obrigando-as a serem humildes (e não apenas a parecê-lo)?
Que tal as pessoas assumirem um protagonismo cívico no seu local de trabalho, de vida, de convívio, sempre, todos os dias, antes e depois das eleições?

Solidariedade,
Manuel Baptista

Um indio!

sábado, setembro 12, 2009

«Evidente»

(logo da net)

A propósito do artigo de opinião e do comentário deste blog (de autoria de Ramiro Marques) : http://www.profblog.org/2009/09/joao-freire-mentor-da-ministra-e-autor.html


É uma evidência afirmar-se que nenhum dos anarquistas portugueses passados ou presentes detém qualquer responsabilidade na deriva oportunista deste ex-anarquista, professor catedrático reformado do ISCTE e autor de várias obras (de qualidade bastante questionável algumas, a começar por um escrito auto-biográfico com muitos auto-elogios e com setas venenosas, post-mortem, a anarquistas que foram - contrariamente a ele- sinceros até ao fim!).

Mas também é preciso deixar claro que nem João Freire, nem Lurdes Rodrigues, digam o que disserem, têm uma réstea sequer de anarquistas; não sei, de facto, se foram anarquistas sinceros no passado (não posso avaliar isso, outros poderão ter uma opinião). Mas o que sei, de certeza, é que nenhuma tendência, nenhuma pessoa individual que se considere anarquista, libertária, ou que esteja influenciada pelo pensamento libertário, em geral, poderá jamais compactuar com a política que este governo levou a cabo.

Estes dois não apenas foram instrumentos dóceis dessa política, como foram artífices da sua construção, pessoas que contribuíram e muito para o traçar dos rumos estratégicos do PS, aquando governo (e antes).

O logro, o engano, a sanha persecutória contra sindicatos, a arrogância, a política do quero posso e mando, são tiques autoritários típicos. Este governo foi isso tudo, pelo que ninguém das fileiras anarquistas portuguesas ou internacionais pode considerar senão como desprezíveis as cambanhotas destas triste celebridades.

Para mais, nem têm a desculpa de serem estúpidos. Serão mesmo bastante inteligentes, mas não têm ética nenhuma, o que as torna particularmente odiosas.

Eu aceito que alguém seja completamente contrária aos ideais que defendeu durante anos, admito que essa reconversão se faça com sinceridade. Mas já não admito que essas mesmas pessoas (tanto no caso do Prof. João Freire, que continua a considerar-se «libertário», como a ainda ministra Lurdes Rodrigues, que disse em entrevista que ainda se achava em sintonia com os ideais libertários, ou coisa do género) não tenham vergonha na cara.

Estão realmente em causa valores colectivos, a começar pela defesa dos proletários, dos trabalhadores... não podemos consentir, nem calar!!!

Manuel Baptista

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