E ficou mal de repente
Porque não teve cuidado
Porque foi imprevidente
Para o mal cujo motivo
Está na chuva frio ou sol
Qual o melhor preventivo?
Formitrol! Formitrol! Formitrol!
"Todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão."
E ficou mal de repente
Porque não teve cuidado
Porque foi imprevidente
Para o mal cujo motivo
Está na chuva frio ou sol
Qual o melhor preventivo?
Formitrol! Formitrol! Formitrol!
E eu assim meio à toa, de manhã estou sempre à toa no que respeita a imaginação, disse que sabia lá… Mas do outro lado a voz insistiu apressando-me.
A solução que encontrei foi pedir ao meu pai um nome para o blogue, ao que ele respondeu de imediato, “olha, chama-lhe Pafúncio!”
Pafúncio? Aquilo pareceu-me bem estranho, pensei até que era uma palavra inventada ali na altura, como às vezes acontecia. Que é isso de Pafúncio?
O Pafúncio, mais do que uma figura de Banda Desenhada, é na verdade este figurão, um novo rico mulherengo como tantos da nossa praça (ver aqui o post onde já se explicou quem é este Pafúncio). Na altura o meu pai explicou-me quem era O Pafúncio das bandas desenhadas do seu tempo, mas nunca nenhum de nós soube explicar porque surgiu ali aquela ideia na ponta da língua, nem por que foi logo tão bem acolhida por mim.
Nesse dia foi criado O Pafúncio, um blogue pessoal, caótico, livre-pensador, sem pretenções intelectualóides, um espaço onde todos são bem vindos e onde todas as opiniões são tomadas
Já estive para desistir de O Pafúncio vezes sem conta. Mas agora então, depois que o meu pai faleceu, ele tornou-se para mim um elo de ligação difícil de quebrar. É como se fosse também um pouco dele, embora seja muito meu. Por isso O Pafúncio vai continuar a fazer por incomodar os pafúncios nossos contemporâneos que se enganarem na porta.
Quanto aos outros que aqui vêm frequentemente, nada têm de Pafúncio. Sabem que nem precisam de bater à porta, entram, comem, bebem, levam textos e imagens, partilham músicas, utopias possíveis e ânsias de mudar o mundo, a começar por este governo! A eles tenho dedicado as minhas madrugadas, mas nem por isso espero que me visitem assiduamente porque não lhes poderia garantir a retribuição. Na verdade O Pafúncio é um bicho muito ingrato, muito egoísta e pouco de fiar. Tem dias em que se perde de tal maneira por essa blogosfera fora que nem se lembra de si próprio, quanto mais de cumprir as suas obrigações sociais. Mas depois, como é coração mole, chega um dia em que se lembra de visitar os amigos e então lá vai ele batendo de porta em porta abraçando e beijando todo o mundo. Nesses dias desmedidos o pior são os comentários espatafúrdios que se lembra às vezes de deixar por aí! É que este Pafúncio é mesmo um desbocado!
Nós queremos que a professora Maria Inês pare de dar aula na nossa escola(CEU CIDADE DUTRA),porque ja vai fazer 2 anos que ela ensina a mesma lição! Se ela não sair não entraremos mais na sala de aula, quando for aula dela!!! Obrigado(a)!
Clique aqui para ver a campanha do governo francês contra a SIDA
Brilhante, sensual e com fotografia belíssima
Possivelmente impróprio para menores
Recebido por mail
" (...) Beethoven viveu com grandes dificuldades, houve um momento em que pensou em suicídio, tentou sempre escapar às amarras da igreja, da aristocracia e dos (tantos, tantos) costumes, hábitos, preconceitos e tradições. Arriscou, arriscou tudo… para tentar perceber quem era… e para aí encontrar algo que pudesse dar, que pudesse levar «aos outros». Dizem que por vezes era rude, áspero, … como não poderia deixar de o ser?
Com um enorme coração e uma mente luminosa, viveu sem grandes condições, morreu pobre, incompreendido, quase surdo e só… mas, só aparentemente.
(lembrei-me… passam, amanhã, dia 26 de Março, 181 anos sobre a data da sua morte)
(...) " (Escrito por Abílio Oliveira em Aniversário )
E recomendo a leitura na íntegra do post supra citado. E deixo ... uma reunião poderosa, Glenn Gould interpretando o 1º andamento da Tempestade (para contrastar com a sugestão do meu querido amigo Abílio Oliveira)
Fonte: http://unconfined.wordpress
Pobres sociedade em que as térmitas
se têm de pôr eternamente na ponta dos pés,
para mostrarem trabalho à sua insaciável Rainha.
Arrebenta
Uma associação de pais normalmente é constituída por pessoas que decidem intervir mais activamente na escola dos seus filhos. Quando não há problemas de maior, normalmente colabora com os orgãos escolares no sentido de organizar festas, angariar patrocínios e manter os pais informados sobre o que se passa na escola.
Mas uma associação de pais não se deve limitar a estas funções, também tem a função de participar mais activamente no projecto escolar, participando nos conselhos de escola/agrupamento e no conselho pedagógico, prestando depois aos pais as informações decorrentes.
Outras associações levam ainda mais longe o seu papel, sentindo a necessidade de se organizar no Movimento Associativo de Pais (MAP), no sentido de se manterem mais atentos e informados, podendo recorrer às estruturas do MAP para se esclarecerem sobre as leis, os direitos e os deveres.
Hoje em dia é difícil para os pais encontrarem tempo para se reunirem e tornou-se quase impossível os pais terem tempo para desenvolverem este tipo de actividades. Por isso nem sempre é possível formar uma associação de pais.
Com as novas legislações resultantes das políticas educativas, e com as mudanças que estas se propõem a causar na escola pública, torna-se impensável as associações de pais não esclarecerem os seus associados sobre o que se está a passar no ensino. Não o fazer é enfiar a cabeça na areia e ficar à espera que nada disto venha a trazer problemas num futuro muito próximo.
Quando uma associação de pais toma a iniciativa de informar os pais das novas leis e das suas consequências, logo surgem vozes que a acusam de estar a usar a associação de pais para fazer política. Mas nunca ninguém se queixa que o governo está a usar o Ministério da Educação para fazer política.
As pessoas fogem da política como o diabo da cruz. Provavelmente adquiriram tal asco aos políticos e à forma como estes fazem política que este termo adquiriu para a generalidade das pessoas um sentido sujo. As pessoas afastam-se naturalmente de tudo o que lhes cheire a política. E nem se apercebem que têm os pés enfiados nela e que lhes chega até ao pescoço, como um lodo do qual não podem escapar. Como Édipo fugindo do seu destino, quanto mais as pessoas se arredam da política mais a política vai no seu encalço.
As pessoas em geral fazem por ser cumpridoras e não se sentem atraídas por nada que as leve a pôr em causa. As pessoas gostam de confiar que tudo está em ordem e detestam tudo o que vier pôr em causa seja lá o que for. Desconfiam de tudo o que as possa transtornar. Por isso preferem não levantar ondas e aceitar a ordem vigente, comportando-se o mais possível como o resto do grupo, para não sairem fora do padrão.
Se alguém tenta alertar as pessoas para os perigos decorrentes de uma lei, as pessoas tendem a afastar-se e jamais acreditam na sua possibilidade de fazer cair uma por terra uma lei por mais absurda que seja. Para elas, as causas (aquelas que conhecem a palavra e o seu significado) estão fora de moda, são assunto de perdedores e hoje em dia as pessoas querem ser eternos vencedores, o que as leva a não porem nada em causa. Antes preferem adaptar-se e sobreviverem do que revoltar-se e lutar por aquilo em que acreditam.
Os dirigentes sabem disto e mostram-se confiantes: basta-lhes publicar as leis e esperar que sejam postas em prática sem reacções contra elas. Para isso contam com o apoio de todo um séquito que compactua com as ordens que vêm de cima sem as pôr jamais em causa. As pessoas são avaliadas de cima para baixo e para tal basta-lhes cumprirem as ordens que vêm de cima. Quanto mais prontamente as aplicarem sem fazerem perguntas e às vezes até mesmo dando-lhes o seu cunho pessoal ainda mais refinado, no caso de serem mais papistas que o Papa, melhor os seus superiores as avaliarão.
É por isso que corremos o risco de muitos dos Conselhos Executivos (que também serão avaliados, pelo ministério?) executarem prontamente as ordens da ministra, que por sua vez aplicará prontamente as ordens do primeiro-ministro, que por seu turno aplicará prontamente as directivas da união europeia, que por sua vez...
O que pode fazer uma associação de pais convicta de que sem a unidade dos pais e dos professores contra estas políticas a escola pública tem o seu fim anunciado? Como pode uma associação de pais dizer isto aos pais se eles não querem ouvir este tipo de discurso do desassossego, taxando-o imediatamente de "política"? Se mesmo os professores dos Conselhos Executivos cumprem e fazem os outros cumprir? E se no final os poucos que resistem ainda são olhados de lado, como gente que não se quer dar ao trabalho, como um bando de incumpridores que pagarão por não obedecerem à sinistra rainha?
Como serão olhados pelos outros pais os pais que ousem alertar, que se aliem aos professores em luta, que publicamente acusem estas políticas de serem responsáveis pela falta de interesse que os seus filhos mostram por esta escola que os desqualifica?
O professor é ainda novo e empenhado em apresentar um bom trabalho, além de que este projecto que ele fez, é o projecto em que ele está a trabalhar no seu seminário lá da faculdade.
O tema do projecto tem a ver com segurança na Internet e procura chegar a resultados partindo de inquéritos feitos aos alunos das turmas e aos seus encarregados de educação. Imagine-se um professor que para saber o que os jovens hoje procuram na Internet e também o que eles lá encontram, se traveste virtualmente numa menininha pré-adolescente. Criando uma nova identidade verosímil ele entra nos chats, nos Hi5s, estabelecendo contactos com outras pessoas. Logo o professor chega à conclusão que uma menina daquelas é uma presa fácil, recebendo convites para encontros nada virtuais e sendo assediada por meio de linguagens ou mesmo imagens obscenas.
Entretanto, o mesmo professor ouve um seu aluno falar-lhe de sites onde se ensina a fazer todo o tipo de explosivos caseiros e de um outro onde se ensina a cometer suicídio. O professor fica inseguro, alarmado, receando pelo equílibrio desse seu aluno, porque se preocupa com ele.
No seu projecto está previsto fazer também inquéritos aos pais. Afinal o resultado do estudo é para eles, são eles os principais interessados em salvaguardar e orientar os seus filhos. Mas o que acontece na realidade é que os pais não aparecem para preencher os inquéritos: estes estão disponíveis até na Internet ou mesmo na escola, mas os pais não os solicitam. O resultado é que agora o professor tem mais inquéritos de alunos do que de encarregados de educação. O interessante seria ter a correspondência entre o que uns fazem e entre o que os outros pensam que os seus filhos fazem, quando estão na Internet. Os dados saem pois desequilibrados, sobrando filhos para tão poucos pais. No entanto o professor prossegue o seu trabalho, adaptando-o às circunstâncias: em cada 5 alunos inquiridos, 1 admite já ter tido encontros com pessoas que conheceu através da Internet. Resultados dos pais: nenhum pai ou encarregado de educação tem conhecimento que os seus filhos já se tenham encontrado com pessoas que conheceram via Internet!
Estamos nitidamente perante um grave caso de falta de comunicação entre as gerações. O que é incentivado pelo local onde são colocados em casa os computadores: muitos destes jovens usam a Internet dentro dos seus quartos, sozinhos, sem a presença ou o interesse de qualquer familiar.
Também os professores se sentem sozinhos, abandonados à sua sorte nesta difícil tarefa de ensinar. Procuram a ajuda dos pais mas estes estão alheados, demasiado ocupados pelas suas próprias vidas, com muito pouco tempo para disponibilizar com educação dos seus filhos, com diminuta disponibilidade, grande cansaço e muita falta de atenção e de paciência. O facto dos filhos passarem tempo ocupados na Internet é para eles um descanso: como eles estão em casa, no quarto, pensam que estão quietos, a salvo, e que ali nada lhes poderá acontecer.
Viver! - O corpo nu, a saltar, a correr
Numa praia deserta, ou rolando na areia,
Rolando, até ao mar… (que importa o que a alma anseia?)
Isto sim, é viver!
O Paraíso é nosso e está na terra. Nós
É que temos o olhar velado de incerteza;
E julgamos ouvir a voz da Natureza
Ouvindo a nossa voz.
Ilusões! O triunfo, o amor, a poesia…
Não merecem, sequer, um dia à beira-mar
Vivido plenamente, - a sorver, a beijar
O vento e a maresia.
Viver é estar assim, a fronte ao céu erguida,
Os membros livres, as narinas dilatadas;
Com toda a Natureza, em espírito, as mãos dadas
- O resto não é vida.
Que venha, pois, a brisa e me trespasse a pele,
Para melhor poder compreendê-Ia e amá-Ia!
Que a voz do mar me chame e ouvindo a sua fala,
Eu vá e seja dele!
Que o Sol penetre bem na minha carne e a deixe
Queimada para sempre! As ondas, uma a uma,
Rebentem no meu corpo e eu fique, ébrio de espuma,
Contente como um peixe!
Carlos Queiroz
in Desaparecido
Breve Tratado de Não-Versificação
Edições Ática
1984
Quem contou depois a história decidiu que a morte deste homem, auto-proclamado “filho de Deus”, não era só por si suficiente para fundar uma religião. Por isso ele teve que ser ressuscitado, ou seja, o seu corpo desapareceu, segundo consta, e houve depois disso quem o visse, tendo os apóstolos decidido espalhar a notícia. Este prodígio foi considerado por todos os que tomaram conhecimentos dele um verdadeiro milagre, o milagre da ressurreição. Dá ideia que foi aliás este episódio que verdadeiramente fundou esta religião porque até ao momento da ressurreição só uma pequena minoria que o conheceu de perto considerava Cristo um ser divino, por aquilo que ele dizia e também pela forma como se dizia que multiplicava e dividia o pão. Foi preciso que se espalhasse a ideia de que Cristo tinha ressuscitado para que surgissem mais crentes na sua palavra, o que é uma coisa extraordinária, pois se tivessem acreditado logo que ele era filho de Deus, não lhe teriam exigido passar antes por toda essa provação até finalmente acreditarem nele. Ou seja, houve mais pessoas a acreditar num fantasma do que num homem, o que para a época não era de estranhar. Quem já alguma vez leu hagiografias sabe que os santos andavam sempre a alucinar: tinham visões e viam aparições. Nesses tempos a vida não era fácil, não havia televisão mas os homens já eram dotados de imaginação e, dizem que a barriga vazia e o sofrimento físico podem potenciar perturbações psíquicas.
Quando Cristo perguntou no auge do seu sofrimento “Pai, porquê eu?”, não sabia já de antemão que tinha sido o eleito e com que finalidade? Terá sido esta pergunta realmente ouvida sair da boca de Cristo pelos que assistiam ao sacrifício ou terá sido algo mais que acrescentaram depois à história, para dar apenas mais um toque ao lado humano de Cristo? Ou terão estas palavras escapado às sucessivas censuras eclesiásticas, não se tendo nenhuma delas apercebido o quanto esta interrogação feita por Cristo (serão talvez estas as suas últimas palavras!) pudesse vir a pôr em causa a sua fé incondicional de que aquela seria a melhor forma de fazer passar a mensagem divina aos homens de boa vontade.
Quando ainda hoje repetimos “Porquê eu?” estamos a dizer qualquer coisa como: “porra, por que é que hei-de ser eu a fazer este papel?” ou “epá, escolham outro!”. E não saímos por aí a dar a outra face e, por muito que nos prometam vida eterna, não saímos por aí a provocar desacatos para nos arranjarem uma cruz qualquer para carregarmos, nem morrermos de paixão pela humanidade. Na verdade nunca houve cristãos porque os que dizem que o são, não se comportam como Cristo, longe deles imitarem o modelo. Cristo deve ter existido. E se por ventura ressuscitou e pode ainda hoje ver a sua obra, a cristandade que se gerou a partir dele, deve estar muito decepcionado com a interpretação que fizeram da sua história. Se, como homem que era, sofreu os horrores da cruz deve lamentar ainda ter julgado que o exemplo do seu sofrimento serviria para melhorar os homens, ainda que se lhe acrescentasse a ideia de uma recompensa no momento da ressurreição.
Até hoje nunca mais ninguém viu ninguém ressuscitando, a não ser aquele episódio que me contaram no outro dia de uma velha que acordou quando a família a velava. Uma complicação. A certidão já passada, o filho sem posses gastou uma dinheirama para vir de França assistir ao velório e no fim de contas a mulher acorda e logo ali, dentro do caixão já pago, para deixar toda a gente encavacada. Não se faz. A modernidade não lida bem com a ressurreição.
Contra tudo e contra todos, o melhor é permanecer vivo e poder escolher um metafísico ovo de Páscoa.
Timeline (1865 - 1939)
A Drunken Man's Praise of Sobriety
Come swish around, my pretty punk,Carta aberta aos encarregados de educação
Os professores e educadores estão em luta pela defesa da Escola Pública!
Neste momento delicado do ano escolar, quando a actividade lectiva está em pleno, quando decorre um processo de avaliação dos alunos em que a máxima serenidade deveria pontuar, os professores e educadores estão profundamente inquietos com o futuro da Escola Pública.
O Governo e os meios de Comunicação Social querem fazer crer à opinião pública que as recentes manifestações de professores e educadores visam reivindicações laborais egoístas e, muito concretamente, que os professores se recusam a ser avaliados.
TAL NÃO CORRESPONDE À VERDADE!
Efectivamente, os professores sempre têm sido avaliados: avaliados pelas provas prestadas, pelo trabalho diariamente desenvolvido e pelos resultados obtidos ; avaliados pelas acções de formação permanente que frequentam e as provas a que aí se sujeitam ; avaliados pelos colegas, pelos funcionários, pelas direcções das escolas e pelos serviços de inspecção do Ministério da Educação ; avaliados, ainda, pelos encarregados de educação que, em permanência, podem acompanhar a actividade desenvolvida pela escola junto dos seus educandos.
Para compreendermos a actual situação é necessário perceber que, mais do que um direito à educação e à instrução, a Escola Pública é um dever que envolve o Estado e os cidadãos.
O Estado tem, por esse motivo, a pesada obrigação de promover e manter uma Escola Pública com o máximo de ambição e qualidade. Por sua vez, os cidadãos – obrigados que são a frequentar a escola – têm todo o direito de exigir do Estado uma Escola onde as novas gerações possam beneficiar de uma vasta e segura formação que as capacite para o exercício pleno de uma vida adulta em sociedade.
Como profissionais do ensino – além de encarregados de educação e de cidadãos atentos que também são – os professores apercebem-se, em primeira linha, dos principais problemas que afectam a Escola e, desde sempre, têm vindo a alertar o Ministério para o tipo de mudanças que julgam ser as mais necessárias. O Ministério da Educação, para além de não ouvir os professores, tem vindo a pôr em prática, desde há muito, reformas que, apesar de terem alterado substancialmente a vida das escolas, nunca foram devidamente avaliadas.
Além disso, de há três anos para cá, o Ministério da Educação, confrontado com os fracos resultados obtidos pelos alunos, em comparação com os de outros países – e numa lógica baseada no cumprimento da agenda de Lisboa e dos prazos impostos pela União Europeia (2013) – achou por bem atribuir aos professores a responsabilidade pelo grave estado da educação em Portugal. É nesta linha que se insere uma avaliação do desempenho burocrática, penalizadora e hipócrita que apenas impede a progressão na carreira. O seu objectivo não é o verdadeiro sucesso escolar dos alunos, mas apenas produzir boas estatísticas em termos internacionais.
Estas medidas integram-se ainda num plano de contenção de despesas (encerramento de escolas, transferências de responsabilidades de gestão para os Municípios, medidas contra o ensino especial, etc.) de que só pode resultar a degradação da escola pública. As leis aprovadas (o Estatuto da Carreira Docente, o novo Estatuto do Aluno, as alterações ao regime do Ensino Especial, a alteração do modelo de gestão das escolas, o recurso a empresas para o fornecimento, em regime de trabalho precário, de monitores das Actividades de Enriquecimento Curricular no 1º Ciclo, a Escola a Tempo Inteiro, o programa Novas Oportunidades) apontam para a preparação de indivíduos para o mercado de trabalho precário, submissos e conformados a uma sociedade não democrática.
Os professores estão hoje unidos em defesa da Escola Pública, a única escola que, efectivamente, pode formar cidadãos emancipados e à qual todos, ricos ou pobres, têm garantido o acesso.
Apelamos assim aos encarregados de educação que juntem a sua voz à nossa para que, conjuntamente, saibamos definir os caminhos que levem à concretização de uma melhor escola para todos.
Esta carta aberta foi elaborada numa reunião de professores, educadores e encarregados de educação,
"UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA CRESCER…"
No próximo dia 14 de Março, pelas 21.00 horas, no Auditório D. Pedro V, junto à Biblioteca Municipal de Mafra, vamos contar com a presença dos seguintes oradores:
ü Eng.ª Liliana Lima, da empresa Eurest (empresa fornecedora de alimentação nos JI e EB1)
"A importância de uma alimentação saudável no meio escolar…"
ü Dr.ª Ana Perdigão, Nutricionista da Nestlé Portugal
"A "nova" roda dos alimentos e os "novos" valores nutricionais."
ü Prof. Dr. Paulo Oom, Pediatra no Hospital Stª Maria (Lisboa)
"Obesidade: Epidemia do Século XXI"
ü Dr.ª Elsa Feliciano, do Departamento de Saúde Pública da ARS–Lisboa
"Regras para uma alimentação saudável…"
A APaisMafra gostaria de poder contar novamente com v/ presença neste evento e agradece a máxima divulgação que possam ceder a esta iniciativa.
Uma utopia é uma possibilidade que pode efectivar-se no momento em que forem removidas as circunstâncias provisórias que obstam à sua realização. (Robert Musil)
Não ao novo Tratado europeu!
Revogação de todos os tratados!
Revogação do Tratado de Maastricht-Amesterdão,
Defesa e reconquista dos direitos e garantias
contidos nas legislações de cada um dos nossos países!