Errro de Português [Oswald de Andrade]
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
"Todo indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão."
Errro de Português [Oswald de Andrade]
Debaixo de uma bruta chuva
Vestiu o índio
Que pena!
Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
PAFÚNCIO E MAROCAS
Pafúncio e Marocas foi o nome destes personagens no Brasil, no original "Bringing Up Father", os quadrinhos e tiras, contam a história de um casal classe operária que da noite para o dia se tornam multi-milionários, ganhando sua fortuna em corridas de cavalos. A maior parte do humor contido nestas histórias do início do século, se atém às tentativas de Pafúncio e Marocas de atingir uma posição na Alta Sociedade. Além do contexto e das histórias, as tiras de Pafúncio e Marocas são um exemplo magnífico do período da arte moderna na ilustração.
O cartunista George McManus aplicava detalhes pictóricos altamente detalhados aos quadrinhos, resultando disto, um chistoso retrato de época com seus interiores, cenários e vestuário. Enquanto a maioria dos cartunistas faziam suas histórias com traços rudimentares, George McManus - um mestre da ilustração - era detalhista e requintado; até sua assinatura era elaborada. Seu estilo fino e delicado distinguia as tiras do Pafúncio por cenários com ornamentos e rococós; elementos gráficos eram uma constante, desde as texturas nos vestidos de Marocas até o uso com maestria do recurso de silhuetas. Apreciar os quadrinhos de George McManus, é voltar aos anos 20 e 30. Alguns quadrinhos do início, eram ilustrados com temas e costumes da Era Eduardiana e todo o seu luxo. As tiras do Pafúncio atravessaram diversas épocas e estilos, adentrando a era da Arte Moderna e McManus foi se adaptando aos tempos, como pode ser constatado, observado-se a sua obra. Pafúncio tornou-se extremamente popular, para se ter uma idéia de sua importância para a cultura Norte Americana, no 25º. aniversário do personagem, foi oferecido um jantar em homenagem a George McManus na sede do congresso em Washington. Mc Manus nasceu em St. Louis - Missouri em 23 de janeiro de 1884. Depois de uma
Pafúncio & Marocas apareceu em 1913 e era publicado esporadicamente até 1916, quando começou a ser periodicamente apresentado, apesar de McManus ser conhecido pela sua dificuldade em cumprir prazos. Em 1918, as tiras ganham cor na seção de quadrinhos do jornal aos domingos. No início dos anos 20, McManus publicou uma série de livros de quadrinhos pela Leon Publishing Company.
McManus parou de desenhar o Pafúncio em 1940, passando a pena para outros artistas, e inexplicavelmente a tira continua a ser desenhada e publicada até hoje, apesar da imensa diminuição de estilo e substância perpetrada por outros artistas.
George McManus morreu em sua casa em Santa Monica em 22 de outubro de 1954.
Autor: Mário Cesariny
Título: Porta de entrada para o mundo paralelo
Técnica: Técnica Mista s/ madeira
Dim: 32x50 cm
Ano: 2004
Ref: CSY19
Visite a Exposição
"Cesariny|Cruzeiro Seixas| Fernando José Francisco e o passeio do cadáver esquisito"
na
Poema (Mário Cesariny de Vasconcelos)
Faz-se luz pelo processo
de eliminação de sombras
Ora as sombras existem
as sombras têm exaustiva vida própria
não dum e doutro lado da luz mas do próprio seio dela
intensamente amantes loucamente amadas
e espalham pelo chão braços de luz cinzenta
que se introduzem pelo bico nos olhos do homem
Por outro lado a sombra dita a luz
não ilumina realmente os objectos
os objectos vivem às escuras
numa perpétua aurora surrealista
com a qual não podemos contactar
senão como amantes
de olhos fechados
e lâmpadas nos dedos e na boca
No centenário do seu nascimento presto aqui homenagem a um homem que, por ser grande, soube amar a Ciência e as Letras.
Impressão Digital [António Gedeão]
e é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos,
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.
De tudo o mesmo se diz!
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandecente!!
querer ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos!
Onde Sancho vê moinhos,
D.Quixote vê gigantes.
Vê gigantes? São gigantes!
Como paredes através das quais
o mundo vemos pelo ser dos outros
quem vamos conhecendo nos rodeia
multiplicando as faces da gaiola
de que se tece em volta a nossa vida.
No espaço dentro (mas que não depende
do número de faces ou distância entre
elas)
nós somos quem somos: só distintos
de cada um dos outros, para quem
apenas somos a face em muitas,
pelo que em nós se torna, além do espaço,
uma visão de espelhos transparentes.
Sophia, com todo o seu sentido de Justiça, dedicou este poema a Camões. Eu dedico-o a todos quantos insistem em lutar pela manutenção dos direitos adquiridos depois da Revolução de 25 de Abril de 1974. Dedico-o aos trabalhadores, aos desempregados que querem trabalhar, aos reformados traídos, aos militares que hoje irão ao Paço se os deixarem lá ir. Dedico este poema à Cultura que se quer como Cultura para todos e não como mero empreendimento lucrativo para alguns. E finalmente dedico-o, como Sophia, a Camões e a todos quantos este país vai matando lentamente...
Camões e a Tença
[Sophia de Mello Breyner]
Seja paga na data combinada
Este país te mata lentamente
País que tu chamaste e não responde
País que tu nomeias e não nasce
Calúnias desamor inveja ardente
E sempre os inimigos sobejaram
A quem ousou mais ser que a outra gente
Porque estavam curvados e dobrados
Pela paciência cuja mão de cinza
Tinha apagado os olhos no teu rosto
Pois não te pedem canto mas paciência
Este país que te mata lentamente
(José Craveirinha)
Tambor está velho de gritar
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
corpo e alma só tambor
só tambor gritando na noite quente dos trópicos.
Nem flor nascida no mato do desespero
Nem rio correndo para o mar do desespero
Nem zagaia temperada no lume vivo do desespero
Nem mesmo poesia forjada na dor rubra do desespero.
Nem nada!
Só tambor velho de gritar na lua cheia da minha terra
Só tambor de pele curtida ao sol da minha terra
Só tambor cavado nos troncos duros da minha terra.
Eu
Só tambor rebentando o silêncio amargo da Mafalala
Só tambor velho de sentar no batuque da minha terra
Só tambor perdido na escuridão da noite perdida.
Oh velho Deus dos homens
eu quero ser tambor
e nem rio
e nem flor
e nem zagaia por enquanto
e nem mesmo poesia.
Só tambor ecoando como a canção da força e da vida
Só tambor noite e dia
dia e noite só tambor
até à consumação da grande festa do batuque!
Oh velho Deus dos homens
deixa-me ser tambor
só tambor!
Declarou ela que, apesar do corte orçamental, «a programação que nós temos para o próximo ano é muitíssimo melhor do que aquela que tivemos para 2006», enquanto ele reafirmava em uníssono: «tomámos a decisão de suspender a edição de 2007 da Festa da Música, embora seja substituída por outro evento musical, entre 20 e 22 de Abril, que será proposto pelo CCB e com um orçamento muitíssimo inferior».
Este novo evento, chamado «Dias da Música», talvez inspirado nos anúncios dos “dias difíceis”, terá a sua 1ª. edição dedicada ao piano, ou seja, se antes com a Festa da Música nos tínhamos habituado às orquestras, ou seja, à fartura do porco, agora prometem-nos gozar muito mais só com um chouriço, o que mostra que este ministério, tal como os outros, não faz senão dançar a música que o orçamento de Estado lhe toca.
A MÚSICA
o mar, e as ondas
de pássaros caindo como chuva ao fim
da tarde,
o piano tão líquido ou batendo
em acordes sobre o aço, uma
ilusão transformando
o som sem som, em tudo semelhante
ao silêncio,
a orquestra expandindo-se ou o refluxo
limpo dos pianíssimos,
ali estava
o silêncio, equivalente
ao som do mar e da cortina
de oliveiras defendidas do crepúsculo
por um muro de branco a escuro
passando, adolescente
música
como um corpo rolando nu na areia do
dia
quando na outra margem
a nota alucinada da fábrica o enchia,
o silvo que erigia em dor
o sexo,
as ondas desse mar orquestrado por
braços que nadavam
Gastão Cruz, Rua de Portugal (1941)
"Cada blogger participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloggers para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue."
Por mim lancei o desafio a
Em resposta ao desafio do Kaos, aqui vão umas maniazitas minhas para animar a malta:
Nunca leio a revista Sábado e só a li por trazer uma reportagem sobre o Chico Buarque. E foi assim que calhou eu ler as cretinices que esse senhor escreveu na coluna “Homem-a-dias”. Este sociólogo – hoje em dia tem cada um desses! – idealista de uma suposta “nova direita” com "objectivos cristalinos”, leia-se: «partido declaradamente de direita que deseja aplicar as políticas capitalistas neo-liberais de uma forma ainda mais puramente associal e radical». Um idealista de direita é ou não é alguém que sonha com um mundo melhor para a sua bolsa, um mundo cristalinamente ainda mais lucrativo para alguns, lucro preferencialmente conseguido por via do trabalho mal pago dos outros .
Ora um tipo destes, inchado afinal de ser o sociólogo de serviço da Sábado, faz aqui uma espécie de balanço diário de temas, passando então no dia seguinte a debater-se por aquilo que, de forma tão empenhada, parece ser a sua grande causa: qual bicha de rabiar, rebela-se contra a possibilidade do orgulho gay ser “assim jogado e pisado no chão” à laia de «ai pisa, pisa que é barata», por parte desses malandros do Museu de História Natural da Noruega. Mostra esquecer-se que há gays masoquistas que até podem gostar de ser assim tratados e isso é lá com eles. Aliás a este senhor sociólogo parece não lhe interessar muito o outro, quase tudo parece apenas girar em torno do seu umbigo. É típico dos idealistas de direita.
Mas o que mais me impressionou mesmo, e que me levou a perder tempo com um ruidor destes (ruidor=emissor de ruído), foi as barbaridades que ele diz dos que como eu amam as palavras e as músicas de Chico Buarque. Pelos vistos na adolescência o Alberto Gonçalves já tinha as suas taras, como aquela de chamar Chico Buarque de Hollanda a um cão, a quem já depois de morto, se limita a arrumar na categoria de meros "bichos" de companhia. E pensar que gente desta, desprovida de sensibilidade, chegou a considerar o Chico como um génio! Claro que depois cresceu e tornou-se em mais um provinciano (ver Fernando Pessoa sobre o provincianismo português) capaz só de admirar coisas como Gershwin e Sondheim. Caso típico, tudo o que fale a língua portuguesa é para o provinciano de menosprezar: nem Chico, nem Mia Couto e muito menos os Gaiteiros de Lisboa!
O anormal aqui jorra imbecilidades sem fim. Refere-se aos “sujeitos adultos, e abundantes em Portugal, que se lhe referem [ao Chico!] sempre como “o Chico” e que veneram gente como Caetano ou Drummond (!) e, claro, desanca a obra de Chico Buarque desde os concertos, aos livros, passando pelas músicas.
Como ele Alberto não se deixa impressionar nada por coisas destas, resta-lhe louvar a Democracia que lhe abriu o mundo. Infelizmente para ele, essa abertura levou também à possibilidade de se ler por cá autores como Mia Couto o que, a ele Alberto, “não traz nada de bom”. E arremata com mais esta arrogante bacorada que mostra um espírito cristalinamente sujo, ou talvez antes uma total ausência de espírito: “Já suportar, sem ameaça de arma, os Gaiteiros de Lisboa entra nos domínios da desordem neurológica.”
É extraordinário, as opiniões que hoje em dia se emitem e se publicam nos jornais e revistas! Pergunto, ao modo do título deste seu artigo:
Porque [!] é que um esfregão destes escreve artigos numa rubrica chamada “Homem-a-dias”?
Porque [!] é que há quem publique enormidades provincianas deste calibre, como se fossem o espelho do bom gosto, quando não fazem senão renegar gratuitamente a própria língua, a arte e a cultura de expressão portuguesa?
Porque [!] é que o artigo de Alberto Gonçalves o converte em mais uma bandeira nacional – uma bandeirola, neste caso – do provincianismo embasbacado que se permite apenas a admirar o que fale estrangeiro, desprezando toda a forma artística da lusofonia?
“Havia um rei muito tolo que adorava roupas bonitas. Os tolos, geralmente, gostam de roupas bonitas. Pois esse rei enviava emissários por todo o país com a missão de comprar roupas diferentes. Era o melhor cliente da Daslu. Os seus guarda-roupas estavam entulhados com ternos, sapatos, gravatas de todas as cores e estilos. Eram tantas as suas roupas que ele estava muito triste porque seus emissários já não encontravam novidades.
Dois espertalhões ouviram falar do gosto do rei pelas roupas e viram nisso uma oportunidade de se enriquecerem às custas da vaidade da Majestade. A vaidade torna bobas as pessoas: elas passam a acreditar nos elogios dos bajuladores... Foi isso que aconteceu com um corvo vaidoso que estava pousado no galho de uma árvore com um queijo na boca: por acreditar nos elogios da raposa ficou sem queijo...
Pois os dois espertalhões-raposa foram até o palácio real e anunciaram-se na portaria, apresentando o seu cartão de visitas: “Doutor Severino e Doutor Valério, especialistas em tecidos mágicos.”
O rei já havia ouvido falar de tecidos de todos os tipos mas nunca ouvira falar de tecidos mágicos. Ficou curioso. Ordenou que os dois fossem trazidos à sua presença. Diante do rei fizeram uma profunda barretada, tirando seus chapéus.
“Falem-me sobre o tecido mágico”, ordenou o rei.
Um dos espertalhões, o mais loquaz, se pôs a falar.
“Majestade, diferente de todos os tecidos comuns, o tecido que nós tecemos é mágico porque somente as pessoas inteligentes podem vê-lo. Vestindo um terno feito com esse tecido Vossa Majestade será cercado apenas por pessoas inteligentes, pois somente elas o verão...”
O rei ficou encantado e imediatamente contratou os dois espertalhões, oferecendo-lhes um amplo aposento onde poderiam montar os seus teares e e tecer o tecido que só os inteligentes poderiam ver..
Passados alguns dias o rei mandou chamar o ministro da educação e ordenou-lhe que fosse examinar o tecido. O ministro dirigiu-se ao aposento onde os tecelões estavam trabalhando.
“Veja, excelência, a beleza do tecido”, disseram eles com a mãos estendidas. O ministro da educação não viu coisa alguma e entrou em pânico. “Meu Deus, eu não vejo o tecido, logo sou burro...” Resolveu, então, fazer de contas que era inteligente e começou a elogiar o tecido como sendo o mais belo que havia visto.
“Majestade”, relatou o ministro da educação ao rei, “o tecido é incomparável, maravilhoso. De fato os tecelões são verdadeiras magos!” O rei ficou muito feliz.
Passados mais dois dias ele convocou o ministro da guerra e ordenou-lhe que examinasse o tecido. Aconteceu a mesma coisa. Ele não viu coisa alguma. “ Meu Deus”, ele disse, “ não sou inteligente. O ministro da educação viu e eu não estou vendo...” Resolveu adotar a mesma tática do ministro da educação e fez de contas que estava vendo. O rei ficou muito feliz com a seu relatório. E assim aconteceu com todos os outros ministros. Até que o rei resolveu pessoalmente ver o tecido maravilhoso. Mas, como os ministros, ele não viu coisa alguma porque nada havia para ser visto. Aí ele pensou: “Os ministros da educação, da guerra, das finanças, da cultura, das comunicações viram. São inteligentes. Mas eu não vejo nada! Sou burro. Não posso deixar que eles saibam da minha burrice porque pode ser que tal conhecimento venha a desestabilizar o meu governo...” O rei, então, entregou-se a elogios entusiasmados ao tecido que não havia.
O cerimonial do palácio determinou então que deveria haver uma grande festa para que todos vissem o rei em suas novas roupas. E todos ficaram sabendo que somente os inteligentes as veriam. A mídia, televisão e jornais, convidaram todos os cidadãos inteligentes a que comparecessem à solenidade.
No Dia da Pátria, a cidade engalanada, bandeiras por todos os lados, bandas de música, as ruas cheias, tocaram os clarins e ouviu-se uma voz pelos alto-falantes:
“Cidadãos do nosso país! Dentro de poucos instantes a sua inteligência será colocada à prova. O rei vai desfilar usando a roupa que só os inteligentes podem ver.”
Canhões dispararam uma salva de seis tiros. Ruflaram os tambores. Abriram-se os portões do palácio e o rei marchou vestido com a sua roupa nova.
Foi aquele oh! de espanto. Todos ficaram maravilhados. Como era linda a roupa do rei! Todos eram inteligentes.
No alto de uma árvore estava encarapitado um menino a quem não haviam explicado as propriedades mágicas da roupa do rei. Ele olhou, não viu roupa nenhuma, viu o rei pelado exibindo sua enorme barriga, suas nádegas murchas e vergonhas dependuradas. Ficou horrorizado e não se conteve. Deu um grito que a multidão inteira ouviu:
“O rei está pelado!”
Foi aquele espanto. Um silêncio profundo. E uma gargalhada mais ruidosa que a salva de artilharia. Todos gritavam enquanto riam: “ O rei está nu, o rei está nu...”
O rei tratou de tapar as vergonhas com as mãos e voltou correndo para dentro do palácio.
Quanto aos espertalhões, já estavam longe e haviam transferido os milhões que haviam ganho para um paraíso fiscal...”
Não foi bem assim que Hans Christian Andersen contou a estória. Eu introduzi uns floreados para torná-la mais atual. Agora vou contar a mesma estória com um fim diferente. Ela é em tudo igual à versão de Andersen, até o momento do grito do menino.
“O rei está pelado!
Foi aquele espanto. Um silêncio profundo. Seguido pelo grito enfurecido da multidão.
“Menino louco! Menino burro! Não vê a roupa nova do rei! Está querendo desestabilizar o governo! É um subversivo, a serviço das elites!”
Com estas palavras agarraram o menino, colocaram-no numa camisa de força e o internaram num manicômio.
Moral da estória: Em terra de cego quem tem um olho não é rei. É doido.»
(Correio Popular, 11/09/2005)
http://www.rubemalves.com.br/oreinu.htm
Uma utopia é uma possibilidade que pode efectivar-se no momento em que forem removidas as circunstâncias provisórias que obstam à sua realização. (Robert Musil)
Não ao novo Tratado europeu!
Revogação de todos os tratados!
Revogação do Tratado de Maastricht-Amesterdão,
Defesa e reconquista dos direitos e garantias
contidos nas legislações de cada um dos nossos países!