Choque Tecnológico! Imaginem os ministros a cair assim!
quinta-feira, janeiro 31, 2008
Domino PCs: The Real Thing: 86 PCs in a row! The Original
quarta-feira, janeiro 30, 2008
Se um disse mata o outro disse esfola!
Marinho Pinto voltou a pôr o dedo na ferida.
PETIÇÃO em defesa do SNS
Se entenderem que vale a pena, assinem e passem a palavra...pela vossa saúde e pela nossa!
Assina a petição em www.snsparatodos.net!
Saúde: Um bem sem Preço
A petição em defesa do Serviço Nacional de Saúde e pelo fim das taxas moderadoras foi lançada publicamente e conta entre os primeiros signatários o fundador do SNS António Arnaut, os deputados Manuel Alegre e João Semedo, o recém-reeleito bastonário dos médicos Pedro Nunes e o ex-bastonário dos farmacêuticos e antigo presidente do Infarmed, José Aranda da Silva. A petição também pode ser assinada em www.snsparatodos.net .
Nos próximos meses, a campanha em defesa do Serviço Nacional de Saúde vai percorrer o país com bancas de assinaturas e sessões públicas com a presença dos primeiros subscritores. A petição, que tem como objectivo recolher 100 mil assinaturas, quer obrigar o parlamento a tomar as "decisões políticas necessárias ao reforço da responsabilidade do Estado no financiamento, na gestão e na prestação de cuidados de saúde, através do SNS geral, universal e gratuito".
OTratado é mau. Para quê dá-lo a saber ao povo?
(...)
Soares disse que o Tratado de Lisboa, assinado pelos 27 países da União Europeia durante a presidência portuguesa, «não é nada bom», justificando que é «talvez, o menos simplificado» que existe.
«Recorre a muitos tratados, é complicado, não é nada bom. No entanto, uma vez assinado, desbloqueia a construção europeia, era um desastre se fosse chumbado», argumentou.
Aos jornalistas, no final do debate, Mário Soares disse que o Tratado de Lisboa «devia ser simples e claro e não é».
«É extremamente complexo. Mas, apesar disso, sou pela ratificação no Parlamento», afirmou.
Caso contrário, disse, se se optasse por uma consulta popular, Portugal «estaria a dar um mau exemplo a outros países, a pôr uma bomba no Tratado».
in Diário Digital / Lusa
16-01-2008
terça-feira, janeiro 29, 2008
Jornalismo de Pacotilha! Ou Imaginário Floribellista?
Ferreira Fernandes (DN)
Este senhor, Ferreira Fernandes deve ser fã da Floribella, a julgar pelo título do seu edificante comentário.
E não deve viver em Portugal, senão não tirava conclusões abstrusas: “qualquer pobre diabo seria mais rapidamente socorrido que o famoso actor”. Tem-se visto a rapidez com que os “pobres diabos” do nosso país têm sido assistidos!
Além disso ele categoriza o pagode em “famosos” e “pobres diabos”, ou seja, a seu ver, quem não é famoso é um pobre diabo!
No final ainda tira esta coelhada do chapéu: Há aqui (no seu artigo) uma qualquer lição que me (lhe) escapa, mas há”. Ai há? Qual será essa lição, a da miserabilista letra da Floribella?:
Pobres dos ricos que tanto têm
Mas pra que serve tanto dinheiro?
Não tenho nada e tenho tenho tudo
Sou rico em sonhos e pobre pobre em ouro
Ou será a simplista: mais vale ser um pobre diabo morto por não ter sido socorrido a tempo, (o que seria compreensível pois não tem onde cair morto), do que um famoso rico morto por não ter sido socorrido a tempo (o que é inadmissível, então um gajo é rico e morre como os outros?)! Caramba, que génio, que capacidade de raciocínio, que escrita!!! E chama a isto o DN um artigo de "Opinião". Realmente os jornais já não podem mais baixar de nível!
segunda-feira, janeiro 28, 2008
Mentiroso Compulsivo e/ou Amnésico?
Nós também já vamos tendo que fazer um esforço de memória para nos lembrarmos de um governo que tenha criado medidas sociais. Mas das medidas sociais que o governo Sócrates está a tomar, dessas lembramos-nos nós bem, estamos a sofrê-las na pele. Os de Bilderberg não podiam ter escolhido melhor peça para denegrir a esquerda. Porque se se conseguir fazer passar a ideia de que estas são as marcas da esquerda, fica aberto o caminho para a direita. O povo não as quer e, se são de esquerda, o povo não quer a esquerda.
Mentiroso compulsivo, sem dúvida. Amnésico, quando lhe convém. Este Sócrates é um caso patológico. Mas é principalmente congeminoso e perigoso: percebeu que assumir as políticas do seu governo como sendo de esquerda é a melhor forma de levar as pessoas a abominar tudo o que lhes "cheire" a esquerda. No fim da missão cumprida, pode não ser reeleito (o que aconteceria se a amnésia não fosse uma característica do povo português); ou até pode ser reeleito, se entretanto virar tudo ao contrário e a sua máquina de propaganda vier anunciar que é chegada a hora da retoma e das contrapartidas. Seja como for, certamente já terá um cargo assegurado agendado algures nos ficheiros de Bilderberg como recompensa de ter cumprido tão habilmente o programa que lhe foi destinado: dar a machadada final no imaginário socialista nascido em Abril.
Porreira, pá, a ASAE!
Vou contar uma anedota do Juca Chaves, aquela do avô mágico que tinha grande capacidade de persuasão. No dia do espectáculo, ele entrava no teatro cheio de gente aplaudindo e dizia “Chorem!” – e todo o mundo chorava; outra vez ele entrava em palco e dizia “Riam” – e toda aquela gente se largava rindo sem parar. Um dia ele entrou no palco, tropeçou no fio do microfone e disse “Merda!” – quinze dias para limpar a sala!
Por que me terei lembrado hoje desta anedota que não resisti a contá-la?
domingo, janeiro 27, 2008
Sinead O'Connor - Nothing Compares 2 U
Sinead O'Connor depois de ter recorrido a uma urgência médica em Portugal por causa de uma dor de garganta!
Aí vai um...
A presidente do município está acusada de 23 crimes, nomeadamente cinco de participação económica em negócio, seis de corrupção passiva para acto ilícito, quatro de abuso de poder, três de prevaricação, dois de peculato, um de peculato sob a forma continuada e dois de peculato de uso, sob a forma continuada. (Mundo PT, leia a notícia e já agora leia as outras relacionadas)
Aula Livre!
É bonito pegar num livro e ler
pegar num lápis e escrever...
é bonita a escola.
mas mais fantástico ainda
é correr portão fora
ao toque da campainha
pegar numa bola
seguir os amigos
desatar aos gritos
pelo descampado
em dia de sol crescente,
mostrar uns truques
fazer umas fintas,
dar um abraço,
ensaiar novo passe,
cheio de classe,
é assim bonito
aprender a ser!
Eu talvez lhe tivesse chamado "Liberdade"... Hoje, em nome da segurança temos cameras ocultas nas escolas a controlar os alunos; vigiamos as suas conversas na internet; protegemo-los o mais possível da rua... todos os dias ouvimos notícias de raptos insolúveis. Que mundo é o nosso? Que mundo será o deles? Que confiança poderão ter em nós quando descobrirem que os próprios pais os controlam e vigiam às escondidas? BIG BROTHER IS WATCHING YOU! (BIG MOTHER! BIG FATHER!)
O poema, como sempre magnífico: simples e no entanto tão complexo! Aconselho a leitura de todos os teus poemas!
Ontem apeteceu-me transcrever aqui o teu poema e o comentário que deixei no teu blog. Entretanto começou a rubrica "O Mundo Perfeito" e fui deitar-me no sofá a ver -- aquilo dura cerca de cinco minutos, se tanto -- só que adormeci instantaneamente e já não fiz mais nada. De vez em quando é preciso parar!
sexta-feira, janeiro 25, 2008
Estamos a beber o leite que o diabo mugiu
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Dia Mundial da Liberdade
Viemos com o peso do passado e da semente
Esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
e a sede de uma espera só se estanca na torrente
Vivemos tantos anos a falar pela calada
Só se pode querer tudo quando não se teve nada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só quer a vida cheia quem teve a vida parada
Só há liberdade a sério quando houver
A paz, o pão
habitação
saúde, educação
Só há liberdade a sério quando houver
Liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir
Espantástico Cavaco!
Ficaram admirados? Eu não!
22 | 01 | 2008
(…)
Confesso que entrei em estado de choque por alturas do artigo 14.º, em que o Estado, zeloso, frisa que o acolhimento deve ser preferencialmente exercido a título de actividade profissional exclusiva. Ou seja, a mãe de acolhimento não pode trabalhar como uma mãe «normal», porque tratar daquelas crianças não é uma missão, um prazer, mas um emprego. Ao estilo daqueles que vemos em autocolantes nas caixas Multibanco, e que dizem, «Ganhe dinheiro sem sair de casa!».
(…)
Tendo em conta que há 6 mil crianças em situação de acolhimento, e que em média permanecem seis anos na família, talvez entenda porque fiquei com os cabelos eriçados quando cheguei ao artigo 33.º, intitulado «Preparação para a saída». Esta preparação, diz a lei, deve «efectuar-se com a antecedência adequada, em regra, não inferior a um mês». Depois de ali estar toda, metade ou um terço da sua vida (divisões em base 18, idade da maioridade), considera-se perfeitamente «adequado» obrigá-la a saltar dali, no espaço de um mês, ou menos.
(…)
A loucura continua. Após termo da medida», diz a lei, a família de acolhimento poderá «continuar a relacionar-se com a criança, sempre que a equipa técnica o tiver por conveniente e a família natural a tal não se oponha!». É como se nada tivesse acontecido entre acolhedores e acolhidos, que todas as partes estavam avisadas que «aquilo» não passava de um serviço. Decididamente, a moral desta lei só pode ser uma: «Se foi apurado, é a última pessoa a quem uma criança deve ser entregue». Quanto ao decreto em si, proponho a incineração imediata. (ler tudo)
Isabel Stilwell | editorial@destak.pt
terça-feira, janeiro 22, 2008
O Triunfo do Porcos (Animal Farm) contado às crianças
«O livro O Triunfo dos Porcos é um livro que foi escrito por George Orwell, um escritor que nasceu na Índia. Como era filho de pais ingleses falava e escrevia em inglês e por isso considera-se ser um escritor inglês. Este livro foi escrito em 1945, numa altura em que o mundo estava em guerra (II Guerra Mundial).
Na verdade este livro chama-se Animal Farm. Sabem o que quer dizer? “Farm” é quinta e “Animal” vocês sabem: "Animal Farm" foi o nome que os animais deram depois à quinta e que o autor deu ao seu livro.
As vacas? – tiravam-lhes o leite para vendar e obrigavam-nas a produzir sempre mais
Os porcos? – vendiam-nos ou comiam-nos
- Tudo o que anda com dois pés é inimigo
- Tudo o que anda com quatro patas ou tem asas é amigo
- Nenhum animal usará roupa
- Nenhum animal dormirá na cama
- Nenhum animal beberá álcool
- Nenhum animal matará outro animal
- Todos os animais são iguais
Um dia Snowball desapareceu e nunca mais se ouviu falar dele.
4. Nenhum animal dormirá em cama com lençóis.
5. Nenhum animal beberá álcool em excesso.
6. Nenhum animal matará outro animal sem motivo.
E um novo mandamento surgiu: Todo animal trabalhará no mínimo 18 horas por dia, excepto os porcos (porque tinham que pensar). Entretanto os outros animais trabalhavam arduamente em troca de míseras rações.
O mandamento simplificado que resumia os outros (lembram-se qual era? – quatro pernas bom, duas pernas mau – também foi ligeiramente modificado para: Quatro pernas bom, duas pernas melhor!
Napoleão e os outros porcos tinham começado a fazer negócios com os agricultores das outras quintas e, no final do livro, humanos e porcos festejam juntos dentro da casa às escondidas dos outros a produtividade da Quinta dos Animais.
Os outros animais, ao espreitarem para dentro de casa já não conseguem distinguir os porcos dos homens.
Por fim, o último mandamento, que havia sido considerado o mais importante, tornou-se único: Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.
(Gostaram? Porquê?)»
domingo, janeiro 20, 2008
Atentados iminentes d'aquem e d'além mar
ilustração colocada em duas páginas inteiras do "Financial Times"...
“Ontem [sexta-feira], os serviços de informação portugueses receberam uma comunicação de serviços secretos estrangeiros, que Espanha também confirmou, de que Portugal, juntamente com Espanha, França, Reino Unido e eventualmente Alemanha estariam sob ameaça terrorista iminente ligada ao terrorismo islâmico”, afirmou à Lusa o coronel Leonel de Carvalho, do Gabinete Coordenador de Segurança.
PÚBLICO (notícia completa)
Não, se isso acontecer é só devido à nossa situação geográfica e ao facto de termos cá indevidamente mais camelos do que nos reinos das arábias.
Que Alá queira que os terroristas leiam o Financial Times e que não encontrem Portugal em lugar nenhum quando se forem preparar para nos atacar.
Entretanto continuamos a sofrer todos os dias atentados à nossa inteligência, com as enormidades que aparecem a dizer os nossos conterrâneos.
Estágio: terceiro dia consecutivo
Basta dizer que ficou a vontade de nos voltarmos a encontrar.
Agora o pior foi a ressaca: veio pela manhã ao acordar e só deu descanso mais lá para a noite, com outro jantar entre amigos. Terceira noite de noitada. Para quem ultimamente não tem ido aos treinos, pode considerar-se um desafio, uma espécie de maratona de comes e bebes para veteranos. Até agora os sintomas são de sonolência durante o dia e no corpo uma ligeira sensação de balancé, como se ainda estivesse dentro do cacilheiro, numa viagem sempre de ida e cujo retorno só agora acontece.
Claro que a cabeça está a funcionar a 50%, o que já não é nada mau. Peço-vos um pouco de paciência que isto há-de voltar ao ritmo "normal".
sexta-feira, janeiro 18, 2008
quinta-feira, janeiro 17, 2008
Amigas e Sushi
quarta-feira, janeiro 16, 2008
segunda-feira, janeiro 14, 2008
APELO PARA UMA DISCUSSÃO PÚBLICA ALARGADA DO MODELO DE GESTÃO DAS ESCOLAS PÚBLICAS
Não apenas como profissionais da Educação, independentemente de qualquer filiação organizacional, mas também como cidadãos e encarregados de educação atentos, queremos manifestar o nosso desejo de um debate digno e alargado sobre um assunto tão importante como este que não pode ficar circunscrito a gabinetes ou a algumas reuniões longe do escrutínio público de todos os interessados.
Fazemos este apelo porque temos consciência de que estas mudanças terão repercussões profundas na qualidade do ensino ministrado nos estabelecimentos do ensino público e que nem todas essas repercussões se encontram devidamente avaliadas neste momento.
Para além disso, este projecto de alteração do regime jurídico ainda em vigor não se apresenta como resultante de uma necessidade pública, claramente sentida e demonstrada na e pela sociedade civil e comunidades educativas, de reformar o modelo
Não esqueçamos que:
• No sistema educativo português os alunos têm sido alvo de reformas sobrepostas, mal preparadas e pior implementadas.
• Tais reformas sucedem-se sem serem devidamente avaliados os resultados das reformas anteriores,
• A não avaliação aprofundada de todas as medidas e do seu efeito no sistema leva a que os actores institucionais e a cidadania se interroguem sobre as razões destes sucessivos fracassos.
• Apesar de todas essas reformas, os índices de literacia (global ou funcional) continuam dos mais baixos, enquanto que as taxas de insucesso e de abandono escolar são das mais altas, não apenas em termos europeus, como até mundiais.
• Com um novo modelo de gestão, insuficientemente fundamentado e imposto em nome de uma desejável autonomia e abertura da gestão dos estabelecimentos de ensino às comunidades, corre-se o risco de um agudizar das disfunções que o sistema vem demonstrando, com consequências imprevisíveis não só em termos pedagógicos como da coerência, integridade e solidariedade do sistema público de ensino.
Perante este panorama, que aconselha a maior prudência em novas alterações na arquitectura do sistema público de ensino e perante as incoerências internas do projecto do Ministério da Educação em termos operacionais e a sua aparente inadequação quanto ao quadro legislativo em que se insere, nomeadamente quanto à Lei de Bases do Sistema Educativo, os signatários deste manifesto, reivindicam, por isso, ao Governo e ao Ministério da Educação que:
a) Exista um prazo suplementar de dois meses para discussão da proposta governativa;
b) Se promovam debates públicos em todas as escolas do país, mobilizando as comunidades educativas para a discussão das qualidades e óbices do novo modelo proposto;
c) Se faça a divulgação de todas as análises dos dados estatísticos e outros estudos de departamentos do Ministério da Educação, com especial relevo para a Inspecção Escolar relativos ao desempenho das Escolas em matéria de gestão que justificam a necessidade de mudança do modelo existente.
Apelamos ainda a que todos os intervenientes das comunidades educativas (alunos, encarregados de educação, docentes, funcionários não docentes, autarquias) se mobilizem para uma discussão alargada da Escola Pública.
Só com o activo envolvimento de todos na preparação de reformas com esta dimensão e impacto numa área crítica como a Educação é possível garantir que a mudança se transformará em algo positivo e não meramente instrumental.
Os órgãos de gestão das escolas e os Centros de Formação estarão, naturalmente, vocacionados para organizar e dinamizar este debate.
Os autores deste manifesto reiteram que não representam quaisquer organizações socio-profissionais de professores ou profissionais de educação actualmente existentes ou em processo de formação, sejam elas de natureza sindical, profissional, científico-profissional ou outra. Desejam afirmar, porém, que as organizações acima referidas são organizações da sociedade civil com legitimidade própria para se pronunciarem sobre as questões respeitantes ao sistema de ensino e à governação das escolas;
Deste modo, num contexto em que o poder político afirma a necessidade de envolver a sociedade civil na governação das escolas, a eventual limitação da intervenção no debate destas organizações e/ou movimentos independentes constituídos especificamente para este efeito, comprometerá gravemente a legitimidade dessa governação e das políticas que a determinam, gerando inevitavelmente fenómenos de inércia na sua aplicação, em grande parte resultantes da forma como a informação e o debate (não) se realizaram.
domingo, janeiro 13, 2008
Referendo à Sócrates
"O meu compromisso é com a Europa" (José Sócrates)
“O meu compromisso é com a Europa!”
Pela primeira vez disse a verdade: o compromisso de Sócrates é com a Europa, não é com o povo português que votou nele. Irá votar outra vez? Com a verdade me enganas, diz a voz popular. Quando já ninguém acredita nele, Sócrates vem dizer a verdade e reconsiderar.
Duas notícias bombásticas na mesma semana, assim se dividem os ânimos e as contestações para fazer passar ambas segundo a fórmula: duas graves medidas a dividir por duas polémicas mediáticas igual a uma só contestação e ficam tiradas duas hienas da cartola de uma vezada. Só que desta vez topou-se demasiado a farsola pois o truque é velho, as hienas perigosas postas à solta e os tratantes não são mágicos, são charlapalhões.
Ora o povo português faz-se de parvo mas não é parvo. Já viu que baixar o deficit só significa mais aumentos para ele pagar. E já nem se lembra de quantos ministros já ouviu decretar o fim da crise. Por isso já não acredita em nada nem em ninguém, nem na sua própria vontade de se revoltar. As medidas tomadas não são para agora, são para dar frutos no futuro, disse o ministro à malta que vive no presente.
sábado, janeiro 12, 2008
Manifesto Anti-Dantas: Almada Negreiros/Mário Viegas
Dedicado a todos os Dantas que governam a nossa sociedade!
Poemas das altas da madrugada
Reticências
Arrumar a vida, pôr prateleiras na vontade e na acção.
Quero fazer isto agora, como sempre quis, com o mesmo resultado;
Mas que bom ter o propósito claro, firme só na clareza, de fazer qualquer coisa!
Vou fazer as malas para o Definitivo,
Organizar Álvaro de Campos,
E amanhã ficar na mesma coisa que antes de ontem — um antes de ontem que é sempre…
Sorrio do conhecimento antecipado da coisa-nenhuma que serei.
Sorrio ao menos; sempre é alguma coisa o sorrir…
Produtos românticos, nós todos…
E se não fôssemos produtos românticos, se calhar não seríamos nada.
Assim se faz a literatura…
Santos Deuses, assim até se faz a vida!
Os outros também são românticos,
Os outros também não realizam nada, e são ricos e pobres,
Os outros também levam a vida a olhar para as malas a arrumar,
Os outros também dormem ao lado dos papéis meio compostos,
Os outros também são eu.
Vendedeira da rua cantando o teu pregão como um hino inconsciente,
Rodinha dentada na relojoaria da economia política,
Mãe, presente ou futura, de mortos no descascar dos Impérios,
A tua voz chega-me como uma chamada a parte nenhuma, como o silêncio da vida…
Olho dos papéis que estou pensando em arrumar para a janela,
Por onde não vi a vendedeira que ouvi por ela,
E o meu sorriso, que ainda não acabara, inclui uma crítica metafísica.
Descri de todos os deuses diante de uma secretária por arrumar,
Fitei de frente todos os destinos pela distracção de ouvir apregoando,
E o meu cansaço é um barco velho que apodrece na praia deserta,
E com esta imagem de qualquer outro poeta fecho a secretária e o poema…
Como um deus, não arrumei nem uma coisa nem outra…
Álvaro de Campos
sexta-feira, janeiro 11, 2008
quinta-feira, janeiro 10, 2008
Basta virar o bico ao prego e eis...
"O meu compromisso é com a Europa" (AR, José Sócrates)
...verdades e mentiras de um mentiroso compulsivo...
Vagueamos ao sabor da circunstância
Tratado da União Europeia
Manuel Alegre:
Sócrates queria fazer referendo
mas as “circunstâncias”
levaram-no a mudar
09.01.2008 - 15h47 Lusa, PUBLICO.PT
O deputado socialista Manuel Alegre afirmou hoje que o primeiro-ministro José Sócrates “queria mesmo fazer referendo”, mas que as “circunstâncias” levaram-no a propor a ratificação do Tratado de Lisboa por via parlamentar, opção da qual discorda.
“Os líderes europeus tiveram medo de dar a palavra ao povo. Nós não devíamos ter”, defendeu Manuel Alegre, à entrada para o debate com o primeiro-ministro na Assembleia da República.
O deputado socialista, que foi candidato nas últimas eleições presidenciais à revelia da direcção do PS (a qual apoiou Mário Soares), sublinhou que o primeiro-ministro “teve a gentileza” de lhe perguntar a opinião quanto à forma de ratificação do Tratado reformador da União Europeia.
“Eu dei-lhe a minha opinião, que era favorável ao referendo. Ele explicou-me as suas razões. Na primeira conversa que tivemos fiquei com a sensação de que ele queria mesmo fazer o referendo. Depois passaram-se circunstâncias que o fizeram adoptar esta solução”, afirmou.
Questionado pelos jornalistas sobre quais foram essas circunstâncias, Manuel Alegre recusou responder, tal como à questão sobre se esta foi mais uma promessa falhada pelo PS.
Na abertura do debate quinzenal do primeiro-ministro na Assembleia da República, José Sócrates anunciou que o Governo vai referendar o Tratado de Lisboa no Parlamento, sem recurso a referendo.
in Público.PT
quarta-feira, janeiro 09, 2008
Declaração POUS sobre a "Lei dos partidos políticos"
Retirada da lei anti-partidos!
Direito à existência de todos os partidos políticos!
Se não o fizerem, serão declarados sem existência legal e verão os seus bens confiscados pelo Estado.
Será um acaso esta decisão do Tribunal Constitucional ter sido tomada no momento em que acaba de ser anunciada a assinatura do novo Tratado da União Europeia? Um Tratado que constitui um atentado à soberania nacional e ao direito garantido na Constituição da República do povo se poder pronunciar sobre o seu futuro.
Vamos aceitar estes factos como situações consumadas?
Destruíram-nos a maior parte da pesca, da indústria, da agricultura e do comércio, de acordo com os interesses das grandes multinacionais. Estão a tirar-nos os serviços públicos e os direitos sociais. E, agora, querem tirar-nos também a soberania política, subordinando-nos a um Ministro dos Negócios Estrangeiros (nomeado pela União Europeia), ao mesmo tempo que querem proceder à extinção dos partidos políticos que, até ao início de Março, não apresentem a prova de que têm 5000 aderentes.
O POUS associa-se a todos quantos se batem para exigir a revogação desta Lei dos partidos e a suspensão da decisão do Tribunal Constitucional; no mesmo processo, o POUS está empenhado na batalha política para um referendo sobre o “Tratado de Lisboa”, para o voto “NÃO” e para a construção da união das nações soberanas da Europa.
Ao assumir esta batalha política em defesa de todos os partidos políticos e da soberania da nação portuguesa, o POUS limita-se a prosseguir o combate que tem sido o seu desde 1979 – ano da sua fundação – o combate para a defesa de todas as conquistas da Revolução de Abril, de que ele próprio é um produto.
O POUS dirige-se a todos os partidos políticos representados na Assembleia da República – em particular ao Partido Socialista, que tem a maioria absoluta: esta lei, de inspiração profundamente salazarista, representa uma ameaça para todos os partidos, sem excepção, para o regime dos partidos políticos, para a democracia. É o dever de todos quantos querem colocar-se no terreno da democracia pedir a revogação desta lei iníqua.
Lisboa, 17 de Dezembro de 2007
Pel’A Comissão Nacional do POUS
Aires Rodrigues
Carmelinda Pereira
POUS – Partido Operário de Unidade Socialista
Sede: Rua de Santo António da Glória, nº 52 B, cave C, 1250 – 217 Lisboa
21 325 78 11 http://pous4.no.sapo.pt email: pous4@sapo.pt
Quem é e de onde vem o POUS
Estes socialistas – de que se destacaram os deputados Aires Rodrigues e Carmelinda Pereira – acabaram por ser expulsos do PS e formar, com uma Organização da IVª Internacional (a Organização Socialista dos Trabalhadores), o Partido Operário de Unidade Socialista (POUS).